Meditação do dia: 08/04/2021
“Então disse Judá: Que diremos a meu senhor? Que falaremos? E como nos justificaremos? Achou Deus a iniqüidade de teus servos; eis que somos escravos de meu senhor, tanto nós como aquele em cuja mão foi achado o copo.” (Gn 44.16)
Fomos Apanhados – Existe a vida ideal e a vida real, vivemos na real, mas sonhando ou fantasiando estar na ideal. Na vida ideal tudo funciona, todos são bons e solidários, quando erram, se desculpam, assumem e fazem os reparos e restituições. As pessoas, as instituições e até o estado é perfeito e senão, está bem próximo disso. As igrejas, essas sim, só membros TOP de linha, os pastores esses sim, fazem jus ao nome e a comunidade como um todo é modelo de comunhão amor e serviço. É aí que acordamos em caímos na real. A vida não é o que queremos que seja e nem o que gostaríamos que fosse, a vida é o que ela é. A vida ideal já existiu e funcionou, até que os moradores do Paraíso, cruzaram a fronteira demarcada por Deus como marca da obediência, que seria também uma demonstração de amor e respeito. Deus sempre foi real, e fez o ideal para ser desfrutado, cuidado e perpetuado. Já sabemos, a durabilidade foi até a página três. A vida de vitórias e sucesso, é possível e é um ideial a ser buscado e se deve investir; sem ser um trocadilho infame, a vida ideal é possível e real. No preambulo do Evangelho de João, encontramos o seguinte registro: “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo 1.3-5). Lembrem-se que somos de fé criacionista – Deus fez tudo e sem ajuda, nada do que foi feito aconteceu por outros meios. Esse agente da criação, Jesus é o portador da vida, e essa vida é luz para os homens, sempre foi e sempre será. A plena manifestação da luz é nas trevas, que por sua vez é o campo das incompreensões de toda natureza. Criado à imagem e semelhança do seu Criador, um ser perfeito e completo de aspectos múltiplos, de espírito, alma e corpo, com muitos componentes que pudessem fazê-lo expressar toda a glória e grandiosidade de sua origem. Uma escolha mudou e as consequências produziram profundas transformações, sendo a principal, a desconexão espiritual, desde então. Vivendo em nível muito abaixo e inferior ao original, as aspirações existem, mas nem sempre são acessadas, porque as realidades espirituais não podem ser exercidas pela alma, que no máximo cria uma existência paralela, caricata e insatisfatória aos anseios do espírito. Exemplos: Fé é do espírito, religião é da alma. Comunhão é espiritual, obrigações é da alma. Adoração é do espírito, rituais e cerimoniais são da alma. A graça e a verdade são espirituais, as obras e os méritos são da alma. O meio de entrar nesse mundo físico e natural é o nascimento físico e natural; o meio de adentrar ao mundo espiritual, dimensão do espírito de onde já se esteve, é o nascimento espiritual, também chamado de regeneração. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo 1.12,13). Isso só pode ser acessado pela fé (que é do espírito), em Jesus (que é a luz e a vida original), que para viabilizar isso se materializou entre nós, se tornou carne, se tornou gente, sendo e permanecendo em essência Deus. “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). O que estava acontecendo com José e seus irmãos era em figura, o resumo da vida dos homens na busca por satisfação verdadeira, mas procurando sempre do seu modo e nos seus termos, fracassando muito e negando suas reais condições. Ali, naquela manhã, eles chegaram ao fim da linha. “Fomos apanhados – Falar o quê? Justificar o quê?” A vida “ideal” deles de erros, mentiras, enganos e prosseguir sem prestar contas, acabou de acabar! A única saída era a rendição total e incondicional, de agora em diante estavam nas mãos de José, alguém que até então eles não conheciam e não confiavam, mas que irá se revelar a eles e é por causa do caráter e das intenções de José que haverá salvação para eles. O paralelo também é verdadeiro para nós em nosso tempo e oportunidade.
Senhor, Criador e sustentador de todas as coisas. Autor da nossa vida e agora também autor e consumador da nossa fé. Precisamos da conversão verdadeira, total e incondicional, para termos a possibilidade de entrar na verdadeira vida. Graças pela ação do Espírito Santo agindo a favor do homem, levando-o a compreender espiritualmente o amor e as intenções de Deus, na pessoa de Jesus Cristo. Pela fé, aceitamos andar pelos teus caminhos e fazermos do teu jeito. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason