Meditação do dia: 30/11/2022
“E te será por sinal sobre tua mão e por lembrança entre teus olhos, para que a lei do Senhor esteja em tua boca; porquanto com mão forte o Senhor te tirou do Egito.” (Ex 13.9)
Mãos, Olhos e Boca – Parece que é estranho, falar de coisas espirituais associados aos membros do corpo. Mas como temos aprendido, nada nas Bíblia é dito de uma vez e nem uma vez por todas. Tudo que Deus fez e criou é perfeito, tem sentido e está inserido num contexto que é útil para muitas atividades e finalidades. A experiencia humana com coisas que precisam ser perpetuadas exigem uma certa consistência que transcenda a falibilidade da pessoa, já que fisicamente a sua existência é limitada e assim ela tem a tendência de limitar os horizontes de tudo que lhe diz respeito. Só mesmo as pessoas mais amadurecidas conseguem perceber que seus descendentes são na verdade a sua própria continuação; existimos através de nossos filhos e filhos de nossos filhos e assim podemos passar legados que sejam muito duráveis a eles. É uma grande irresponsabilidade a pessoa pensar, agir e cuidar apenas daquilo que cabe dentro de sua existência física. Em muitas das manifestações reveladas nas Escrituras, Deus faz com que as pessoas assimilassem um conceito ou verdade que deveriam cultivar para sempre, geração após geração, cuidando em ensinar o valor e o sentido daquilo; uma das formas era através de rituais festivos, onde todos os sentidos seriam aguçados. Preparar os alimentos, comer e compartilhar em família, remete aquilo que hoje chamamos de memória afetiva; aquelas lembranças gostosas que moldaram nosso paladar, nosso olfato, até mesmo nossa audição e tato, sem falar que sempre que vemos algo parecido, somos arrastados para os velhos e bons tempos, quando parece que tudo aquilo iniciou-se para nós. com essas experiencias sensoriais, afetivas e festivas, seria bem mais fácil e agradável guardar aquelas observações que na verdade eram espirituais e de grande profundidade. Quando os pais tinham prazer em partilhar todas as etapas dos rituais com os filhos, certamente eles estavam transmitindo a vontade de Deus com potencial de perpetuação. Olhemos o que o salmista escreveu: “Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do Senhor, assim como a sua força e as maravilhas que fez. Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, a qual deu aos nossos pais para que a fizessem conhecer a seus filhos; Para que a geração vindoura a soubesse, os filhos que nascessem, os quais se levantassem e a contassem a seus filhos; Para que pusessem em Deus a sua esperança, e se não esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos” (Sl 78.4-7). Na Nova Aliança, isso chegou muito cedo, com a celebração da própria Nova Aliança, naquela noite lá no cenáculo, quando o Senhor Jesus celebrou a primeira Ceia com a sua nova equipe, ao tomar o pão e o vinho e dar graças ao Pai e ordenar que todos tomassem parte, em memória dele e o fizessem até que ele volte. Particularmente, para mim, a Ceia do Senhor é uma grande festa da minha fé. A celebro com muita alegria todos os meses, por tudo que ela significa para minha experiencia e pela bondosa graça de Cristo revelado a nós. aquele pedacinho de pão e aquele pouquinho de suco de uva, em memória do Senhor, me eleva, me edifica e a cada celebração eu sei que estou mais perto daquela grande e próxima, que será celebrada pelo próprio Senhor Jesus, na companhia de todos e tantos milhares de salvos pela obra completa que ele fez na cruz. Cheiro e gosto de coisas muito boas!!!
Senhor, muito obrigado por ter morrido na cruz no meu lugar. Reconheço o seu amor e o seu sacrifício que me permite hoje ser chamado de filho de Deus, herdeiro juntamente contigo. Obrigado pela celebração da Ceia do Senhor, que ficou como um memorial para todos nós. Te louvamos e agradecemos, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason