Meditação do dia: 05/06/2020
“Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele lavará a sua roupa no vinho, e a sua capa em sangue de uvas.” (Gn 49.11)
Os Sinais Que Acompanham a Prosperidade – “Venha a nós o vosso reino!” Essa parte da oração todos sabem e todos querem e querem muito; mas “seja feita a vossa vontade!” Isso não! Pula essa parte! É como se todos quisessem participar do banquete dominical, mas ninguém tá nada a fim de encarar o avental do serviço semanal. A maturidade cristã expressa nas Escrituras afetam todos os aspectos da vida do cristão e a razão do relacionamento com Deus deixa de ser o famoso “troca-troca,” alguma fidelidade em troca de muita bênção. Os valores na vida adulta se tornam de diferentes de quando éramos crianças, adolescentes, jovens e em determinadas etapas muitos ainda são “adultecentes,” uma mistura de adulto com adolescente; uma combinação não muito produtiva. Abraão é o modelo de fé, de onde partimos na jornada da vida com Deus. Ele e Deus começaram um relacionamento baseado na confiança da parte de Abrão e soberania da parte de Deus. Houve uma promessa e ela foi acolhida, abraçada e experimentada sem ganancia, sem desespero e sem correrias; Abraão não ficou correndo atrás de bênçãos, ele as tinha dentro de si, no coração. Estando a bênção dentro da pessoa, no coração e na fé, quanto mais ela corre atrás e se mata para pegar e segurar, é bem provável que ela distancia-se cada vez mais daquilo que estava perto. É como uma criança que sai da segurança do jardim e se perde na mata correndo atrás de uma borboleta colorida. Ela perde completamente a noção e pode ser perder e se entreter com outras belezas e atratividades que nem percebe que já está em perigo. Olha a conversa de Deus com o patriarca: “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. Assim partiu Abrão como o Senhor lhe tinha dito” (Gn 12.1-4). Muitos, para dizer todos os aspectos contidos nessa promessa, não aconteceria ali, nem no próximo ano e quase a totalidade, só no longo prazo, acima de vinte e cinco anos; a parte boa das bênçãos não aconteceria nos seus dias terrenos e outra boa parte só com quase quinhentos anos e o ápice da coisa, lá pela casa dos dois mil anos e ainda tem coisa para se cumprir. Você e eu, temos fibra para esperar, lutar e vivenciar coisas assim? Por outro lado, alguém pode dizer: mas Deus também não contou para ele que ia demorar. Verdade! Mas isso muda alguma coisa? Mudou para Abraão e os demais patriarcas e o povo escolhido? Se você tem tanta pressa para colher – então plante alface! Com trinta a quarenta dias já estará colhendo; mas também com cinquenta ou sessenta dias, não haverá mais nada. Tem mais; de posse de todo esse arsenal de bênçãos, veja o que ele encontrou QUANDO CHEGOU na terra que Deus lhe mostrou: “E havia fome naquela terra; e desceu Abrão ao Egito, para peregrinar ali, porquanto a fome era grande na terra” (Gn 12.10). Que tipo de promessa, de bênção que essa? Gente boa do meu Brasil Varonil, e alguns leitores internacionais que me acompanham de terras longínquas; não sou nem um pouco adepto da “Teologia da Prosperidade” (na verdade nem sei se isso existe), mas admito que sou totalmente averso à “Teologia da Miséria,” (se é que isso também existe, mas acho que criação herética jasoniana). Acredito em verdades bíblicas, Palavras de Deus, ditas e experimentadas no contexto certo, com a exegese e hermenêutica certa. Para os adeptos dos termos difíceis (que não é a minha praia), é ortodoxia e ortopraxia, isto é, crença correta e prática correta. O que estou dizendo e querendo dizer é que a graça e a bondade de Deus não é desculpa e nem muleta para a pessoa folgar e querem que tudo caia do céu no seu colo, sem esforço, sem trabalho, sem diligencia, sem boa administração e boa mordomia. Vale a máxima do pessoa das academias de ginástica e regimes alimentares: “Sem dor e sofrimentos, não existe ganhos!” Se tem uma coisa entre tantas outras que Deus detesta é preguiça, indolência e inércia. Ficar de boca aberta, de mãos estendidas com o pires ou chapéu na mão é atitude de medicante, pedinte de esmolas, não de filhos de Deus, herdeiros de promessas, gente sábia e poderosa em Deus e testemunhas da graça e generosidade do Pai Celestial. Vencedores não seguem e sofrem com a história, eles faz acontecer! Ele muda o curso das coisas, ainda que seja um pouquinho de cada vez. Vejamos os elementos que continha na promessa da bênção de Judá: Primeiro, Amarrar o seu jumentinho à vide – Ele teria que ter um jumentinho, teria que ter uma corda ou laço; teria o trabalho de fazer isso e teria que ter uma videira para tal. Segundo, além do jumentinho, ele teria também que ter mãe dele (do jumento) e uma vinha com cepas (mudas, plantas excelentes que produziriam com qualidade fora do comum. Isso dá muito trabalho, exige especialização e muita dedicação. Terceiro, Lavar roupa seja onde for e em que produto for também é trabalho, exige cuidado e quem não é do ramo, estraga tudo, para produzir tanta uva e tanto vinho para esbaldar, haja operosidade e se não for diligente, perde toda a colheita e fica no prejuízo. Quarto lugar, a capa aqui significa revestimento, proteção, autoridade, status de nobreza, associando à alegria proporcionada pelo vinho ou domínio e poder do Espírito Santo na Nova Aliança. NADA disso, sem trabalho, dedicação e empenho. Benção que não custa nada, também não vale nada! “Porém o rei disse a Araúna: Não, mas por preço justo to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada” (2 Sm 24.24).
Obrigado, Pai amado, por nos dar o que mais valioso, precioso e exclusivo tinhas no céu e na eternidade contigo. Pelo alto preço do investimento, o sacrifício de Jesus é tão preciso e transformou nossas vidas em preciosidades inestimáveis, sem preço, só resgatáveis pela vida de teu filho Jesus. O Senhor trabalhou e trabalha desde a eternidade e Jesus também, para nos dar tudo de qualidade, valor e durabilidade eterna. Queremos aprender contigo e seguir as tuas pisadas e os modelos de investimento que tens feito. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason