Meditação do dia: 02/05/2021
E disse José a seus irmãos: Eu sou José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não lhe puderam responder, porque estavam pasmados diante da sua face.“ (Gn 45.3)
Sem Respostas – Travou! Travaram! Engoliram seco e os pensamentos giraram numa velocidade muito acima da capacidade de compreensão. Aquela experiencia dos filhos de Jacó, ali na casa do governador alcançou proporções inimagináveis. Como acreditar naquilo que não acreditamos? Independente do que criam sobre a vida pós morte, eles tiveram uma informação que desafiava tudo o que sabiam até então. Ninguém espera encontrar e conversar com alguém que tenha certeza que esteja morto. Os rapazes sabiam mesmo sem qualquer evidencia, que seu irmão José era morto e eles se baseavam numa possível lógica natural da vida. Um escravo, por mais jovem e saudável que fosse, dificilmente resistiria por muitos anos de serviços nas condições que lhes era imposta naqueles tempos. A condição na qual José fora colocado, não era de um escravo de família, com práticas domésticas ou qualificações que lhe permitisse viver em melhores condições. Fora vendido sem garantias para mercadores que o venderam num mercado comum de escravos. Então para eles, o fato dele não ter retornado para casa, não ter dado notícias e não surgirem nenhuma informação de seu paradeiro, dava a eles a certeza de que estava morto. Quando eles conheceram o governador, não reconheceram nele nenhum traço que apontasse para José e ele também não se deixou levar pelas impressões iniciais mesmo após certificar-se de que eram seus irmãos, bem ali na sua frente de carne e ossos. Todos os processos e testes a que foram submetidos, serviram aos propósitos do governador descobrir quem de fato eles eram, como agiam agora depois de tantos anos, embora mexeu com eles, no íntimo levando-os a reconhecer os erros do passado e a certeza da prestação de contas, que Deus fazia agora com eles, pelo que fizeram a José no passado, sem usar de misericórdia. Foi emocionante, foi chocante e complexo demais para assimilar de pronto. Posso me imaginar não situação daquelas, pois gosto das coisas bem explicadinhas, cada detalhe se encaixando perfeitamente bem, sem pontas soltas. Em alguns aspectos, eu detesto surpresas! E não sou único nisso! Pessoas mais racionais, não gostam de perder o controle de situações. Eles já sabiam que em terras egípcias e especialmente na casa do governador, eles não tinham controle e nem autoridade sobre nada, incluindo suas vidas e posses. Sabiam que estavam em desvantagem jurídica para apelarem de qualquer forma porque foram acusados de um crime sério e as provas eram cabais contra eles. É então que o imponderável aparece; o inquisidor e severo governador, se declara ser José, o filho de Jacó, o irmão deles desaparecido, ou melhor que eles fizeram desaparecer. Isso derrubava por terra, os argumentos e justificativas deles de que José havia desaparecido, quem sabe, despedaçado por feras e que eles não sabiam de nada, só encontraram uma peça de roupa suja que corroborava com a teoria de morte. Todos aqueles anos afirmando essa versão mentirosa para o pai e para Benjamim; mas desta feita, Benjamim estava presente e ouvia dos lábios de José, sua própria verdadeira história. Quero aplicar aqui, a verdade que apresento constantemente: “Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade” (2 Co 13.8). Outra versão desse princípio foi dito por Jesus aos seus discípulos: “Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido. Porquanto tudo o que em trevas dissestes, à luz será ouvido; e o que falastes ao ouvido no gabinete, sobre os telhados será apregoado” (Lc 12.2,3). Assim como aqueles rapazes viveram uma vida falsa e proposital, esperando que as consequências nunca viessem e especialmente tão longe de casa e de onde as coisas haviam acontecido. A justiça os confrontou cara a cara com duas testemunhas diante das quais eles não teriam quaisquer argumentos em contrário ou que justificas seus atos: José e Benjamim era as duas pontas extremas da verdade que nunca estivera sob o controle deles. Benjamim sabia a versão deles dada ao pai e família e José sabia a versão do desaparecido morto que nunca morrera. O difícil de tudo isso, é que eles tinham que olhar para os dois irmãos e reconhecer que o mundo deles acabara de desaparecer. Não teriam como convencer nem um e nem o outro! Nem a eles mesmos.
Senhor, Deus da verdade, obrigado por sabermos que Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida; que todos compareceremos diante de ti para prestação e contas e não há desculpas ou argumentos contra a tua sabedoria. Pedimos misericórdia em tempo oportuno, que é hoje o dia da salvação. Derrame sobre nós graça infinita em Cristo Jesus. Obrigado pela obra da redenção em Cristo que dá a todo os pecadores, a oportunidade de serem confrontados com a verdade e a justiça de forma imparcial e bondosa. Em Cristo há provisão para todos que se arrependem e confessam suas culpas e crê no poder do nome que é sobre todo o nome, o nome de Jesus, a quem louvamos, adoramos e reconhecemos, amém e amém.
Pr Jason