Meditação do dia: 15/11/2021
“O qual disse: Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? Pensas matar-me, como mataste o egípcio? Então temeu Moisés, e disse: Certamente este negócio foi descoberto.” (Êx 2.14)
Respondendo Com Pergunta – Responder a um questionamento com outras perguntas pode ser um método bem eficiente de proporcionar uma experiencia de ensino e aprendizagem. Perguntas bem formuladas, no momento exato, podem ser altamente produtivas. Elas também podem ser um elemento surpresa para a parte inquiridora. É provável que ela esteja pronta para fazer perguntas e ouvir respostas, mas não esteja pronta para ouvir perguntas e nesse caso, o fator surpresa pode ser benéfico para o inquirido. O Senhor Jesus utilizou este artifício legitimamente em sua didática não só pra ensinar e gravar verdades, como para evitar intromissão indevida no seu campo de atuação. Um desses exemplos: “E lhe disseram: Com que autoridade fazes tu estas coisas? ou quem te deu tal autoridade para fazer estas coisas? Mas Jesus, respondendo, disse-lhes: Também eu vos perguntarei uma coisa, e respondei-me; e então vos direi com que autoridade faço estas coisas: O batismo de João era do céu ou dos homens? respondei-me” (Mc 11.28-30). Aqueles estavam cheios de orgulho e arrogância, se passando por autoridade com direito de interpelação se viram inertes diante de uma verdade que confrontava suas vidas medíocres e hipócritas. Ficaram divididos entre uma confissão piedosa falsa ou a manutenção do status e boa moral aos olhos dos homens. Espiritualmente eles não estavam prontas para conviver com a verdade. Moisés foi surpreendido pela pergunta ousada e abusada do hebreu que agia de forma injusta e que feria o seu próximo. Ele até poderia saber que legitimamente o príncipe teria direitos e autoridades sobre eles e poderia reivindicar isso em seu favor; mas ele estava consciente de que Moisés havia cometido um delito e aquele ato ilegal, era suficiente para minar a sua autoridade moral, assim ele poderia naquele momento tirar vantagem do sentimento de desmoralização que Moisés sentiria ao ser confrontado e sem poder contradizer, teria que ceder. Estamos aqui diante de uma lição preciosa na experiencia cristã. Alguém chamado, vocacionado, com autoridade e conhecimento, pode jogar tudo pelos ares e ter que abrir mão ao perder a sua autoridade. Uma única brecha na armadura, um vacilo é suficiente para dar legalidade ao pecado e ao adversário de nossas almas. O pecado pode ter aparência frágil, inocente e sem poder de fazer um grande estrago; mas creia-me, ele é devastador. Sem poder utilizar a autoridade espiritual, o cristão é inoperante e o seu testemunho fica comprometido. Não se esconde atrás de uma suposta invisibilidade – ninguém viu o que fiz, ou ouviu o que falei ou qualquer outro argumento. O pecado fere, faz refém e utiliza como escudo qualquer um que lhe permita.
Senhor, obrigado pelo dia de hoje e pelos desafios que temos que enfrentar e resistir. Somos gratos pelas oportunidades de prevalecermos na batalha contra o mal e nessa guerra não podemos fazer concessões e permitir alguma vantagem ao adversário. Pedimos sabedoria e discernimento espiritual, para ficarmos firmes contra as astutas ciladas do mal e confiarmos que o Senhor nosso Deus, nos dará a vitória. Oramos em nome de Jesus, amém.
Pr Jason