Meditação do dia: 06/07/2021
“E não havia pão em toda a terra, porque a fome era muito grave; de modo que a terra do Egito e a terra de Canaã desfaleciam por causa da fome.” (Gn 47.12)
Não Havia Pão – “Em casa onde falta pão, todos brigam e ninguém tem razão!” Esse provérbio popular tem sido aplicado nos mais variados setores da vida, incluindo a administração pública, aludindo-se aos desmandos e desvios de condutas e recursos e depois tentar nomear um culpado. Me deparei com esse texto bíblico, incrustrado entre as narrativas da vida de José, que é nosso principal tema e fonte das meditações nesse momento. Ele significa tempo, circunstancia ou contexto. Era esse o contexto principal naqueles dias, quando José trouxe para o Egito a família de seu pai, alojando-os na melhor região disponível e fornecendo-lhes todas as provisões necessárias para a sobrevivência deles. É um quadro muito desolador, legitimamente um cenário de terra arrasada! Durante minha vida, em seis décadas, me é possível lembrar vários períodos de escassez de produtos no abastecimento, mas não uma situação como essa descrita na Bíblia. Um pais ou mais de um, talvez toda aquela região em extrema situação de escassez de alimentos, “não havia pão em toda a terra…” Sabemos pelo contexto, que aquilo tudo fora predito e previsto; Deus mostrou ao Faraó o que iria acontecer e deu a eles a oportunidade de tomarem medidas para conterem o máximo os danos que seriam causados por sete anos de improdutividade da terra, mui provavelmente por ausência de chuvas, tanto ali, quando nas regiões que abasteciam a formação do Rio Nilo. Podemos entender que ao menos partes da África estavam afetadas também e Canaã já sabemos que sim, porque Jacó morava lá e vieram comprar comida no Egito. O profeta Amós, anos mais tarde, mas também diante de um quadro muito triste e difícil profetizou aos israelitas, uma mensagem de Deus nos seguintes termos: “Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Am 3.7). Se quiserem pensar nos termos, como se Deus provocasse o fenômeno e também providenciasse o alívio e ou solução, não me sinto ofendido, como também não ofende a minha crença na bondade e fidelidade do Senhor. Ele tem propósitos grandes e elevados, que precisam serem levados a efeito e isso, dependendo do que se trata, pode envolver reis, reinos e nações, tempos e estações, para que o objetivo seja alcançado e para aquele que pode todas as coisas e tem os meios à sua disposição, não é nenhum problema executá-lo. Também, a crença, ou a crítica de quem quer que seja, não muda e não anula a fidelidade e senhorio de Deus. Ele sabe tudo, incluindo a nossa estupidez de não saber nada e ousarmos tecer comentários e críticas sobre temas muito acima de nossas possibilidades. Deus estava criando uma nação, um povo seu, especial, zeloso e com uma missão muito especial e muito específica entre todos os povos, tribos e nações. Deus estava preparando o caminho para a vinda do Redentor, o Messias, o Cristo, ou o nosso Senhor Jesus Cristo. Isso tem à ver com muito mais coisas do que imaginamos; há configurações universais que estão fora do nosso radar em termos de conhecimento e ou capacidade de compreender, por enquanto. O outro lado da escassez de pão na terra que muito me instiga é que diante da possibilidade, Deus deu a José uma visão administrativa capaz de gerar e gerir recursos suficientes para terem recursos para passarem pelo período difícil. Faço uma pergunta a mim, mas quero que participe dela também: O mesmo que Deus mostrou a José, foi mostrado também a outros povos e servos de Deus onde a crise aconteceria? Todos agiriam com a mesma presteza com que José e Faraó agiram? O que todas as pessoas fizeram com essa informação privilegiada? O que move o mundo são as perguntas ou as respostas? Como cristãos, o que estamos fazendo com as informações privilegiadas que temos? A vida eterna, a volta de Jesus, o juízo final, o milênio, os fins dos tempos? “Eis que vêm dias, diz o Senhor DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR. E irão errantes de um mar até outro mar, e do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando a palavra do Senhor, mas não a acharão” (Am 8.11,12).
Senhor, Obrigado por ser quem és e poder tudo que podes! Reconhecemos que ninguém se compara a ti, pois só tu és Deus, o único Deus verdadeiro, Pai, Filho e Espírito Santo, a quem amamos e adoramos de todo o nosso coração. Somos gratos pelas revelações que temos na tua Palavra e em especial na pessoa de teu filho Jesus, nosso Senhor. Obrigado pelas provisões para toda as nossas necessidades, dia após dia, com abundancia, graça e misericórdia. Oramos com gratidão, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason