A Mulher de Jó

Meditação do dia: 28/09/2021

“Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre.” (Jó 2.9)

A Mulher de Jó – Por não sabermos determinadas coisas isso não significa que elas não existem. Tudo que sabemos não é exatamente tudo que existe. É assim que a nossa meditação de hoje, vai em busca de uma mulher que não tem o seu nome mencionado, mas fez parte da história e foi esposa de um homem admirável e reconhecido em todo o mundo, como o homem mais paciente que já houve. Todos lhe atribuem o título de “O pai da paciência” e ele não atingiu esse nível, sem uma boa razão; foi com muito sofrimento e fé no Deus a quem ele servira em toda a sua vida. Eles foram contemporâneos de Abraão, em termos cronológicos, mas como essas meditações não obedecem lógicas em linhas temporais ou mesmo de assuntos, e por se tratar de uma pessoa que diríamos anônima, ela se encaixa bem por aqui mesmo. Essa irmã, me inspira e me ajuda a olhar certos aspectos na vida que não parecem visíveis a todos, mas cada família e cada pessoa tem os seus momentos difíceis, e como cada um de nós encaramos isso, pode fazer toda a diferença. A esposa de Jó era uma mulher bem sucedida na vida; bem casada, excelente condição financeira e patrimonial, já que eram os mais ricos daquela região do oriente; tinha uma família maravilhosa, com sete filhos e três filhas, que eram muito unidos e estavam sempre se confraternizando. Temos razões para dar créditos a essa mulher, porque precisamos ver as coisas também do ponto de vista dela, no seu devido contexto e não julga-la pelas poucas linhas dedicadas a ela no livro. Seria muito cômodo, taxa-la de desequilibrada, ou fraca de fé alguém que não demonstrou força no momento que o marido mais precisava. Se o próprio Jó, foi paciente com ela e a aceitou, por que seríamos nós, muitos anos depois, no tempo da graça em Cristo Jesus, a rejeitá-la? Uma família do povo de Deus está estruturada sobre as bases de um lar onde um marido e uma esposa servem de referencia para os filhos e através desse modelo, se molda uma sociedade em torno de valores importantes. As mães precisam da segurança que a família oferece para o bem-estar de todos e se algo interfere, isso vai afetar a harmonia interior e medidas serão tomadas especialmente pela mulher que fará o possível e até um pouco mais para proteger os seus. Eu e você sabemos o que a mulher de Jó não sabia, que havia uma guerra espiritual acontecendo e o Diabo estava procurando razões para desacreditar a fé e a firmeza da fé daquela família. A permissão divina foi dada e a sessão de provações teve início e foram tempos difíceis para eles. Devemos lembrar que Deus jamais permite alguma provação que seja maior que a nossa capacidade de vencer. “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1 Co 10.13). Algum de nós consegue se identificar com uma esposa e mãe, que num curto espaço de tempo de dias ou horas, vê desaparecer toda a sua riqueza? Rebanhos de gado, camelos, ovelhas, jumentos foram roubados, ou mortos por invasores e acidentes da natureza. Servos e empregados foram mortos em ataques de bandidos. Os dez filhos foram massacrados num desabamento inexplicável da casa onde estavam reunidos. O seu esposo contraiu uma doença infecciosa de um momento para outro e todo o seu corpo foi tomado de feridas e tumores, que não dava alívio e ele se viu obrigado a assentar-se em cinzas e raspar suas feridas com cacos de cerâmica. Diga-me, como uma mulher nessas circunstancias deveria reagir? Quando sabemos as razões de um sofrimento ou infortúnio, podemos nos condescender com nossa situação, ou assumir as responsabilidades e até mesmo implicar os responsáveis. Jó e sua esposa não tinham a menor noção do que se passava nas esferas espirituais e nas implicações sobre eles aqui no plano físico. Jó apelou para sua fé e confiança, de que a justiça divina não permitia dúvidas de sua parte quanto ao caráter de Deus, e em algum momento a verdade se estabeleceria. “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra” (Jó19.25). A grande lição da vida e da experiencia da mulher de Jó para nossas vidas, é que ao passarmos por provações e dificuldades, podemos confiar em Deus e sabermos que em hipótese alguma ele nos desampara ou nos entrega à própria sorte. O inimigo de nossas almas, aposta que servimos a Deus em troca de favores e bênçãos e que assim que cessar as bênçãos também se esgota a nossa adoração e nosso temor de Deus. Não servimos a Deus porque ele nos dá coisas ou nos cerca de graças e bênçãos – servimos a Deus porque o conhecemos como o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; que criou todas as coisas e em santo amor, nos guia, governa em tudo. Louvamos a Deus por suas bênçãos, e o adoramos por ser quem ele é. Deus é Deus, para todo sempre eternamente, amém. Uma outra lição importante dessa família, é que no devido tempo, sob as condições ditadas por Deus, eles estavam disponíveis para abençoar e interceder pelos amigos, que nem foram tanto amigos assim, mas ao obedecerem a Deus, suas vidas foram restauradas e as bênçãos voltaram em maior medida do que possuíam antes. Fico fascinado, com o resultado do agir de Deus, pois eles eram adultos, a madurecidos, com filhos adultos quando a tragédia se abateu sobre eles, mas foram de tal forma renovados e revigorados, que ainda tiveram outros sete filhos e três filhas, e viram esses filhos crescerem, pois o  relato diz que eram as mulheres mais belas daquele lugar. “E assim abençoou o Senhor o último estado de Jó, mais do que o primeiro; pois teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas. Também teve sete filhos e três filhas. E chamou o nome da primeira Jemima, e o nome da segunda Quezia, e o nome da terceira Quéren-Hapuque. E em toda a terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos. E depois disto viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos, e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração. Então morreu Jó, velho e farto de dias” (Jó 42.12-17). Isso sim, é história com final feliz, destes podem dizer: “… e viveram felizes para sempre!”

Senhor, agradecemos pela vida e pela história dessa mulher, que nem sabemos o nome, mas podemos admirá-la e reconhece-las pelo seu papel na vida de Jó e no legado para a eternidade na vida do povo do Senhor. Precisamos de modelos e de seguirmos os bons exemplos de fé e devoção ao Senhor nosso Deus. Tu és digno de receber todo o louvor e toda a adoração dos teus filhos e servos, por que és fiel e justo em todos os teus caminhos e santo em todas as tuas obras. Oramos com gratidão em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s