Sete Dias Sem Fermento

Meditação do dia: 28/11/2022

“Sete dias comerás pães ázimos, e ao sétimo dia haverá festa ao Senhor.
Sete dias se comerá pães ázimos, e o levedado não se verá contigo, nem ainda fermento será visto em todos os teus termos.”
(Ex 13.6,7)

Sete Dias Sem Fermento – Todas as pessoas de todas as famílias, sem exceção alguma, comeriam durante uma semana, sem qualquer presença de fermento em suas comidas ou mesmo em suas casas. Foi uma ordenação divina para os israelitas através de Moisés e Arão, precedendo a realização da festa da páscoa e consequentemente à saída deles das terras do Egito e mais do que isso, do cativeiro que lhes amargava a vida. A refeição tomaria uma simplicidade reverente, porque além de alimentação, também se tornara uma prescrição de fé e a prática deveria ser seguida na íntegra e como culto a Deus. Isso com certeza mudaria a sensação de estar participando de um regime extremo de alimentos, bem na época que seria um tempo de celebração e alegria. Posso me identificar com a atitude de humildade daqueles adoradores, que em gratidão e reconhecimento dos grandes feitos de Deus por eles, poupando-lhes a vida dos filhos primogênitos e tirando de sobre eles o jugo opressor de Faraó, agora, poderiam servir a Deus em todo tempo e em todo lugar. A cada vez que se aproximavam da mesa de refeição, tudo que ali estava disponível, lhes falava ao coração através da textura dos pães sem fermento. Compreender o significado de tudo aquilo, poderia levar mais tempo do que as próprias refeições, mas a idéia era produzir reflexão sistemática, todos os dias em mais de uma ocasião, e ao final dos sete dias, celebrariam uma festa ao Senhor. Gosto da idéia de que os cultos e as celebrações a Deus sempre terminem numa festa; pois a alegria do coração agradecido pode perceber a mão poderosa do Senhor agindo em nosso favor em todo tempo. Outra lição preciosa para mim, ao meditar nesses temas, é que por razões mais profundas que o mero intelecto humano, Deus escolhe elementos muito simples, fáceis de preparo e aquisição, que toda e qualquer família tem em casa, para simbolizar as mais profundas verdades espirituais, como a comunhão (na ceia do Senhor) com pão e vinho; tão comum na mesa e dieta dos orientais, quanto arroz e feijão na mesa do brasileiro. Aqui, na celebração da festa dos pães ázimos, simbolizando a transparência, pureza e sinceridade, na verdade uma vida autêntica diante de Deus, mas praticada no viver diário, tal qual tomar café da manhã, almoçar, jantar e tomar lanches em família. Ao fazer isso por sete dias consecutivos, todos os anos na mesma data, não tem como uma pessoa não refletir sobre o que Deus está querendo dizer, pedir e significar com isso. Os caminhos de Deus são sempre perfeitos, mas são simples e acessíveis a todos, pois ele conhece a nossa estrutura e sabe perfeitamente da nossa condição. Deus nos amou de tal maneira, que facilitou a compreensão desse amor, ao enviar seu filho, que viveu entre nós, de maneira simples e clara, pura e verdadeira, uma pessoa humana com identidade e essência humana, capaz de entender e substituir qualquer um e todo aquele que nele crer. Isso me levar a tentar encaixar aqui a expressão de Paulo à Timóteo, sobre amor e coração nas relações com Deus e com o próximo: “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida” (1 Tm 1.5).

Senhor, obrigado pela simplicidade do teu Evangelho. Obrigado pelo amor disponível e acessível a cada um de todos nós na pessoa de Jesus Cristo, o teu amado filho. Reconhecemos quem somos, a nossa condição e ao mesmo tempo, podemos perceber a tua intenção de nos amar e nos comprar de volta para uma vida de amizade, comunhão, adoração e serviço, que reflita a tua graça e a tua bondade. Oramos em fé e com muita gratidão, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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