Meditação do dia: 22/12/2021
“E vendo o Senhor que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés. Respondeu ele: Eis-me aqui.” (Êx 3.4)
Chamado e Resposta – Já conheço a história inteira de Moisés e o seu chamado para servir ao povo de Deus, libertando-os do cativeiro no Egito. Acredito que os três leitores mais assíduos dessas meditações também a conhecem bem. Mas ao vivo e à cores, naquele dia lá no deserto, ao ouvir aquela voz lhe chamando pelo nome, do meio de uma sarça em chamas, Moisés sabia que era Deus que o chamava e sabia que deveria responder, como de fato respondeu; Ele poderia ter uma certa noção sobre o tema da conversa – a libertação do seu povo, mas de forma alguma ele tinha alguma noção de como seria a missão e quanto tempo levaria para cumpri-la. Como eu não tive e não tinha quando entendi o chamado de Deus para servir no ministério cristão. Deus não nos dá a visão completa de uma única vez e isso é por necessidade de exercitar a fé e o relacionamento com Deus e com as pessoas. Existem muitas variáveis na execução de uma mesma vocação e a cada ministério há uma demanda diferente. Podemos pensar por exemplo, quando Deus chamou a Noé e o ordenou a construir a arca. Esse chamado foi bem específico e consequentemente tinha começo, meio e fim; Noé iria trabalhar etapas sequenciais até a conclusão e entregar a obra para que então o Senhor complementasse a ordem com a etapa de ocupa-la e navegar sobre as águas até findar essa nova etapa e recomeçarem a vida em terra firme. Moisés, mais à frente, recebe a missão de construir um tabernáculo ao Senhor e essa tarefa também tinha começo, meio e fim, quando estivesse montado e pronto para ser inaugurado, como de fato foi. O que quero dizer com essa reflexão, é que a nossa consagração ao chamado do Senhor, deve estar fundamentada em termos a certeza de estarmos na presença dele, daí respondermos: “Eis-me aqui!” O que virá em seguida, já é uma outra etapa do relacionamento e precisaremos receber as devidas instruções e assim começar a dar os passos necessários para obedecer a Deus e cumprir a sua vontade. Já houve um tempo e não tão distante, que a igreja como Corpo de Cristo, não tinha uma clareza maior sobre a aplicação das vocações ministeriais e de como aproveitar os potenciais dos dons, habilidades e capacidades dos seus membros e realizar melhor e com mais precisão a sua missão aqui na terra. Há períodos em que só os ministros, os clérigos tinham oportunidades e as responsabilidades, e isso hoje, entende-se que contraria os ensinos apostólicos bíblicos, onde todos os santos de Deus são chamados à participar da construção do Reino de Deus. Gosto muito de pensar na comparação paulina do corpo humano e seus muitos membros com o Corpo místico de Cristo na terra, que é a igreja e suas muitas possibilidades através de cada parte cumprir a sua função. “Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito” (1 Co 12.12,13). Você sabe para o que, Deus te chamou ou está chamando?
Senhor, eis-nos aqui, reconhecendo a tua santa presença, digna de toda a nossa adoração, louvor, honra e glória. Queremos manter a nossa consagração inicial e reiterar que desejamos te servir, onde, como e pelo tempo que lhe apraz estabelecer. Sabemos que a tua vontade é boa, agradável e perfeita e sempre será a melhor decisão, andar contigo e servir com amor e excelência, com a ajuda da graça e bondade do Senhor. Reconhecemos a importância a presença do Espírito Santo com sua sabedoria, poder e influencia para fazer do nosso serviço um verdadeiro culto de adoração ao Senhor nosso Deus. Oramos em fé, no nome poderoso de Jesus, amém.
Pr Jason