Meditação do dia: 11/07/2021
“Por que morreremos diante dos teus olhos, tanto nós como a nossa terra? Compra-nos a nós e a nossa terra por pão, e nós e a nossa terra seremos servos de Faraó; e dá-nos semente, para que vivamos, e não morramos, e a terra não se desole.” (Gn 47.19)
Será Esse o Nosso Fim? – Pergunta difícil de se responder e tão difícil quanto deveria ser a condição que levou aquele povo a esse limite. Olhar esse texto bíblico, e pensar nele, olhando para frente, como se diante de nós estivesse uma multidão de famintos, esfarrapados e desiludidos, numa cena de cortar o coração de tanta dó, é o que imagino, pois a cena era real diante de José, um homem de bom coração, boas intenções e fiel a Deus, que se esforçara ao máximo para salvar o maior número de vidas que pudesse. Como um coração temente, piedoso reage ao apelo de vidas fragilizadas e em condições miséria se oferecendo por um pouco de comida, tão desesperados que abriram mão de suas próprias vidas e autonomias, para tão somente sobreviverem. Jose não era pessoa de tirar proveito da miséria de ninguém, muito menos tirar vantagens ou explorar a condição frágil delas. O seu “ministério” o conduziu a administrar uma situação que humanamente saiu do controle dos caminhos normais da vida. Servir a Deus, é servir às pessoas e pessoas produzem situações e circunstancias. Ninguém tem controle absoluto de tudo que ocorre ao seu redor e isso torna a vida um grande e belo desafio. Jesus disse a Nicodemos que os ventos estão circulando, mas não podem serem vistos e certamente não se pode controla-los, mas podemos nos beneficiar deles, aprendendo a lidar conforme suas próprias leis e forças. “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” (Jo 3.8). A turma da vela diz que “ventos contrários também levam o barco para frente, é só saber manejar as velas!” Acreditamos que estamos aqui nessa vida e nessa época e lugar para cumprir um propósito todo especial, isso é verdade e a busca por fazer o melhor nessa tarefa, deve nos levar a aprender com aqueles que passaram por aqui antes de nós e foram bem sucedidos na sua missão e souberam administrar as suas próprias oportunidades. Quero pensar, com vocês e juntos nos encaixar nessa tarefa. Só houve um José lá no Egito e no seu tempo; mas ao seu lado havia muitas outras pessoas que estavam também empenhados como coadjuvantes naquela tarefa e sem elas, muitas coisas não teriam chegado ao desfecho que conhecemos. Estou consciente da minha insignificância mas não posso me omitir porque não serei o personagem principal do enredo. Talvez você também não será o astro da companhia, mas somos chamados e capacitados para fazer algo, fazer uma parte da tarefa e essa talvez seja a nossa porção inteira e caso ela não se complete, será notado que faltou uma pequena coisa ali ou acolá e aquilo teria feito o todo ser perfeito. A pergunta então é: Qual é o meu papel e o meu lugar nessa trama toda? Poderíamos até mesmo estar do lado dos necessitados, mas não estamos; fomos colocados do lado que oferece soluções e respostas! É privilégio e responsabilidade.
Deus, obrigado, por nos permitir fazer parte de algo grande, maior que nós mesmos e somos parte da solução e das respostas ao clamor das multidões que se encontram como ovelhas sem pastor, à deriva e em busca de algo que talvez nem eles mesmos saibam o que é porque se desorientaram e se perderam no caminho. Te agradecemos porque sabemos o caminho, Jesus é o caminho! O nosso caminho, verdade e vida. Pedimos orientação para continuarmos focados na missão e em agradar aquele que sabe todas as coisas e tem um plano perfeito. Oramos em fé, no nome de Jesus, amém.
Pr Jason