Meditação do dia: 20/04/2021
“Se agora também tirardes a este da minha face, e lhe acontecer algum desastre, fareis descer as minhas cãs com aflição à sepultura.” (Gn 44.29)
O Fim Não Pode Ser Assim – Por natureza, ou instintivamente, as pessoas não gostam de falar de morte, muito menos lidar com ela; pensar na sua própria então, nem pensar! Eles batem na madeira três vezes e falam: “Isola!” Mas como fugir de algo tão certo, para todos? Segundo a turma entendida, na vida só duas coisas absolutamente certas: A morte e os impostos. Ninguém se livra mesmo, não é? Israel ou Jacó, o pai de José e de seus onze outros irmãos, que deram origem a nação com o mesmo nome, que foram os guardiães das grandes revelações de Deus à humanidade, iniciando com o patriarca Abraão, numa experiencia pessoal e posteriormente com a nação oriunda dele, através das Sagradas Escrituras, que hoje é a nossa Bíblia; posteriormente a Palavra se encarnou e habitou entre nós, isso é Jesus Cristo, o Messias prometido, o autor da nossa salvação. Ele, Jacó, estava num diálogo com os filhos, lidando com uma situação muito difícil e dolorosa para todos eles, mas especialmente para ele, porque havia perdido José, ainda adolescente e nunca mais o vira, e agora o governador do Egito exigia a presença do outro filho, o irmão mais novo de todos eles, a quem Jacó protegia como um seguro de vida, uma centelha de memórias de Raquel, sua amada esposa, e era o que ele considerava um alento para sobreviver até chegar seu dia de descansar com seus antepassados. Jacó não demonstrava medo ou pavor da morte, mas queria evitar que fosse em tristeza e solidão, por uma desventura nova de perder o outro filho. Se nós, contemplando um quadro maior da nossa realidade de existência e propósito, podemos entender, definir e aceitar com mais nobreza e resignação o modo como iremos passar dessa para a outra vida. Isso depende muito da fé de cada um – quando me refiro à FÉ DE CADA UM, não me refiro a conjunto de doutrina, credo, ensinamento ou filosofia em relação à morte. Prefiro pensar em experiencias pessoais e individuais de intimidade e comunhão com Deus, aqui, agora em vida e quando se pode tomar decisões, alterar o curso da vida e o itinerário final. Tudo que alguém precisava e precisa saber sobre o tempo e a eternidade, está revelado na Palavra de Deus e acessível a todos. Se a crê ou não é outra história! Se crê em parte ou no todo, se não crê em nada, ou rejeita a revelação cristã e adota outra base de fé; nada disso muda a verdade e o propósito de Deus. Se as pessoas acreditam ou não que haja céu e inferno, salvação e condenação, que tudo acaba aqui, ou tem coisa do outro lado – isso não altera o que será. O apóstolo Paulo, ao escrever para os cristãos de Roma, ele citou algo muito positivo: “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança” (Rm 15.4). Produzir esperança nas pessoas, é isso que as Escrituras Sagradas tem como propósito. Aplicando ainda a sabedoria paulina na vida prática, sobre decisões entre valores e crenças, ele afirma: “Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente” (Rm 14.5). Vejamos, ele diz para se respeitar o pensamento, a opinião e o direito individual, mas CADA UM deve estar inteiramente seguro em sua mente sobre suas decisões e responsabilidades. Quando Paulo aponta a liberdade de pensar e escolher, ele se refere a questões corriqueiras de gostos, preferencias, o que se considera ou não importante, sagrado ou digno de guarda ou abstenção. Não é sobre doutrinas fundamentais e básicas da fé, como salvação, expiação de pecados, eternidade, Deus, sua Palavra e suas justas reivindicações. Ninguém deve brincar com a eternidade de sua vida, deixando de decidir conscientemente e abraçar a fé legítima e deixando como está para ver como é que fica e depois quando eu morrer, se Deus achar que mereço…. Não brinque com isso. Assim como Jacó não queria morrer triste, por não ver a realidade do que Deus lhe havia prometido sobre sua família e seus filhos, assim, você não deve deixar de fazer o seu dever de casa em relação a seu destino eterno. Voce não pode terceirizar os cuidados de sua alma para uma instituição, igreja, pessoa, sacerdote ou não, ou simplesmente deixar acontecer. A vida é mais séria do isso, e a morte mais ainda. “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Co 5.10).
Oramos ao Senhor nosso Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, autor e consumador da nossa fé, o Sumo Sacerdote da nossa confissão. Cremos e confessamos que só há salvação em Jesus através do seu sacrifício na cruz. Acreditamos na graça salvadora que nos educa para a vida eterna; aceitamos e acolhemos que pela fé no nome de Jesus e pela graça de Deus encontramos o perdão dos pecados e filiação por adoção na família de Deus. Confessamos que os nossos pecados ofendem a santidade de Deus e nos afastam de sua vontade; mas também cremos que há provisão suficiente para redenção de todos os pecados que se arrependem e clamam por salvação e ajuda. Oramos em fé em nome de Jesus, amém.
Pr Jason