Meditação do dia: 19/04/2020
“E estes são os nomes dos filhos de Levi, segundo as suas gerações: Gérson, Coate e Merari; e os anos da vida de Levi foram cento e trinta e sete anos.” (Ex 6.16)
Os Anos da Vida de Levi – Ao meditar sobre a vida dos filhos de Jacó, inicialmente parece que estamos lidando com filhos de alguém importante, e de fato é; mas eles vão ganhando seus próprios espaços, de forma que acontece uma transição e eles chegam aos status de patriarcas também. Citei em mais de uma vez, que Deus tomou um homem (Abraão) e fez dele uma família (Jacó) e dele fez uma nação (Israel). Israel, a nação é composta por uma unidade federativa de doze tribos, cada um dos dez filhos (exceto José e Levi) e com o adendo de Manassés e Efraim, para que José recebesse o direito de porção dobrada no lugar da primogenitura que fora tirada de Ruben. Estávamos meditando sobre Simeão, depois de passarmos por Ruben, e agora será a vez de pensarmos e aprender com Levi; que teve parte de sua história anexada a Simeão, desde que eles se mancomunaram para vingar a irmã, Diná. Mas há elementos para extrairmos aprendizados que nos edifique e abençoe nossas vidas. Escolhi começar por esse texto, porque de alguma forma ela trás uma peculiaridade, que faz jus a destaque, pois é citado aqui, além de sua descendência, também registra seus anos de vida: Cento e trinta e sete anos. Apenas José e Levi entre os filhos de Jacó tem esse registro. Mas o meu foco não será isso, mas a sua pessoa e aquilo que não está escrito, que teremos que ler nas entrelinhas. Me refiro, ao começo atrapalhado da vida, com violência e vingança e depois desaparece citações dele ou de suas ações entre os filhos de Jacó. Sabemos que ele estava com os irmãos quando venderam José; também sabemos que ele estava presente nas duas caravanas que desceram ao Egito para comprar comida; ele estava presente quando Simeão foi detido e ficou até a volta deles com Benjamim; também sabemos que ele estava no momento em que José se deu a conhecer a eles. É fato que ele voltou para Canaã e retornou com o pai e os irmãos e familiares para o Egito, mas não se faz descrição alguma dele. Minha idéia é que ele assumia um papel mais contido e sem iniciativas entre eles. Provavelmente aquela experiência de genocídio, quem sabe, até influenciado por Simeão, que era mais ativo, e depois repreendido pelo pai, ele tenha assumido seu erro e vivido em função de não se envolver mais em coisas reprováveis; embora no meio da turma, concordando ou não vendeu José e guardou o segredo entre eles acordado. Até na hora da bênção aos filhos, que o pai deu a cada um, ele ainda foi vinculado a Simeão e citados juntos: “Maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura; eu os dividirei em Jacó, e os espalharei em Israel” (Gn 49.7). Ambos, Simeão e Levi foram divididos e espalhados pelo pai na futura nação. É claro que eles não sabiam na época como isso aconteceria, mas veio a acontecer de fato. Levi se tornou a tribo sacerdotal e sem herança territorial e Simeão ficou no quinhão de Judá. Olha o peço de uma ação intempestiva, imatura, mas que afeta a vida todo da pessoa e de sua posteridade. Com nossa cabeça ocidental, fomos treinados para ler a Bíblia e pensar em ser salvo e ir para o céu onde só tem outros crentes da nossa mesma denominação; não fomos treinados a pensar nas Escrituras como Escrituras eternas, de um Deus eterno e com propósitos eternos para todos os povos e de todos os tempos. Para muitos de nós, tudo o que sabemos é tudo o que existe; aquilo que não sabemos, simplesmente não existe e não tem razão de ser. Mas a redenção vai muito além da nossa vaidade pessoal limitada. Essas verdades dentro da aliança entre Deus e seu povo, são pilares e fundamentos eternos. Mesmo no Velho Testamento, se manifesta a graça, a misericórdia, o perdão, a restauração de Deus para todos; A expiação pela fé representada em rituais e cerimonias apontavam para o Cristo que estava no futuro, à frente deles no tempo linear – para nós não é mais figurativo, porque se cumpriu em Cristo, sacerdote e vítima lá na cruz do Calvário, que está no nosso passado linear,
Cristo já veio. Eles olhavam para frente, nós olhamos para trás, mas o objeto a ser visto é o mesmo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Podemos compreender, por agora na Nova Aliança, nós temos a mente de Cristo. “Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (1 Co 2.16).
Senhor Deus e Pai, apresentamos a nossa gratidão, honra e louvor ao Senhor, que em amor e graça nos alcançou com uma tão grande salvação. A iniciativa sempre foi do Senhor; nós respondemos ao teu apelo de amor e agora somos filhos e herdeiros juntamente com Cristo, pela graça através da fé, sem nenhum merecimento nosso. A Ti seja a adoração verdadeira, de corações e lábios transformados, perdoados, aceitos e acolhidos na tua família, pelo teu próprio poder. Agradecemos, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason