Meditação do dia: 17/01/2023
“O Senhor é homem de guerra; o Senhor é o seu nome.” (Ex 15.3)
O Senhor é Homem de Guerra – Essa foi uma forma poética, figurada e que ilustrava perfeitamente o entendimento daquele povo, naquele contexto de luta pela sobrevivência. Eles sabiam pela observação e quem sabe, até por experiencias, que através das guerras os reis e povos faziam conquistas de novos territórios, conseguiam despojos e suprimentos necessários; também se defendiam de ataques e ações beligerantes de outros povos que por índole, entravam em guerra, simplesmente pelo prazer de brigar. Eles, estavam batalhando pela sobrevivência como povo e tentando conquistar o direito de saírem da condição de escravidão, para irem ao encontro das promessas que receberam pela fé. Faraó lutava por manter sua condição de soberano, senhor dos escravos e opressor, para nada e ninguém saísse de seus domínios sem a sua permissão, e essa nunca era concedida. A condição dos israelitas, do ponto de vista humano, era insustentável, mas também impossível de ser alterada. A idéia de serem livres e saírem do Egito, era considerada uma utopia, um sonho ou devaneio mental, como se fosse uma miragem. Faraó e os egípcios viam dessa forma; alguns israelitas também já tinham perdido a esperança e a fé, tanto em Deus como nas promessas. São os momentos da vida onde não se divisa qualquer perspectiva animadora; onde as portas se fecham, as luzes se apagam e as possibilidades desaparecem. O profeta Isaías fala de um remanescente que prevalece como aconteceu aqui no êxodo. “E haverá caminho plano para o remanescente do seu povo, que for deixado da Assíria, como sucedeu a Israel no dia em que subiu da terra do Egito” (Is 11.16). Um remanescente é um grupo pequeno que resta de toda a massa, que ainda acredita, ainda luta, espera e serve de catalisador para reascender a chama da esperança. Ali no antigo Egito, esses fiéis acreditaram que através de Moisés e Arão, Deus cumpriria suas promessas feitas aos antepassados e que eles sustentaram durantes esses longos anos de sofrimento, acreditando que de uma forma ou de outra, a liberdade aconteceria, pois estava contida na promessa. Lutar militarmente ou de qualquer outra forma contra o Egito e suas forças, era algo impraticável e ambos os lados sabiam disso. Na prática, Deus assumiu o comando de Israel e lutou com seu exército de anjos e com seu poder abateu todas as forças inimigas. Os israelitas então, conheceram a Deus como um “homem de guerra.” Você eu, nossas igrejas e o povo de Deus de forma geral no dia de hoje temos demandas que já sabemos serem humanamente impossíveis de serem realizadas, mas também sabemos que o Deus a quem servimos luta por nós e opera poderosamente, com mão forte em favor daqueles que nele esperam. Vivemos dias de muita racionalidade e muitas decisões feitas à base de emoções que são muito voláteis, mas a fé permanece firme e fundamentada no espírito e não na mente ou emoções. Tudo nos diz que não é assim, não dá para fazer desse jeito, os tempos são outros… mas quando voltamos para a Palavra de Deus, o que encontramos é muito firme, forte e permanente: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13.8). Deus ainda luta as nossas guerras!!
Pai, agradecemos as vitórias que temos conseguido, mas também pelas batalhas que travamos a cada dia. Reconhecemos a tua mão poderosa agindo por nós e lutando pela nossa causa. Nos consagramos a ti e à tua vontade para lutarmos pela justiça e a verdade, com as armas da justiça e contarmos com a tua presença poderosa conosco. Oramos em nome de Jesus, amém.
Pr Jason