Meditação do dia: 10/05/2020
“E tirando-a fora, ela mandou dizer a seu sogro: Do homem de quem são estas coisas eu concebi. E ela disse mais: Conhece, peço-te, de quem é este selo, e este cordão, e este cajado.” (Gn 38.24)
Quem é o Pai do Bebê? – O padre estava insatisfeito e decepcionado com a comodismo e inercia de sua paróquia. Ela não reagia a nada e não se comprometia com as questões necessárias. Ele então resolver dar um choque nos fiéis (nos infiéis também), convocou para uma missa de corpo presente, o funeral da igreja e fazia questão que todos viessem prestar a última homenagem antes do sepultamento. Deu certo, o templo ficou lotado e as pessoas podiam passar em fila, ao lado do caixão exposto e ver pela última vez a igreja morta. A curiosidade arrastou a todos, pois quem seria o morto? Pelo espanto e cara de pavor que fazia cada um passava, era alguém de fato importante e isso aumentava ainda mais a expectativa dos fiéis. Quando chega a vez, ao olhar dentro do caixão, cada um se deparava com a sua imagem no espelho colocado no fundo da urna. Essa é a cara da igreja morta a ser sepultada. Poderia ser uma história de um pastor evangélico, pois também temos nossas cotas de pesos mortos. Chegou a hora de passar a história à limpo! É hora da verdade ser revelada. Judá quer ver seus direitos prevalecendo, porque afinal, ele é um homem de Deus e preza pelos bons costumes e não vai permitir que uma pessoa desqualifique sua família. Pelo menos era assim que ele demonstrava acreditar. Acusar a nora de adultério era fácil, pois as evidencias eram claras: ela era viúvo e comprometida em casamento com o filho dele; agora ela aparece grávida, então alguém fez coisa errada! Outro lado da história estava sendo montado gradativamente, e só aguardando o exato momento de fazer a revelação que desmontaria uma grande farsa. Não é de se menosprezar a possibilidade da informação da gravidez de Tamar ter sido vazada de propósito para chegar em Judá. Assim como ela havia previsto e antecipado os movimentos dele para pegá-lo, agora ela o fazia para desferir o golpe final; deixa-lo nocauteado. Pela prática dos tribunais, o crime dela era adultério e esse é um crime, uma prática que não se comete sozinho, existe um cúmplice, um parceiro na jogada. Por ele ter incorrido em tal prática, seria também julgado e condenado juntamente com ela; assim ela teria que apresentar ao tribunal a pessoa envolvida. No devido momento ela, expôs os penhores, não negando o adultério, a gravidez e nem justificando ou recorrendo das acusações e sentença. Tamar estava muito convicta do que estava fazendo e da força dos seus argumentos. Os objetos expostos para serem examinados e reconhecidos perante a corte, era uma questão de segundos, para Judá ter a grande e terrível experiencia de confrontar a si mesmo: “Quem é a pessoa que se envolveu e violou a santidade da minha família?” As provas diziam e apontavam para o dono do selo, do cordão e do cajado. Era ele mesmo! Judá endurecido pelos seus caminhos fora da vontade de Deus, seguindo o padrão dos povos que Deus advertira para não copiar, queria transferir as responsabilidades para outros. Culpar e condenar os outros pelo próprio fracasso. Esconder-se atrás do bom nome que tinha, que seu pai e seu avô tiveram, valer de ser alguém trabalhador, empreendedor e responsável. Essa prática não é nova, não é coisa da modernidade, nem resultado da liberação feminina ou do liberalismo dos dias em que se vive. Todos nós vemos e testemunhamos a destruição de famílias cujas pessoas são maravilhosas, trabalhadoras (até demais), de boas origens, bem sucedidas nas carreiras e com recursos abundantes; mas as relações se desgastaram, ausência, distancia, omissão e exposição do cônjuge aos riscos da solidão, insegurança, carência e no final da linha a infidelidade, (física, emocional e por fim sexual). Então a pessoa se levanta justificando, ser gente boa, sempre trabalhando, nunca fui infiel e nunca e nunca e sempre e sempre; mas a outra pessoa…. a família começa com duas pessoas diante do altar de Deus, empenhando a sua palavra e honra, cercado de sorrisos e testemunhas bem vestidas. Mais do que diante do sacerdote, a aliança celebrada diante de Deus é responsabilidade das duas pessoas faze-la valer. Se é “minha” família, então a responsabilidade também é “minha!” Jesus falou sobre o valente que guarda sua casa contra a invasão externa: “Ninguém pode roubar os bens do valente, entrando-lhe em sua casa, se primeiro não maniatar o valente; e então roubará a sua casa” (Mc 3.27). Entre as muitas aplicações dessa verdade, está o fato de que o bem de maior valor do universo todo são as pessoas criadas por Deus; elas vivem em sociedade organizadas em famílias; todos vem de uma família e o mal quer destruir e saquear o que há de valor. Para saquear a casa, ele tem que derrotar o valente da família e da casa e só então saqueia os bens. Quantas casas saqueadas, vilas inteiras, cidades e a pilhagem continua. Alguém tem que resistir e dizer: Aqui não! Sou o valente da minha casa, da minha família, dos meus filhos!
Pai santo, o mundo quer nos fazer acreditar que errado é que está certo! Nada faz mal e se existe “amor” então tá valendo! Em nome de Jesus, nos levantamos para sermos sal e luz num mundo confuso e perdido em suas próprias trevas; para nós, teus filhos andar na luz é a melhor salvaguarda contra o mal e o pecado. Abraçar a verdade eterna da tua Palavra e os ensinos que dão vida, podem nos conduzir às veredas antigas, onde há paz no coração. Rejeitamos as ofertas de prazer temporário em detrimento da perdição eterna. Clamamos a Espírito Santo para nos instigar ao arrependimento e a convicção de responsabilidade em Deus para restauração dos nossos caminhos diante de ti. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason