Ainda Estava Ali

Meditação do dia: 05/04/2021

E veio Judá com os seus irmãos à casa de José, porque ele ainda estava ali; e prostraram-se diante dele em terra.(Gn 44.14)

Ainda Estava Ali – Um dia de tensão para todos os envolvidos na história. Todos querendo colocar um ponto final naquela sequencia de eventos que se tornavam mais tensos a cada instante ou novo movimento. Essa é a marca de onde todos se questionam a si mesmos porque fazem tudo certo e parece que tudo conspira para os resultados darem tudo errado. Se por um lado os rapazes estavam na maré baixa, onde todas as suas forças estavam sendo  testadas e a cada movimento eles se enredavam ainda mais; por outro lado, José apertava o cerco a cada oportunidade porque ele ainda via aspectos que eles ainda mantinham reservas e aquilo também precisava ser exposto e a verdade toda vir à tona. Duas meias verdades podem não se confirmar uma verdade completa; ao contrário, duas meias verdades podem ser uma grande mentira. Mudanças geográficas necessariamente não mudam atitudes interiores das pessoas. Porque alguém fracassa em um lugar e vai embora para outro, para recomeçar a sua vida, mas se não houver mudança de postura em nada adiantará. Na época da colonização americana, alguém de uma caravana de novos  aventureiros, parou num povoado e perguntou para um morador local como as pessoas dali. A resposta foi: “As pessoas daqui, são como as pessoas de onde você vem. Depende de como você se comporta com elas.” Nos últimos vinte anos os irmãos de José fizeram de tudo, mudaram de lugar de peregrinação, se esforçaram par consolar o pai, dar segurança ao irmão mais novo; vieram ao Egito comercializar produtos e suprimentos para mitigar a fome de suas famílias; agiram com honestidade com relação as informações pedidas pelo governador sobre suas vidas e famílias; foram corretos nas questões financeiras ao encontrarem o dinheiro da compra de volta nas suas bagagens; foram transparentes com seu pai e esforçados para retornarem para novas compras e garantiram proteção ao irmão mais novo; tudo eles fizeram de maneira correta e descente. Mas toda essa construção fora feita sobre uma base instável de segredos e pecados do passado, não confessados, não tratados e nem admitidos. Um mar de serenidade e calmaria aparente, ocultando ondas bravias e correntes traiçoeiras por baixo. Benjamim veio inocente, certos da sinceridade dos irmãos para com ele e para com o pai, mas nem eles dez podiam olhar nos olhos uns dos outros sem denunciarem com a pergunta: “Até quando?” Essa era a vida deles – Mas José ainda estava ali. Como sempre esteve. Esperando por eles para o momento decisivo. Um confronto sempre é necessário e sempre é aguardado. O pecador nunca se rende sem lutar para defender seu erro. Aceitar a verdade sem luta é uma confissão de estar consciente de sua condição e culpa. Quando estudamos a doutrina da santificação, encontramos um momento de crise, onde uma escolha deve ser feita – afastar-se do pecado e dos velhos hábitos e abraçar a verdade revelada pelo Espírito Santo na Palavra de Deus e ser liberto, transformado e começar a caminhar em vitória pela fé na obra completa da redenção. Até aquele momento a maioria receberam a Cristo como salvador, mas não como Senhor. Dizíamos: “O coração é de Jesus, mas o pulmão é da Souza Cruz.” (Fabricante de cigarros no Brasil). José sempre representou a verdade, que sempre fora indigesta para eles. Tiraram José de suas vistas, mas ele nunca saiu de seus corações e eles ficaram algemados à ele. Já escrevi sobre o elefante na sala que incomoda e ninguém faz nada para tirá-lo de lá. Eles voltaram e José estava lá ainda. A verdade sempre estará à nossa frente, não importa os meios que utilizemos para nos desviar dela e tirá-la do nosso caminho. Sempre que voltarmos, José ainda estará ali.

Senhor, precisamos nos arrepender de verdade, de todos os nossos pecados e a única maneira certa de nos livrarmos deles, é pelo caminho da redenção. Só o sangue de Jesus, derramado lá na cruz é capaz de perdoar e purificar de uma vez por todas. As artimanhas e remendos feitos por nós mesmos não produz perdão e paz interior e a verdade sempre estará ali quando voltarmos. Pedimos perdão, mas também sabedoria para aplicarmos de forma legítima a redenção que há em Cristo Jesus. No nome dele oramos, amém.

Pr Jason

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