Jael, a Mulher de Héber, o Queneu

Meditação do dia: 27/09/2021

“Porém Sísera fugiu a pé à tenda de Jael, mulher de Héber, queneu; porquanto havia paz entre Jabim, rei de Hazor, e a casa de Héber, queneu.” (Jz 4.17)

Jael, A Mulher de Héber, o Queneu – Estamos meditando na Palavra de Deus, seguindo personagens femininas notáveis, que fizeram algo em favor do povo de Deus e assim colocaram seus nomes na história. Nossa mulher maravilha de hoje é Jael, de uma tribo cananeia, nômade, que já existiam na terra de Canaá desde os tempos de Abraão. “Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates; E o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu (Gn 15.18,19). Jetro o sogro de Moisés era queneu, e algumas dessas famílias se tornaram amigas dos hebreus e viveu entre eles, havendo a possibilidade que Héber e sua família sejam descendentes de Jetro, e que vieram no êxodo para Canaã, onde peregrinavam. “E Héber, queneu, se tinha apartado dos queneus, dos filhos de Hobabe, sogro de Moisés; e tinha estendido as suas tendas até ao carvalho de Zaanaim, que está junto a Quedes” (Jz 4.11). Jael significa “Cabra Nubiana,” ou “Cabra montês,” nome muito comum entre os povos orientais, especialmente em Israel, com a designação “Yael.” Depois de vinte anos sob forte opressão do rei Jabin de Hazor, que possuía uma grande exército e novecentos carros de guerra de ferro, o que indica o auto poderio militar; os israelitas clamaram a Deus por socorro. Era no tempo dos Juízes, antes de Israel ter um rei. Nesse tempo era governado pela juíza Débora. Ela convocou em nome do Senhor a um homem da tribo de Naftali, por home Baraque; ele atendeu ao chamado mas só aceitava ir à guerra contra o rei Jabim se a profetisa e juíza Débora fosse com ele na batalha. Por Essa atitude, ela profetizou que ele venceria e libertaria Israel, mas a honra da batalha seria de uma mulher e não dele. “E disse ela: Certamente irei contigo, porém não será tua a honra da jornada que empreenderes; pois à mão de uma mulher o Senhor venderá a Sísera. E Débora se levantou, e partiu com Baraque para Quedes” (Jz 4.9). O exército de Jabim e o famoso comandante Sísera, foram atraídos para o vale de um reibeiro, que transbordou com as chuvas da noite anterior e dificultou para os carros e cavalos e assim eles foram exterminados pelo pequeno exército de israelitas. Sísera, fugiu à pé e buscou abrigo no acampamento de Héber, que tinha boas relações com o reino de Hazor e foi acolhido por Jael, que ofereceu a hospitalidade oriental, que garante proteção e segurança para o hóspede. Mas Sísera não contava com a amizade e boas relações entre os queneus e os israelitas, que de certa forma também sofriam com a dura opressão aos israelitas. Ele estava extremamente cansado e exausto e dormiu logo após saciar sua sede; ele pediu água e ela lhe deu leite, talvez para melhor alimentado pudesse dormir o seu último sono. Jael foi de mansinho e cravou uma estaca de armar tendas, com um martelo em sua fronte; de forma que ele morreu dormindo. Quando Baraque, o comandante israelita chegou no acampamento ela já o recebeu com a notícia de que o homem procurado por ele estava ali, na sua tenda já imobilizado. Como profetizado por Débora, Baraque venceu a batalha e livrou a Israel do jugo do rei Jabim, mas a honra da batalha foi de Jael, que se tornou heroína nacional e cantada em versos e prosas pelo seu feito. “E cantou Débora e Baraque, filho de Abinoão, naquele mesmo dia, dizendo: Louvai ao Senhor pela vingança de Israel, quando o povo se ofereceu voluntariamente. Bendita seja entre as mulheres, Jael, mulher de Héber, o queneu; bendita seja entre as mulheres nas tendas. Água pediu ele, leite lhe deu ela; em prato de nobres lhe ofereceu manteiga. À estaca estendeu a sua mão esquerda, e ao martelo dos trabalhadores a sua direita; e matou a Sísera, e rachou-lhe a cabeça, quando lhe pregou e atravessou as fontes. Entre os seus pés se encurvou, caiu, ficou estirado; entre os seus pés se encurvou, caiu; onde se encurvou, ali ficou abatido” (Jz 5.1,2,24-27). As aplicações das lições dessa narrativa: Começo por destacar que quando os homens fogem do seu chamado ou de assumir integralmente o seu papel, Deus levanta pessoas, mulheres corajosas, destemidas, ousadas no Senhor para produzir grandes mudanças. Nossos campos missionários são prova disso e a grandeza do trabalho feminino nas igrejas e no reino de Deus, são testemunhas dos feitos delas. Outra lição importante é que não existe lugar distante, pequeno, desconhecido ou fora do alcance da graça de Deus para fazer grandes feitos para Deus. Jael tinha uma vida nômade, vivendo em tendas e mudando de lugar para lugar, e agora ela estava longe dos demais membros de sua tribo, mas estava no lugar certo para realizar o trabalho de sua vida. Sua habilidade com os instrumentos de armar uma tenda indica que era laboriosa, e disposta ao trabalho pesado, mas também era gentil e hospitaleira, sabendo receber nobres e hospedar pessoas importantes. Ela também estava bem informada e se interessava pelo bem estar do povo de Deus, ainda que tivesse boas relações com quem estava no poder, ela escolheu ficar do lado da justiça e das promessas de Deus. Por isso e muito mais, Jael está entre as grandes pessoas que abençoaram o povo de Deus e construiu a sua história, mesmo sendo de origem não israelita.

Senhor, obrigado por acolher com amor a todas as pessoas e salvar perfeitamente aqueles que se achegam a ti, em Cristo Jesus. Somos gratos por estarmos construindo um reino e para servir ao Senhor, podemos e devemos servir as pessoas e fazer da nossa vida um oportunidade abençoadora. Em Cristo Jesus, a nossa origem deixa de ser um problema e passa a ser uma manifestação da tua multiforme graça e poder, pois somos acolhidos, aceitos e amados, formando uma única família, um único povo, um só corpo, com uma só fé. Por tudo isso, receba o nosso louvor e gratidão, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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