Meditação do dia: 25/07/2022
“Deixa-nos ir caminho de três dias ao deserto, para que sacrifiquemos ao Senhor nosso Deus, como ele nos disser.” (Ex 8.27)
Caminho de Três Dias – Sempre que penso em caminhar e fazer a ligação entre tempo e distancia, me volto para os tempos de seminário. Do Campus da Missão Betania até à cidade de Altónia eram 4.5 km de distancia. Quando não conseguíamos uma carona, então íamos a pé mesmo, ou voltávamos. Isso era uma caminhada de uma hora. A pista era asfaltada e ainda que o acostamento nem sempre existia, mas dava para caminhar em ritimo constante. Por isso, sempre faço as conexões para ter uma noção de que distancia seria as caminhadas descritas na bíblia. Andar três dias no deserto não é a mesma coisa que andar às margens de uma rodovia pavimentada, que dá para andar percorrer entre quarenta e cinquenta quilômetros em um dia. Lá no deserto, as condições eram outras, em muitos sentidos. Era para ser feito por homens, mulheres e crianças e levando animais para o sacrifício; dificilmente eles andariam mais que vinte quilômetros em um dia. Mas, aqui, o que nos interessa, não é a questão da distancia ou do tempo gasto na jornada, mas a jornada em si. Estamos falando de uma peregrinação com objetivos espirituais, onde a fé estaria sendo colocada à prova; a experiencia da pessoa seria testada e medida. Ela teria que dar explicações aos filhos e aos mais novos nunca haviam participado de algo assim, e não seria difícil encontrar alguém que entendesse, que isso poderia ser feito ali mesmo, assim que saíssem dos arredores da cidade; por que ir tão longe? Ou porque entrar deserto à dentro? Quanto mais se entra, maiores são os riscos de acidente, perigos de animais selvagens, salteadores, ou mesmo alguém se acidentar; e o risco de se perder? O calor escaldante de dia e o frio à noite? Precisa passar por tudo isso, para servir a Deus? Já compartilhei com vocês em outras meditações, aquele princípio espiritual que o rei Davi afirmou num momento de muita dificuldade. “Porém o rei disse a Araúna: Não, mas por preço justo to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada. Assim Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta siclos de prata. E edificou ali Davi ao Senhor um altar, e ofereceu holocaustos, e ofertas pacíficas. Assim o Senhor se aplacou para com a terra e cessou aquele castigo de sobre Israel” (2 Sm 24.24,25). Sacrifício, ou culto que não tem custo, também não tem valor! Pensemos bem sobre nossas experiencias de servir a Deus.
Pai, obrigado por demonstrar na prática, ao dar seu filho único para ser sacrificado em meu lugar e o quanto isso lhe custou. Agradeço ao Senhor Jesus, por dar a sua vida por mim e reconheço o preço que pagaste por minha vida; ao Espírito Santo, agradeço por vir morar em mim e me guiar à verdade de Deus, do quanto ele me amou e abriu mão, para me ter em sua companhia e comunhão. Nada que eu possa fazer, será grande, muito ou suficiente; só pela fé para agradar ao Senhor. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason