Meditação do dia: 03/04/2021
“E veio Judá com os seus irmãos à casa de José, porque ele ainda estava ali; e prostraram-se diante dele em terra.” (Gn 44.14)
Judá e Seus Irmãos – Hoje é um sábado, no calendário cristão, é um dia que foi marcado pelo silencio e a dor pela morte de Jesus Cristo, lá no Monte Calvário nos arredores de Jerusalém, no início do chamamos de era cristã. Desde então a cristandade convencionou ser um dia de reflexão, pois está numa transição entre a dor e a tristeza da morte e a alegria e vitória da ressurreição. Viver e fazer a história como aqueles primeiros discípulos experimentaram é impar e eles assumiram posições que definiram os rumos do que entendemos por reino de Deus e por igreja, um termo que até então não tinha tanto peso. Cristo com sua vida e sacrifício uniu as partes conflitantes, fazendo dos dois grupos um só povo, o povo de Deus. “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades” (Ef 2.14-16). A fé ganhou destaque sobre a tradição e a hereditariedade e assim, chegamos a dois mil e vinte e um, celebrando a segunda Páscoa em meio à uma pandemia e a isolamento social. Agora é a nossa vez de fazer a história. O que meu coração e mente está focando nesse texto de hoje é relação que existe no desenvolvimento dos projetos de Deus para nós, com a questão prática do dia a dia. Olhamos para a vida com um olhar linear, retilíneo e sem retornos; a vida para nós só anda para frente, não tem como dar um passo atrás, ou mesmo parar um só instante. É certo que Deus na sua onisciência e onipotência não está preso nessas conveniências, por isso ele pode dirigir e governar todas as coisas, incluindo nossas vidas, fazendo um excelente trabalho, quer gostemos, quer não. Mas isso não muda nada, porque ele é perfeito em todos os ângulos, é santo e justo em tudo e para com todos. Ao olhar para a blitz que os irmãos de José sofreram nos arredores da cidade, percebemos que a pretensão deles era seguir com suas vidas, em linha reta, rumo à Canaã, esquecer esse período de provações. Vida que segue. José tinha uma visão de reencontrar sua família e conhecer como estavam, não só em termos de vida e saúde, mas também suas motivações de amor e cuidado uns pelos outros; sem deixar de ver a importância de cumprirem os termos da aliança com Deus e se tornarem uma grande nação. Israel acreditava nisso, seus filhos esperavam por isso, mas José trabalhava por isso. Voltaram atrás era uma concepção ruim para eles, pois seria perder tempo importante com explicações desnecessárias pois eles não se apropriaram de nada. Essa é a visão do homem natural. Voltarem era a oportunidade de conhecerem a si mesmos, fortalecerem seus laços e verem as coisas que sempre estiveram diante deles e nunca foram percebidas. José estava possibilitando a eles aprenderem aquilo que não tem como ser ensinado, só aprendido. Ali estava o prenuncio de uma crise, (momento crítico de início de um processo); Ninguém sairia dali do modo como entrou. Nem José! Nem Benjamim! Nem os servos de José e até mesmo Faraó. Ali a história aconteceria.
Pai amado, ainda hoje não gostamos de voltar atrás. Ou não queremos prosseguir para enfrentar o desconhecido e preferimos nos acomodar a seguro e conhecido, embora não seja o ideal. Precisamos de fé e determinação de confiar em ti e na tua Palavra como guias seguros para nossa jornada. Cristo abriu mão de tudo, para assumir a condição de ser um de nós, nas mesmas condições e passar por tudo que passou, para vivermos sem medo, em fé e certos de há vitórias pela frente. Voltar atrás pode significar se humilhar e ter que fazer de novo o que não fizemos bem feito ou nem fizemos. Obrigado por nos amar e nos conduzir da tua maneira, passo a passo, em aprender e crescer em fé. Oramos em nome de Jesus, amém.
Pr Jason