Meditação do dia: 12/11/2021
“E tornou a sair no dia seguinte, e eis que dois homens hebreus contendiam; e disse ao injusto: Por que feres a teu próximo?” (Êx 2.12)
O Perigo das Contendas – Cada dia nasce com uma expectativa nossa de coisas boas acontecerem. Alguns de nós gostamos de novidades e ser surpreendidos produzem uma adrenalina que os motivam. Há outros que preferem a velha e boa rotina de sempre, pois para eles, isso trás conforto e segurança, coisas novas são incômodas para esses. Há também os pessimistas que estão sempre esperando por alguma coisa difícil e se ela não vier, aumentam as sus expectativas de que quando vierem, serão ainda maiores. Não podemos esquecer os adaptáveis, que logo se ajeitam e encontram o seu espaço. Moisés saiu no dia seguinte após ter defendido um patrício e nesse ato, cometeu um delito grave. Ao começar o seu dia, presumimos que no mínimo ele esperava um dia de normalidade, onde as coisas já tivessem voltado ao seu curso normal. Mas não foi bem isso que ele encontrou logo de início. Duas pessoas em litígio e em público, e ainda que aparição de um príncipe, eles mantiveram a contenda em alta, o que chamou a atenção de Moisés. No livro de Provérbios, há uma citação curiosa, jocosa, mas cheia de sabedoria, como era de se esperar, ela diz: “O que, passando, se põe em questão alheia, é como aquele que pega um cão pelas orelhas” (Pv 26.17). A Bíblia NVT trás o seguinte: “Meter-se em discussão alheia é como puxar um cachorro pelas orelhas.” No nosso português do dia a dia, isso significa se colocar em risco, em perigo desnecessário. Como pacificadores, queremos sempre o bem de todos e trabalhamos por estabelecer a paz entre as pessoas, entendendo isso como uma parte da nossa vocação social e humanitária, como Jesus deixou bem claro. “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9). Moisés encontrou dois homens, que naturalmente deveriam ser aliados, trabalharem juntos por uma causa maior que eles mesmos, mas ao invés disso, se puseram a contender. Contendas possuem a tendência de arrastarem outras pessoas às suas margens para dentro das discussões e não havendo sabedoria e discernimento, as consequências podem ser ruins. “Os lábios do tolo entram na contenda, e a sua boca brada por açoites” (Pv 18.6). Um cristão, adorador de Deus e comprometido com a justiça e a verdade, que são marcas do Reino de Cristo, precisa discernir e orar em espírito antes de se aventurar a mediar uma contenda, ainda que seja entre pessoas conhecidas e muito queridas dela. No calor do momento, provavelmente os ânimos e as emoções entre os contenciosos estão falando mais alto do que a razão e certamente não há nada de espiritual naquele ambiente; portanto, exige-se muita sabedoria e autoridade para baixar a temperatura e então iniciar uma mediação. É evidente que num ambiente de embates, ambos querem o favor de quem esteja de fora, para fortalecer sua posição e assim prevalecer. O pacificar não tem o propósito de levar um deles à vitória, mas solucionar a crise imediata para depois trabalhar a situação como um todo. Vai aqui uma frase jasoniana: “Entre dois cristãos em contenda, nenhum dos dois pode estar certo.” Moisés pegou o cão pelas orelhas e descobriu o que não estava tão bem encoberto como ele pensava.
Senhor, graças te damos por ser um Pai amoroso e quer o melhor para os teus filhos. Podemos aprender com nossos erros e corrigir nossa conduta e evitar causar danos a tua obra e ao testemunho que devemos como teus filhos. Queremos nesse dia pedir sabedoria e discernimento para agirmos como mediadores da paz entre irmãos na fé e nos demais relacionamentos próximos de nós. agradecemos as bênçãos e a proteção que o poder do nome de Jesus pode nos dar. Em nome dele oramos em fé, amém.
Pr Jason