Meditação do dia: 15/05/2021
“Assim não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito.” (Gn 45.8)
O Senhor da Casa – O Senhor Jesus viveu aqui na terra numa época e num contexto onde servos e escravos faziam parte do cotidiano da sociedade. Os reis também eram déspotas e ambiciosos como em outras épocas; homens se apoderavam de bens e pessoas. Nos seus dias, sua terra natal estava sob o governo do Império Romano, que ficou conhecido por governar com braço de ferro. Os reis locais, eram tutelados do imperador, que tinha uma longa lista hierárquica para manter o controle. Nada isso interferiu nos planos divinos para a Redenção, ao contrário, serviram aos propósitos estabelecidos nas Escrituras e suas estruturas prepararam e sustentaram o que era necessário para a chegada do Messias. César, era venerado como Deus e tinha culto e sacerdotes na difusão de tudo isso. Em Atos 19 naquela confusão em Éfeso provocada pelo sindicado dos ourives, esse pessoal apareceu para evitar que Paulo se envolvesse desnecessariamente. “Também asiarcas, que eram amigos de Paulo, mandaram rogar-lhe que não se arriscasse indo ao teatro” (At 19.31). Estou citando isso porque não podemos utilizar certos argumentos por não realizarmos aquilo que é esperado de nós no nosso tempo e em nossa geração. Há uma enorme transferência de responsabilidades nas últimas gerações, que entendem que alguém tem que fazer por eles e para eles e se não for o estado, tem que ser alguém, menos ela própria, com isso a vida se torna uma caçada aos culpados pelos insucessos pessoais e geracionais. Essa cultura não é bíblica e nem espiritual. Moisés nos seus dias, no mesmo Egito de José, em situação totalmente oposta para os hebreus, é descrito como alguém que fiel e que fez o que deveria fazer e era esperado dele. “E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar; Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim” (Hb 3.5,6). José era servo e funcionou como “senhor da casa de Faraó.” Moisés, fora criado como príncipe, filho da filha de Faraó, mas ficou como servo. Se José foi poderosamente abençoado por Deus para levar hebreus para o Egito e protege-los da extinção – Moisés foi poderosamente abençoado por Deus para livrar os hebreus do Egito e conduzi-los de volta à Canaã. Papeis invertidos, mas ambos precisavam fazer seus papéis no seu devido tempo. Na Nova Aliança, alguns aspectos sobre povo de Deus, herança, promessas, casa de Deus e culto, tomam significados muito mais interessantes do que as figuras da Velha Aliança. “Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade. E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória” (1 Tm 3.15,16). Somos o povo de Deus nesta época e nessa geração; somos os responsáveis pela divulgação do Evangelho de Cristo, fazendo discípulos de todas as nações até à volta do nosso Senhor. Temos o desafio próprio do nosso tempo e modo de vida, mas isso em nada impedirá o mover de Deus e o cumprimento de seus propósitos. Façamos o que nos vier à mão, com muito zelo e amor.
Senhor, te exaltamos por ser Deus e Senhor de todas as coisas e exerces um governo perfeito, santo e justo sobre nós e sobre tudo. Queremos nos disponibilizar para que o teu poder se manifeste através de nós como igreja para que o Evangelho da graça de Deus seja conhecido e recebido em todas as partes do mundo. Essa é a nossa hora, a nossa vez e a nossa oportunidade. Agradecemos por isso, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason