José Aos Trinta Anos

Meditação do dia: 24/11/2020

E José era da idade de trinta anos quando se apresentou a Faraó, rei do Egito. E saiu José da presença de Faraó e passou por toda a terra do Egito.(Gn 41.46)

José Aos Trinta Anos – Que saudade de quando eu tinha trinta anos, isso já foi à mais de trinta anos!!! Verdade seja dita, não sou saudosista e nem vivo de passado, pois quem vive de passado é museu. Tenho muitas boas lembranças daqueles tempos e das oportunidades que a vida e a graça de Deus me concederam. Já vivia fora da casa dos meus pais, já havia terminado o seminário, estava ordenado ao ministério pastoral, e ainda era solteiro. De lá para cá, muitas coisas aconteceram e sou muito grato por todas elas. No próximo ano, dois mil e vinte e um, será os meus trinta anos de paulista e no segundo semestre, trinta anos de pastorado na Monte das Oliveiras. José saiu de casa com dezessete anos para buscar notícias dos irmãos que pastoreavam os rebanhos da família e trazer notícias para Israel seu pai; ele acaba de completar trinta anos e ainda não voltou com as notícias, que há muito já não importavam mais. treze anos se passaram. O que aconteceu nesse intervalo? Para Israel, foram intermináveis e sofridos anos sem o filho e sem nenhuma informação sobre o que aconteceu. Tudo que lhe foi dado para saber eram os trapos rasgados da túnica colorida, que dera de presente ao garoto e que o distinguia de qualquer outra pessoa dentro daquele clã. Presumiu-se que fora despedaçado por uma fera no campo. (na verdade, foram dez feras). Para os irmãos de José, foram os mais apreensivos anos de suas vidas, vividos no fio da navalha do destino, porque à qualquer momento a verdade poderia aparecer e estragar tudo. Um vacilo numa conversa de deles ou até mesmo a possibilidade de falar dormindo e dizer o que não devia, poderia arruinar o irremediável. Particularmente, sempre que penso nisso, me destaca a pessoa de Ruben, que não concordara com nada do que foi feito e trabalhara para devolver o irmão ao pai são e salvo, mas fora traído pelos nove outros irmãos que o venderam para uma caravana de mercadores e agora Rubem era obrigado a participar da farsa e se eles fizeram aquilo com José, ele se via ameaçado e correr risco pessoal ou à um de seus filhos por chantagem, era dolorido, difícil, mas inevitável. Para Benjamim, que era bem pequeno deve ter sido difícil, sem explicação e não deve ter sido fácil ver a tristeza inconsolável do pai e a ausência do irmão que o protegia e o amava muito; eram grandes companheiros. Para quem estava sendo criado sem a mãe que falecera no seu nascimento, agora sem o irmão mais chegado e que lhe transmitiria as melhores recordações da mãe e o ajudaria na sua formação, era muita provação. E agora José? Se do lado de cá, na família era um enorme emaranhado de mentiras, enganos, acobertamentos e mistérios, de modo que ninguém sabia nada e se alguém sabia, ninguém sabia quem sabia ou se sabiam que alguém sabia. Eu não sei de mais nada também. Lá Egito, treze anos se passaram, uma vida estilo sanduiche – maus bocados recheados por maus momentos, com alguma suavidade em fatias bem fininhas de alívio na casa de Potifar e umas partes na prisão na casa do capitão da guarda, onde suas habilidades lhe deram o alívio de ser útil e assim ter ocupações e oportunidade de abençoar pessoas. Treze anos no paraíso é muito pouco tempo; numa vida confortável e com a presença da família e amigos e as tarefas do dia a dia, até que treze anos passam rápido. Agora treze anos de sofrimentos e humilhações, privações e sem identidade e respeito de parte alguma… são muito devagar. Mas eu também prefiro deixar a melancolia e a oportunidade de depressão fora do alcance das minhas imaginações. José cresceu como homem, como pessoa, com uma fé inabalável e desenvolveu habilidades espirituais e uma intimidade com Deus de uma forma tão maravilhosa e criativa, que mesmo nós, pastores do século XXI, com todos os nossos títulos e treinamentos teológicos e vivencia ministerial, ainda paramos, sentamos e escutamos José, como alguém que tem muito para ensinar. O tipo de sabedoria e de conhecimento que ele compartilha, não se encontra em manuais e nem em apostilas e muito menos em profundas teses e tratados. Quem passou pela Universidade do Deserto do Altíssimo, e foi graduado com louvor, à quem até o chefe de estado do mais importante império daquela época, se curvava e lhe honrava, como alguém que tinha o Espírito de Deus e sabedoria como nenhum outro… eu também me rendo! E como sou fã de bons administradores, na eternidade, ao chegar no céu, certamente irei agendar um encontro com José e a primeira pergunta não é minha, é do poeta: “E agora José?” O zezinho briguento e futriqueiro que foi mergulhado no submundo aos dezessete anos, emergiu aos trinta, Primeiro Ministro de Faraó. O Sonhador-Mor da família israelita, se levanta como “Zafenate-Paneia.” É linda a história e a experiencia de José, mas sabe de uma coisa, sabe o que isso significa? A história hoje que verdadeira importa e que faz sentido é a sua, a minha, essa que Deus está escrevendo, com altos e baixos e às vezes parece que só tem baixos; talvez nunca tenhamos fama e fortuna e nem salvemos um império e nem seremos celebridades, mas somos servos de Deus e o que importa e sermos e estarmos fiéis e firmes naquele que é nosso papel. Façamos o que precisamos fazer! Deus no comando e a Ele a glória e a honra para sempre, amém.

Obrigado, pai, porque aos trinta anos José iria começar a parte visível do seu ministério e de sua vida. Ele estava pronto na hora que era para estar e se fez útil e abençoador quando e onde lhe foi designado. Hoje é a minha vez, é a minha época e oportunidade e não irei falhar, com a graça do Senhor me valendo e me acompanhando. Obrigado pelos irmãos e companheiros de caminhada, que também estão no seu tempo e no seu espaço, na mesma missão na construção do teu reino. Senhor Jesus, nos consagramos a ti e ao teu serviço, seja feita a tua vontade em nossas vidas, hoje e eternamente, amém.

Pr Jason

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