Meditação do dia: 06/04/2021
“E veio Judá com os seus irmãos à casa de José, porque ele ainda estava ali; e prostraram-se diante dele em terra.” (Gn 44.14)
Prostraram-se Prostrados – Encontros são sempre singulares e únicos, disse alguém sabiamente. Partindo dessa premissa, decidi por dar um título que sugere pobreza de criatividade, ou falta de imaginação, mas pode acreditar, conhecendo minhas limitações isso não está tão longe assim da verdade. Desta vez, porém foi proposital, lançar mão do mesmo verbo em duas flexões, só para dizer que tudo o que aconteceu ali naquele encontro entre irmãos, não tem nada de comodidade, ou mesmo repeteco e mais do mesmo. Não mesmo! Depois de aproximadamente vinte e dois anos, eles se encontraram todos juntos, os doze filhos de Jacó. Alguns dias atrás houve o primeiro encontro depois de todo esse tempo, mas de um lado eram os dez irmãos e para eles, ao todo eram onze e o mais novo estava em Canaã com o pai em segurança. O governador exigiu a presença desse mais irmão mais novo e um deles ficou detido em garantia de que eles voltariam; então voltaram nove e para eles havia um em Canaã e outro agora no Egito. Para José, quando eles chegaram, ele foi informado que eles eram onze, apenas um não existia mais. Temos duas contas sendo feita e dois pontos de vistas sendo colocados, mas a conta só fecha para nós, que estamos meditando na história deles. Sabemos o todo que eram doze – ele no Egito, com os dez na sua presença e seu irmão caçula em Canaã com o Pai. Para José era uma boa notícia, saber que seu pai estava vivo e bem de saúde e que todos os seus irmãos estavam vivos e tocando os negócios da família. Só refrescando nossa memória: eles descartaram José vendendo-o como escravo, mesmo com o risco ser morto, SÓ e somente só, para que não tivessem que um dia no futuro virem a se prostrar diante dele. Só e tudo isso. Já sabemos que desde que chegaram à primeira vez e agora na segunda vez também, eles se prostraram diversas vezes reverentemente e com muito respeito diante de José. Pode imaginar, que volta que a vida deu neles! Fazendo exatamente o prometeram para si mesmos que nunca, jamais fariam. Se fossem brasileiros, nossos contemporâneos, eles teriam dito: “Nunca, prostraremos diante dele, nem mortos!” dessa vez, me refiro e quero que elevem os seus pensamentos comigo, que estamos olhando a cena deles voltando da periferia da cidade, após o mordomo descobrir o copo de prata na bagagem de Benjamim, conduzindo-os para os trâmites finais do processo judicial que por antecipação lhes fora dito que ele ficaria como escravo. Assim que se aproximaram do governador que ainda estava em casa, eles se prostraram diante dele em terra. Agora não era apenas respeito e reverencia; não era uma saudação de plebeus a um senhor nobre e poderoso. Inclinar e prostrar era o de menos para eles; na verdade eles estavam arrasados. Prostração era o que designava a condição de suas almas e mentes diante da tragédia anunciada. Embora não vamos desenvolver o tema aqui hoje, mas essa condição deles, é um lugar onde todos nós precisamos chegar na rendição a Deus e a seus propósitos. Onde não há mais desculpas, defesas ou justificativas e nem mais argumentação se temos ou não algum direito. Pode ser tratado como quebrantamento total, onde somos moídos e triturados em nossa condição natural e prostrar-se em rendição é tudo que nos resta. Você já se prostrou prostrado?
Senhor, nos render a ti, deveria ser a coisa mais natural na vida de fé e adoração. Mas a verdade é que a nossa carne não melhora, ela precisa ser crucificada com Cristo, e morrer lá na cruz, para dar lugar a um novo homem, uma nova criatura. Queremos agradecer a tua infinita bondade e paciência nesse processo de nos levar ao lugar ideal, onde voluntariamente, nos rendemos ao teu governo e ao teu amor. Obrigado ao Espírito Santo por produzir essa obra de conscientização no nosso interior. A Deus seja a honra e a glória para todo o sempre. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason