Meditação do dia: 17/05/2020
“Eu serei fiador por ele, da minha mão o requererás; se eu não o trouxer, e não o puser perante a tua face, serei réu de crime para contigo para sempre.” (Gn 43.9)
Fiador do Irmão – Liderança tem à ver com pessoas, nas duas pontas: quem assume o comando e vai à frente e os que seguem e são liderados. Atualmente, a administração se volta para líderes com capacidade de relacionamentos construtivos e que consigam extrair o melhor das equipes, conciliando pessoas e processos. Os processos são importantes, mas são as pessoas que fazem que eles aconteçam. Momentos críticos exigem líderes com capacidade de assumir a direção, se preciso for, tirar do piloto automático e comandar as ações até as turbulências passarem, ou passarmos por elas. O povo da promessa estava em meio a uma turbulência que ameaçava arruinar e destruir tudo ao redor. As circunstancias externas, se juntavam aos dilemas interiores daquela família, que agora era um clã, com muitas pessoas, propriedades e a natureza não estava facilitando para lidarem com suas fontes de suprimentos, pois a escassez de chuvas, produzia fome em todas as direções. A vida de Israel já fora mais simples e mais fácil de lidar. Os meninos não eram mais meninos e a família não se resumia apenas um velho pai e seus garotos. Abraão, lidava com propriedades e uma esposa e um filho; Isaque, tinha as propriedades que herdara e uma esposa e os dois filhos, até que Jacó foi morar em Harã com o tio e agora, ele volta, mas era maior que todos os antepassados juntos. Além dos doze filhos, duas esposas e uma riqueza que construíra, igual ou maior que as posses que o pai Isaque deixaria para os dois filhos. As questões íntimas é que realmente tinha peso; perdera um dos filhos e recentemente um outro ficou detido no Egito e só seria liberado com a presença do mais novo. Há aqui, a lição da transição entre as duas gerações, pois o patriarca já era idoso e precisava passar o comando para os filhos, mas qual deles? Judá havia saído de casa e tentado a carreira solo entre os cananeus e estava de volta, viúvo, com três filhos, um rapaz e dois bebês gêmeos. Jacó nascera gêmeo com Esaú e os dois eram completamente diferentes, um era peludo, e o outro liso e figuradamente, as características físicas lembrariam suas atitudes na vida. Esaú continuou peludo, briguento, amargurado, vingativo, insolente e descuidado com a vida espiritual. Jacó foi liso a vida quase todo, escorregadio, cheio das trapaças e usurpador, capaz de se disfarçar para conseguir o que queria. Agora aparece Judá com filhos gêmeos e foi descrito que no nascimento um tomou a iniciativa de nascer, mas se recolheu e o outro nasceu primeiro: “E sucedeu que, dando ela à luz, que um pôs fora a mão, e a parteira tomou-a, e atou em sua mão um fio encarnado, dizendo: Este saiu primeiro. Mas aconteceu que, tornando ele a recolher a sua mão, eis que saiu o seu irmão, e ela disse: Como tu tens rompido, sobre ti é a rotura. E chamaram-lhe Perez. E depois saiu o seu irmão, em cuja mão estava o fio encarnado; e chamaram-lhe Zerá” (Gn 38.28-30). Esse Judá, restaurado e se reafirmando no propósito com a vontade de Deus, se apresenta junto ao seu pai e diante de seus irmãos, colocando -se como fiador por seu irmão mais novo. Ele mostrou atitude de fé, coragem, empenhando sua palavra sob pena de juízo. Podemos acreditar que tal qual Ruben, que tentara convencer o pai a liberar Benjamim, numa tentativa de lidar com seu passado, aqui também Judá, sabendo que fora dele a iniciativa de sumir com José, agora poderia lidar com seus dilemas se responsabilizando pelo outro filho de Raquel. Ele não podia mudar o passado, podia agir como irmão responsável e cuidadoso, o que não fora com José. Queridos, não temos como modificar os nossos erros do passado; mas podemos mudar nossas atitudes em relação ao nosso passado. Aprender a lidar com os conflitos e marcas que ficaram faz parte do processo de crescimento e maturidade. Nosso passado, é de onde viemos, é o que fomos e fizemos – não se anula. O perdão e a graça de Deus removem a culpa e a condenação, mas é preciso levantar a cabeça e agir como quem aprendeu a lição. Não se permitir ser arrastado para o lamaçal das emoções de culpa, condenação e acusações falsas na mente. Aja com base na redenção que há em Cristo. Mas levante-se e assuma as novas responsabilidades e oportunidades. “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão” (Gl 5.1).
Obrigado Senhor, por liberar perdão e graça para nossas vidas. Reconhecemos o peso das nossas decisões e ações erradas do passado, mas nos apropriamos da redenção que há pela fé em Cristo. Aceitamos a nova vida em Cristo e cura e restauração da vida emocional, espiritual e a sanidade da nossa mente em processo de renovação com a ajuda do Espírito Santo. Peço que ajudes as pessoas que precisam liberar perdão para elas mesmas, para que se vejam livres e acolhidas em ti. No teu sacrifício há provisão suficiente para todos nós e todos os nossos pecados. Oramos em fé, no nome de Jesus, amém.
Pr Jason