Meditação do dia: 07/08/2020
“E deixou tudo o que tinha na mão de José, de maneira que nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia. E José era formoso de porte, e de semblante.” (Gn 39.6)
Por Falar em Aparências – Afinal, aparência importa ou não importa? Um amigo dos velhos tempos de juventude e um grande parceiros nos trabalhos da igreja, as vezes era bastante radical nas suas asseverações em respostas aquelas posições já prontas, pasteurizadas, claro sempre em tom divertido. Quando lhe diziam: “O que vem de baixo não me atinge!” Ele então dizia: “Então fique em pé em cima de um formigueiro!” Quando citava a Bíblia para se justificar: “O que entra pela boca não faz mal e sim o que sai dela!” Ele já estava com a língua afiada: “Então beba chumbo derretido!” Estamos meditando na Palavra de Deus com propósitos devocionais; para nos alimentarmos de uma porção diária e saborosa com aplicação prática e ordinária, levando uma constância regular e assim vamos acrescendo uma dose de fortalecimento em nossa caminhada com Deus e sua Palavra. O sabor da vida está nos detalhes, nas pequenas coisas, na simplicidade e no trivial do dia a dia. Os grandes acontecimentos e as revelações tremendas são exceções e mais esporádicas. Ontem, hoje por exemplo estamos tendo o deleite de discorrer sobre assuntos leves da vida, como beleza física, boa aparência e um semblante alegre e cativante, na carona da vida dura e cheia de responsabilidades e sofrimentos de José. Te pergunto: No encontro do seu dia a dia, com o médico, atendente da loja, o frentista no posto, a secretária no consultório ou escritório, ao te receber, você prefere que seja com um sorriso alegre, bem humorado e acolhedor, ou prefere alguém sisudo, cara feia de poucos amigos, embora não te maltrate mas também não é nada convidativo? Acho que escolhemos a mesma coisa! Quando o homem de Deus, Samuel, foi procurar e ungir o segundo rei de Israel, veja a descrição do candidato: “Então mandou chamá-lo e fê-lo entrar (e era ruivo e formoso de semblante e de boa presença); e disse o Senhor: Levanta-te, e unge-o, porque é este mesmo” (1 Sm 16.12). O garoto era bonitinho de semblante, aquela carinha amável e sua presença era agradável, convidativa. Era bom estar perto dele, a companhia dele era prazerosa, o legítimo boa praça. (Mas não confunda isso com apatia, insegurança ou falta de iniciativa, qualquer dúvida, pergunte para Golias e os filisteus). Provérbios afirma que o coração alegre aformoseia o rosto (Pv 15.13). Isso é bem significativo, porque não se trata de risadas, ou alegrias “da boca para fora;” mas de um estado de espírito interior de satisfação, verdadeiramente íntima na pessoa. Já Pv 15.15 diz: “Todos os dias do oprimido são maus, mas o coração alegre é um banquete contínuo.” Uma antítese de todos os dias de festa com todos os maus, para quem é oprimido. Então podemos fazer uma conclusão, ainda que parcial, sobre José; ele não era nem um pouco oprimido, deprimido e nem recalado e sofredor. As aparências condenáveis na Bíblia, se trata de condições de comportamento, quando a pessoa valoriza o exterior como sendo o que importa, e para isso, até dissimula, finge, engana e disfarça, “vendendo gato por lebre.” Aparecia boa, feliz, é reflexo da vida interior e dos bons valores da fé e da vida prática. Neemias, como copeiro do rei, foi surpreendido por este ao notar sua tristeza de coração, o que era proibido no serviço pessoal ao rei. “Sucedeu, pois, no mês de Nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes, que estava posto vinho diante dele, e eu peguei o vinho e o dei ao rei; porém eu nunca estivera triste diante dele. E o rei me disse: Por que está triste o teu rosto, pois não estás doente? Não é isto senão tristeza de coração; então temi sobremaneira” (Ne 2.1,2). Uma das minha favoritas é a descrição da experiencia de Jesus desejando comer figos e viu uma figueira e se dirigiu até ela, digamos, já salivando!!!! “E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos” (Mc 11.13). Só aparências não vale. Que contraste com aquela árvore do Salmo 1.3 “Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.” Isso aqui valida a vida e a experiencia de José, minha, sua e de todos os filhos e servos de Deus.
Obrigado Senhor, pela bênção de pertencer a Ti e estar ao teu serviço, ainda que destaca, ou deslocado momentaneamente na função que ocupamos hoje. Somos gratos porque é a ti a quem servimos e para quem de fato importa como vivemos e como nos comportamos. Queremos que o nosso semblante reflita a alegria do nosso interior, que é guardado e protegido por ti. As circunstancias exteriores e do modelo de vida e serviço não são os fatores determinantes do nosso humor e muito menos da nossa alegria. Sempre nos achegamos a ti, no nosso íntimo e na nossa fé, a tua face é sempre meiga e acolhedora, com um aspecto receptivo e encorajador, até mesmo quando erramos. Obrigado pelo perdão e apoio diário para vencermos um dia de cada vez. Em nome de Jesus, oramos agradecidos. Amém.
Pr Jason