Meditação do dia: 11/10/2020
“E Faraó disse a José: Eu tive um sonho, e ninguém há que o interprete; mas de ti ouvi dizer que quando ouves um sonho o interpretas.” (Gn 41.15)
Ninguém Que Interprete – Há um conjunto de palavras e expressões em português que considero muito fortes nos seus sentidos; para mim elas são muito radicais; e não podem ser utilizadas por qualquer pessoa e abusivamente. Fazem parte dessa coleção jasoniana também: “Nada, Nunca, Sempre, Ninguém, Todos, Tudo, Todo mundo…Etc” Ninguém, é muito pouca gente! Todo mundo é muita gente; Nunca e Sempre é muito tempo. Aqui aparece Faraó depois de uma noite de sono e uma madrugada atribulada por dois sonhos consecutivos, intercalados por uma cochilada. Ele entendeu a urgência e a importância dos fatos, mas nem com toda a sua sabedoria e preparo, ele não conseguiu sair do lugar na tentativa de interpretar ou entender o significado daqueles sonhos. Seu real desjejum (para não dizer café da manhã), não fora como nos outros dias; ele estava inquieto, abalado e já havia acionado a assessoria para assuntos aleatórios e mesmo com os prestigiados sábios, magos, astrólogos e personas influentes, as coisas não melhoravam. O copeiro lhe fez uma sugestão, baseado numa experiencia própria, da qual o monarca tinha conhecimento e participação e isso o levou a requisitar os serviços de José. Ele foi direto ao assunto com José: “Tive um sonho e ninguém é capaz de interpretar para mim.” Quando ouvimos uma declaração como essa em nossos dias, podemos vislumbrar as muitas possibilidades, que os diversos tipos de caráter de pessoas estariam assumindo, diante de tão grande oportunidade. Os interesseiros, oportunistas, teriam uma ótima oportunidade de bajulação e tentar agradar para não perder pontos com um figurão como o Faraó. Os ressentidos e amargurados, ficariam na defensiva, imaginando que “nunca somos solicitados,” e agora que é uma “bucha” eles se aproximam, como se tivéssemos ministério “Doril” que é lembrado quando vem a dor de cabeça. Mas graças a Deus que ali estava José, que representa muito bem o povo de Deus, com motivação de “Reino” e não espera nada a não ser “servir.” Ver que onde estamos é onde Deus espera que sejamos eficientes, abençoadores e disponíveis. Vejo, com muita clareza, na vida de José o senso de mordomia muito presente. Ele tinha muita consciência sobre quem era o seu Senhor, quem supria suas necessidades e como Deus faria essas coisas, era algo que não lhe preocupava. Pessoalmente, ele tinha suas demandas pessoas, de receber justiça, de poder voltar para sua terra e a casa de seu pai, mas essas coisas não ocupavam um lugar que tirava sua capacidade de discernir e ouvir a voz de Deus. Seu coração nunca estava longe demais e nem a sua cabeça ocupada com fugas e utopias. Onde Faraó dizia que não havia “Ninguém,” José estava disponível para ouvir e ser a voz de Deus para dar uma resposta de paz. O que ninguém pode fazer, sabemos que Deus pode! José também sabia! Jesus sabia e ensinou que Deus não tem problemas com essas palavras radicais e cheias de abrangência. Ele é Deus. “E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível” (Mt 19.26). No exercício da fé, então, não nos limitemos e nem a Deus, pois ele está conosco, contigo e comigo. Ninguém, é muito pouca gente! Talvez só você e Deus!
Pai amado, graças te rendemos por ser quem és e fazeres o que fazes! Para nós sempre o Senhor será suficiente; mais do que suficiente, o El Shaddai! Louvamos o teu poderoso nome, por se revelar e ajudar os teus servos em momentos muito difíceis e onde aparentemente não há soluções. Podemos ser a solução e a resposta de paz que tens para dar aqueles que confiam em ti. Agradecemos a sua ajuda e a sua bênção, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason