Meditação do dia: 12/10/2019
“Por isso os filhos de Israel não comem o nervo encolhido, que está sobre a juntura da coxa, até o dia de hoje; porquanto tocara a juntura da coxa de Jacó no nervo encolhido.” (Gn 32.32)
O Nervo Encolhido – O resultado da luta de Jacó com aquele anjo, valeu-lhe o nome de Israel e a bênção que ele desejava, mas também uma marca na coxa para o resto de sua vida e seus filhos resolveram prolongar essa lembrança para todas as gerações, não comendo esse músculo similar ao da coxa do patriarca. É um memorial. Certamente alguém de vez em quando pergunta porque não se pode comer esse pedaço aqui? Então, senta que lá vem história! De geração em geração, a saga do pai da nação é recontada nos mínimos detalhes e quem sabe, teatralizada, dramatizada para que as crianças aprendam, memorizem e respeitem a história reverenciando o sofrimento e assim homenageando-o com a devida compreensão. Mesmo hoje, milhares de anos depois, e até com a secularização no judaísmo, ainda existem os ortodoxos e ultraortodoxos, que são muito conservadores e zelosos das tradições da fé, resistindo ao tempo e aos avanços dos secularistas e dos que não se apegam à religião e levam tudo na base do literal ou figurado e de um modo ou outro não estão comprometidos. Para nós, que não somos descendentes biológicos dos hebreus, mas herdeiros da fé bíblica e das promessas das alianças, aprendemos com as lições e com a verdade inigualável da Palavra de Deus, como fonte de inspiração e motivo de fortalecimento da nossa fé em Deus, o Criador, o mesmo Altíssimo, Possuidor dos Céus e da terra, adorado por Abraão, Isaque e Jacó, de onde veio o Messias e os propósitos eternos, que vão muito além da salvação da alma. A história de uma pessoa é muito importante para a sua linhagem e também para as demais que foram beneficiarias dos seus esforços e conquistas; sendo assim, quando mais conhecemos daquela pessoa e da sua história, mais a apreciamos e respeitamos a sua memória e fazemos questão de conservar viva a parte que é significativa. Entre Jacó é Jesus há uma distancia enorme de anos e de gerações, mas a uma ligação direta, não apenas biologicamente, mas as bases da fé e posterior ensinos do Evangelho, estavam sendo postas muitos antes de Jacó ou Abraão, ou mesmo Noé. A obra da redenção iniciou-se na eternidade, com Deus, ao idealizar todas as coisas que conhecemos hoje, houve a participação de cada pessoa e cada geração levantada para cumprir um papel e uma função para que no devido tempo tudo estivesse pronto, como diz o apóstolo Paulo aos Gálatas: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4.4,5). Hoje, é o nosso tempo, essa é a nossa vez, a nossa hora de construir a etapa que se nos é proposta. Não para vivermos no passado, nem no futuro em como as coisas serão, mas vivermos o agora, fazer o que está diante de nós, essa é a nossa responsabilidade e o legado que recebemos e passaremos adiante.
Senhor, obrigado pelas memórias que ficaram registradas sobre os feitos dos nossos antepassados; mas igualmente obrigado pela assistência que temos de ti e do Espírito Santo para fazermos a tua obra hoje, e edificarmos com fundamentos bons e permanentes, para que as próximas gerações faça a parte deles quanto chegar a hora deles. Em nome de Jesus, agrademos pela oportunidade de servir e participar, no reino eterno. Amém.
Pr Jason