Meditação do dia: 15/12/2021
“E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe.” (Êx 3.1)
O Monte de Deus – Meu amigo e colega de ministério, pastor Zezinho (José Rego do Nascimento Jr), diz que os cristãos estão constantemente no monte: Monte de problemas, Monte de lutas, Monte de comida, Monte de cobertor e alguns no Monte de oração mesmo. Ele não deixa de ter razão, mas de alguma forma a expressão ir ou subir ao monte, ganhou conotação de espiritualidade e em alguns casos até uma áurea mística, como se orar no monte produzisse melhores resultados do que em outros locais. Seguindo o raciocínio de quem responde as orações, que é Deus, isso não faz muita diferença não: “Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.21,24). A questão não é ONDE mas COMO se adora a Deus que verdadeiramente importa. Seguindo nossa meditação nas experiências de Moisés, o seu trabalho com as ovelhas, levando-as ao deserto, também o levou ao monte de Deus, à Horebe. Isso é muito significativo, pois os caminhos de seu labor diário, feito com carinho e responsabilidade, cuidado bem daquilo que estava sob seus cuidados, o levou ao Monte de Deus, ou seja, um lugar onde Deus havia determinado um encontro particular para os dois. Deus está em todo lugar, em qualquer tempo e poderia ter falado com Moisés em qualquer outro local, pois em muitos momentos do seu dia a dia como pastor na solidão do deserto, à sós com os rebanhos, haveria boas possibilidades de comunhão com Deus. Mas foi Deus quem escolheu onde e como ter essa entrevista com ele. A minha pergunta, para mim mesmo e para todos nós, é onde os nossos caminhos estão nos levando? Para o monte de Deus ou para longe da comunhão e intimidade com o Pai. Precisamos nos lembrar que muitos dos nossos trabalhos e ocupações foram portas que Deus nos abriu e através delas tem provido nossas necessidades e abençoado nossas famílias e nos permitido prosperar e nos estabelecer; sendo assim, isso não pode se tornar um instrumento de nos afastar da comunhão com a igreja, com Deus e mesmo com as atividades de servir com os dons e talentos que nos foram dados. Um trabalho que faz mal à sua fé, à sua intimidade com Deus e o afasta daquilo que é primordial na sua vida, deve ser evitado, substituído ou até abandonado. Nosso trabalho também é culto ao nosso Deus e por mais importante que ele seja, não pode concorrer e nem se interpor; pode se tornar um princípio de idolatria. Sem contar que todas as pessoas chamadas por Deus para realizar uma missão no seu reino, estavam trabalhando e são sempre pessoas ocupadas. Pense nisso!
Obrigado Senhor, pelo nosso trabalho e pela oportunidade que ele nos dá de conhecer melhor as nossas potencialidades e assim servir com qualidade e excelência. Consagramos a ti todas as nossas atividades, porque elas devem glorificar o teu santo nome e servir às pessoas e construir valores que transformam situações. Somos gratos por tudo e por cada oportunidade que temos, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason