Meditação do dia: 21/04/2020
“Vinde e vendamo-lo a estes ismaelitas, e não seja nossa mão sobre ele; porque ele é nosso irmão, nossa carne. E seus irmãos obedeceram.” (Gn 37.27)
A Argumentação de Judá – Estamos estudando e meditando sobre a vida de uma pessoa que veio a ser um grande líder e que fez a diferença. O que temos de diferente aqui no início de sua caminhada, é que ele estava fazendo uso de suas habilidades para convencer as pessoas ao seu redor para serem parceiras em fazer o mal. Judá nem teve que se esforçar para conseguir a atenção e a participação deles. A equipe já tinha sua própria motivação, cada um a seu modo e do seu ponto de vista, juntos e misturados, todos eles queriam se ver livre do problema comum – José! Desde aqui, e quem sabe até antes disso, os homens procuram planos, planos melhores, argumentações melhores que convença os demais de que o caminho é por aqui. Bem antes desse tempo, Deus já procurava por homens melhores, homens cujos corações fossem quebrantados, focados em servir e abençoar. O mundo quer métodos melhores, maquinarias melhores, projetos melhores, sistemas melhores – Deus procura homens, pessoas melhores! Judá com sua inteligência aguçada, visão de águia que capta de longe, mostra para os outros garotos, a oportunidade que se lhes deparava; iremos matar dois coelhos com uma só cajadada: nos livraremos do Sonhador e não cometeremos um crime de sangue. Como efeito colateral, ganharemos umas moedas. A idéia de Judá apresentada aqui é um princípio, uma forma de fazer o mal e a responsabilidade ir para outra pessoa que não perceberá isso e o fará sem perceber. Vender José como escravo não seria difícil, pela prática daquela época; como escravo ele poderia ficar a serviço do comprador inicial ou ser passado adiante por melhor valor ou numa troca vantajosa; se tentasse escapar ou fazer alguma idiotice poderia ser morto ou inutilizado. Mas isso não era mais responsabilidade dos irmãos dele, porque o entregaram salvo e salvo, sem nenhum arranhão. Agora eu sei que a proteção de José não estava nas mãos dos mercadores Ismaelitas, mas de Deus, que estava transferindo José de Canaã para o Egito, de uma forma que o protegia do poderio de Jacó para evitar isso. Posso pensar no mover dos cuidados de Deus, a seu tempo e a seu modo para produzir disciplina nos pais e nos filhos, para preparar para algo melhor e maior. Sou pai e sei que estamos sempre prontos a nos esforçar para aliviar para nossos filhos, e assim pelo zelo sem entendimento, podemos atrapalhar ou retardar o andamento das coisas. Vimos Abraão entregando seu filho a Deus, abrindo mão completamente, crendo em esperança que o Senhor Altíssimo era poderoso para o ressuscitar e dar continuidade às promessas e na Aliança feita entre eles. Depois nós vimos Isaque, tendo dois filhos, ver se ausentar da linhagem da fé e ser ver obrigado a exilar Jacó, para que ele pudesse crescer e vir a cumprir os termos da promessa de Deus. Isaque ficou seu o filho, por um longo tempo. Agora estamos vendo Jacó, passando pelo mesmo vale, ainda que em cada caso mudam-se o método, mas a idéia é a mesma. Dar um para salvar todos os demais. Abraão semeou Isaque, que semeou Jacó, que semeou José. Tudo isso para nascer a nação de Israel. Quando olho ou ouço a proposta de Judá: “Vinde, vamos fazer assim e assim…” dentro do meu coração e vejo ou escuto Deus fazendo uma argumentação contrária a essa: “Vinde então, e argüi-me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã” (Is 1.18). No Novo
Testamento, Jesus apareceu numa praia do Mar da Galileia, e fez uma convocação: “E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens” (Mc .17). Quando Deus chama, ou reúne pessoas é para trabalhar em suas vidas, perdoar os pecados e promover cura e restauração além das possibilidades delas. Depois ele se apresenta como tendo um plano, um projeto maravilhoso a ser executado e que ele mesmo se encarrega do treinamento e do aperfeiçoamento para tal serviço. Primeiro Deus trabalha em nós, para então trabalhar através de nós. A completa obra de Deus na vida cristã tem três etapas: A primeira é a obra que ele faz por nós, chamamos de Salvação. A segunda é a obra que ele faz em nós, que chamamos de Santificação. A terceira é a obra que ele faz através de nós, que chamamos de Serviço. A ordem é sempre essa!
Senhor, obrigado por ter planos melhores que os nossos e propósitos muito mais elevados e por tua sabedoria e recursos, nenhum deles será frustrado. Graças te redemos, por frustrar planos maus e torna-los úteis e transformadores, como fizeste com os planos de Judá e dos irmãos dele em relação à José. Consagramos ao Senhor os nossos corações e nossas mentes, para que possam produzir frutos como resultado da obra santificadora que operaste em nós, por Jesus Cristo, nosso Senhor, amém.
Pr Jason