Aquele Abraço

Meditação do dia: 29/05/2021

“E lançou-se ao pescoço de Benjamim seu irmão, e chorou; e Benjamim chorou também ao seu pescoço.” (Gn 45.14)

Aquele Abraço – Separações são dolorosas e reencontros são entusiasmantes. Aqui também aparece a ambivalência da vida; sem a dor de um dificilmente haveria a alegria do outro. Quem nunca se separou de pessoas queridas, não pode mensurar quão bom e eufórico é um reencontro. O estado de consciência do que ocorreu, torna mais promissor a expectativa de se retornar ao convívio e à amizade de quem se gosta. Tenho algumas cicatrizes que a vida me permitiu ter e são muito preciosas. Por muitas e boas razões tive que deixar a casa dos meus pais dias antes de completar vinte anos de idade e não voltei mais para ficar em definitivo, isso está aproximando de mais de quatro décadas. Perdi o crescimento e desenvolvimento das minhas irmãs mais novas que eu, não vi alguns sobrinhos nascerem e não pude brincar com eles. Amigos mais chegados que irmãos também entram nessa conta; as festas, as comidas deliciosas da minha cultura e assim também com eles em relação à mim. Por esse Brasil à fora, muitos e novos amigos e irmãos se apresentaram e fixaram em mim e ganhei milhares de novos contatos que levarei para sempre. A todos eles, e alguns são leitores dessas meditações, meu muito obrigado por fazer parte da melhor fase da minha vida e que bom que só tem melhorado e sem sinais de desvanecimento. Sem mídias socias ou meios de comunicação que permitisse buscas mais restritas, José passou mais de vinte anos de sua vida, trabalhando para construir o caminho de volta para casa. Mas o bom disso tudo, é que ele não endureceu o coração e nem se obstinou, ficando amargo e rancoroso, lançando maldições e rogando pragas, que aquelas que sobreveio ao Egito nos dias de Moisés e do êxodo israelita, pudessem ser atribuídas a José, que ali sofrera muito e profetizara tragédias e desgraças contra aquele povo, a terra e o próprio Faraó. José foi bênção do começo ao fim. Sem os irmãos saberem quem ele era, foram forçados a trazerem Benjamim, o seu irmão mais novo, que por razões estratégicas não pode saber logo de início de que estava na casa e sob os cuidados do querido irmão. Mas José já estava caprichando nos mimos e cuidados para com ele acima e além dos demais. “E apresentou-lhes as porções que estavam diante dele; porém a porção de Benjamim era cinco vezes maior do que as porções deles todos. E eles beberam, e se regalaram com ele” (Gn 43.34). Agora foi a vez daquele abraço, abraço de irmãos, amigos, reencontro tão esperado por um e nunca alimentado por outro, que fora vítima de informações falsas sobre o destino de José. A salvação em Cristo é tão preciosa para a pessoa que entendeu o estado em que sua alma se encontrava diante de Deus e a multidão de suas culpas e dores, marcas que o pecado e a ignorância produziram. Se o pecado é terrível, a salvação então é preciosa e almejada. Se o pecado nada mais é senão pequenos desvios de conduta e sem peso para a eternidade, a salvação não é atraente e a oferta de amor e graça da parte de Deus é mera formalidade religiosa. Se o pecado incomoda, o perdão e a redenção é muito aprazível. “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10). Hoje é um dia apropriado para reencontros felizes, à começar pelo mais importante: Com Deus!

Senhor Jesus, acolhe-nos em teu infinito amor e graça. Não somos nem um pouco merecedores de qualquer favor da tua parte. Nossos pecados feriram a tua santidade e ofenderam a tua majestade. Mas nos arrependemos e voltamos atrás; queremos recomeçar e reatar os laços de fé e comunhão contigo. Obrigado por sacrificar-se em resgate de muitos. Louvamos a Deus e Pai, por fazer um plano tão grande e perfeito para nos buscar de volta à comunhão. Agradecemos ao Espírito Santo por fazer o trabalho de levar os nossos corações à fé na bondade e no amor de Deus. Somos gratos, e te adoramos, como o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Recebe-nos em tua família e nos conserve firmes, até o dia do resgate final. Oramos em fé, agradecidos, amém.

Pr Jason

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