Longos Dois Anos

Meditação do dia: 23/09/2020

O Copeiro-mor, porém, não se lembrou de José, antes se esqueceu dele. E aconteceu que, ao fim de dois anos inteiros, Faraó sonhou, e eis que estava em pé junto ao rio.(Gn 40.23;41.1)

Longos dois Anos – Quando crianças ficávamos com o dilema criado pelas declarações dos pais e pessoas adultas; em algumas circunstancias éramos grandes e fortes e em outras eram pequenos e ou algo era muito grande ou pesado para a gente pegar. Quando temos os nossos filhos, agimos de igual modo – ao sabor do interesse é ou não é grande e forte. Assim também é lidar com o tempo; quando é muito ou pouco tempo? Vamos colocar as duas pessoas interessadas, frente a frente com o mesmo espaço de tempo: Para o copeiro-mor, dois anos na corte, servindo ao Faraó e curtindo a promoção e as regalias de um oficial de confiança, dois anos passam muito rapidamente, nem se percebe. Para José, la na masmorra, preso e esperando que o seu pedido de ajuda fosse levado ao conhecimento do Faraó e ele pudesse ter uma audiência justa; dois anos é muito tempo. Viver dois anos no palácio, servindo e se servindo de comidas finas, festas e eventos é uma beleza. Sobreviver por dois anos numa prisão do antigo Egito, à espera de um milagre, para um escravo estrangeiro, dois anos deve parecer uma eternidade. Não estamos vivendo nada parecido com a situação de José, mas estamos à exatos seis meses de isolamento social devido à pandemia do Corona vírus aqui no Brasil. Quais são os relatos de extremos que vocês tem visto e ouvido nos seus círculos de convivência? Há pessoas que entraram em pânico; há pessoas que se reinventaram; há pessoas e instituições que estão tirando proveito e colhendo muitos bons resultados devido ao isolamento social. Como costumo dizer: “O mesmo sol que amolece a cera, endurece o barro.” O sofrimento e as privações produzidas pelas condições inéditas desses dias também proporcionaram oportunidades de crescimento e desenvolvimento de novas relações sociais e novas maneiras de interação entre as pessoas. Tudo o que sabíamos, não é tudo que existia e tudo que sabemos hoje, certamente não abrange tudo; estamos num tempo muito dinâmico e que exige adaptação rápida e respostas criativas. Na minha experiencia pessoal, como pastor de uma igreja local, numa cidade pequena do interior, tivemos que nos reinventar e adaptar ao uso de novas tecnologias e tornar a comunicação mais eficiente. Intensificamos os movimentos de oração e intercessão para respondermos às demandas dos novos tempos. Percebo que as pessoas que investiram mais tempo e qualidade em louvor e adoração e seus momentos devocionais ganharam consistência e perseverança, tais pessoas cresceram e estamos mais fortes e resilientes que antes. Igrejas também! Estamos experimentando operações dos dons espirituais em maior profundidade e assim nos fortalecendo e nos adequando para fazer a diferença. Um confissão íntima: Estou mais interessado em COMO vou sair desse período, do que propriamente QUANDO! Olhando a profecia de Joel, para um tempo difícil também, ele conclama pelos fortes, que eles apareçam quando se fizer necessário. Proclamai isto entre os gentios; preparai a guerra, suscitai os fortes; cheguem-se, subam todos os homens de guerra. Forjai espadas das vossas enxadas, e lanças das vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte. Ajuntai-vos, e vinde, todos os gentios em redor, e congregai-vos. Ó Senhor, faze descer ali os teus fortes (Jl 3.9-11). Os fortes, valentes, os destemidos e os que fazem a diferença, aparecem somente em tempos difíceis e em meio ao caos. Nos bons tempos eles normalmente não tem muitas chances. Há uma verdade já incorporada na história de que “tempos difíceis produzem homens fortes, que produzem tempos prósperos, que produzem homens fracos, que produzem tempos difíceis.” É assim que o mundo gira! Quais são as suas percepções para esses tempos e oportunidades ao seu redor? Você está vivendo os dois anos do palácio ou da prisão? O copeiro deve ter vivido todos os seus dias até o fim de sua vida como copeiro, o normal, que para ele era muito bom. Como foi com José, após sair da prisão? Como foi até chegar aos cento e dez anos quando morreu? Foi para isso que ele estava sendo preparado. Seremos copeiro ou José, após esse tempo?

Senhor, obrigado por estar trabalhando em nossas vidas para um tempo que está à nossa frente, e ainda não sabemos todas as possibilidades, mas sabemos que fomos chamados para a grandeza e alta produtividade; para isso nos deste o teu Espírito Santo e nos colocaste onde estamos, para um propósito todo especial. Pedimos sabedoria e discernimento para aprendermos tudo o que nos for possível para sermos eficientes e abençoadores nos próximos estágios de nossa vida e ministério. Oramos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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