Tu Disseste, Nós Dissemos

Meditação do dia: 24/05/2020

 “Então tu disseste a teus servos: Trazei-mo a mim, e porei os meus olhos sobre ele.
E nós dissemos a meu senhor: Aquele moço não poderá deixar a seu pai; se deixar a seu pai, este morrerá. Então tu disseste a teus servos: Se vosso irmão mais novo não descer convosco, nunca mais vereis a minha face.”
 (Gn 44.21-23)

Tu Disseste, Nós Dissemos – Há pessoas que possuem uma capacidade de argumentação muito grande, capaz de reverterem situações difíceis só na lábia, no poder da fala. Isso bem utilizado se torna uma arte e algumas pessoas proporciona muito prazer em ouvi-los. Esse mesmo talento pode ser utilizado para o mal, ou o pecado e assim é profundamente lesivo para que lhe der atenção. Algumas crianças na fase de crescimento se tornam contestadoras e ficam muito boas em argumentarem especialmente contra ordens ou situações que devem ser suas responsabilidades; para evitar, elas argumentam veementemente e pode até se tornar “bate-boca,” e se não forem bem orientadas e disciplinadas, isso poderá se tornar um traço negativo na sua vida de adulto e nas relações sociais e familiares. Nos tempos bíblicos antigos, os ensinamentos e as verdades eram perpetuadas em sua maioria pela tradição oral, ou seja, as histórias e ensinamentos eram contados e repetidos até que os novos aprendessem e contassem fielmente a mesma coisa, passando assim para frente; isso produzia uma boa utilização da memória e da capacidade de contar e relatar fatos. Um mal dos nossos dias, porque desde que surgiu a calculadora portátil, ninguém mais sabe tabuada de memória; depois dos aparelhos de projeção de textos e imagens, não memorizamos mais os cânticos e textos bíblicos; desde o advento da internet, não se precisa mais saber nada de memória, é só consultar o doutor Google e tá na mão!!!! Você já percebeu o quanto os personagens bíblicos contavam e repetiam as história s e argumentos de suas experiencias espirituais? Como era o sistema cultural usual entre as pessoas, foi também o sistema que Deus fez uso para que sua Palavra e seus ensinamentos fossem transmitidos. Gosto de encontrar essas preciosidades e ver quão efetivos eram. Um dos meus preferidos é uma fala de Deus à respeito de Abraão: Porque eu o tenho conhecido, e sei que ele há de ordenar a seus filhos e à sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agir com justiça e juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado (Gn 18.19). Abraão irá ordenar bem a seus filhos, sua casa depois dele, para guardarem o caminho do Senhor, agir com justiça e juízo! No ritual da páscoa e outras festas, isso também é reafirmado: Portanto guardai isto por estatuto para vós, e para vossos filhos para sempre. E acontecerá que, quando entrardes na terra que o Senhor vos dará, como tem dito, guardareis este culto. E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este? Então direis: Este é o sacrifício da páscoa ao Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas (Êx 12.24-27). Eles nem tinham saído ainda do Egito e Deus já falava de quando eles estivessem na Terra Prometida e os filhos lhes perguntassem sobre esse ritual que faziam anualmente. Aqui, no texto da nossa meditação, vemos Judá repetindo e repetindo os diálogos que já tiveram e ainda que pareça repetitivos, era assim que se desenvolviam as argumentações. Diante do Governador que lhe concedeu uma audiência, Judá pediu permissão para apresentar sua argumentação final. Ele apresentou que tudo poderia ter sido mais simples e sem complicações, pois eles vieram para adquirir suprimentos e o governador os interpelou, sobre quem eram e exigiu atestado de idoneidade para comprovar que não eram espiões e sim homens de bem e que o pai estava em Canaã com o irmão mais novo, sendo um dos doze já era morto. Veja que eles tentavam levar a vida suprimindo a pessoa de José. Judá lhe afirma, que foram e voltaram e trouxeram o irmão mais novo, sem o qual o pai não suportaria o sofrimento, caso algo ruim lhe acontecesse. Judá subiu o tom, o senhor mesmo disse que sem o garoto não nos receberia e nem veríamos mais a sua face. Nós dissemos, o senhor disse, no dissemos novamente… José sabia de tudo aquilo e não estava preocupado com retórica, lógica e poder argumentativo, ele procurava atitude interior de mudança de vida de seus irmãos e ver alguém disposto a se responsabilizar por seus atos. O que José fez com seus irmãos, Deus faz conosco, para levar-nos a assumir posições e demonstrar vida transformadas, serviços com excelência e rendição autentica diante de seus pés.

Senhor, obrigado pelo argumento do Calvário, onde sem palavras, o Senhor ensinou o que é o amor e como se resgata algo precioso. Mais do que palavras, a obra inteira da redenção é um agir contínuo e bem planejado para alcançar cada um dos milhares de pecadores. Obrigado, porque entre esses tantos, estou eu! Graças, por tão grande salvação. Oramos e louvamos com gratidão em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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