Os Servos de José

Meditação do dia: 14/08/2021

“E José ordenou aos seus servos, os médicos, que embalsamassem a seu pai; e os médicos embalsamaram a Israel.” (Gn 50.2)

Os Servos de José – No dia de hoje, com esse texto poderíamos tomar vertentes as mais variadas, porque o tema permite e com boas pesquisas poderemos enriquecer e muito o nosso conhecimento sobre alguns dos mistérios bem guardados dos egípcios, em termos de medicina e preservação de corpos post mortem. Contudo, vou me ater a um lado simples da questão e que delineia melhor as nossas meditações com propósitos de edificação e alimentação espiritual. Me refiro a forma honrosa com que José e os egípcios trataram o patriarca em sua morte. Como também a graça de Deus, para nos presentear com ensinamentos da vida e para a vida, permitiu que um dos seus, ou dos nossos, porque pela fé todos nos tornamos filhos de Abraão e herdeiros das mesmas promessas. “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa (Gl 3.28,29). Cada povo tem sua cultura própria e seus rituais para celebrar as diversas manifestações que ocorrem na vida e na morte. O povo de Deus estava em formação e estava inserido física e geograficamente no Egito por um tempo, ali, já havia uma cultura milenar e muito desenvolvida, e com José pertencia a nobreza da administração do império, foi como que natural que ele pudesse utilizar o seu prestígio para os procedimentos. Em termos bem singelos, acreditamos que na morte física o espírito (que é a pessoa verdadeira) deixa o seu corpo e deve voltar às suas origens, acompanhada da alma que é o princípio animado que anima ao corpo e trás as qualidades da personalidade da pessoa. O corpo, será sepultado, cremado, enfim, mas em suma se desintegrará, voltando ao pó de onde veio, até a ressurreição corporal para que a se preste contas das atividades da vida inteira. No caso brasileiro, além de sermos um povo muito jovem em termos de civilização, ainda somos excessivamente miscigenados culturalmente, de forma que é até difícil dizer qual a postura oficial sobre morte, rituais e cerimonias. Há grupos que dão muito valor, honra e reverencia a esse momento da pessoa, como também há grupos que não tem nenhuma postura ou dão qualquer importância ao tema.  Além dos muitos aspectos de sincretismo religioso que se confundem de lugar para lugar. Também há o lado médico científico, de como lidar com tudo isso. Mas um ponto para todos nós cristãos é pacífico, ensinado pelo próprio Senhor Jesus: “E que os mortos hão de ressuscitar também o mostrou Moisés junto da sarça, quando chama ao Senhor Deus de Abraão, e Deus de Isaque, e Deus de Jacó. Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para ele vivem todos” (Lc 20.37,38). José que foi servo e escravo no Egito, deu a volta por cima e tinha depois servos qualificados à sua disposição para um serviço tão exigente em termos de qualidade e utilidade. Em todo tempo Deus está abençoando o seu povo e providenciando o que há de melhor, de modo que este sempre será distinguido por onde passar.

Senhor, graças te damos por tua imensa bondade e misericórdia para com os teus filhos e servos, que andam em tua presença e testemunham a tua bondade entre os povos e fazem conhecidos os teus feitos e os teus caminhos. Somos gratos pelas lições que podemos aprender com a vida, o serviço e até mesmo na morte dos teus servos fiéis. Temos esperanças grandes em tuas promessas e que à seu tempo se hão de cumprir. Agradecemos em fé, no nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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