Meditação do dia: 12/07/2022
“Então disseram os magos a Faraó: Isto é o dedo de Deus. Porém o coração de Faraó se endureceu, e não os ouvia, como o Senhor tinha dito.” (Ex 8.19)
O Dedo de Deus – Antropomorfismo – já ouviu essa palavra? Ela faz parte do vocabulário de uma escola de filosofia e religião, que atribui a Deus e ou seres espirituais os mesmos atributos que tem os humanos; pode ser pensamentos ou até mesmo características físicas. A literatura cristã e a própria Bíblia utiliza muito essa forma de expressão, que facilita o entendimento de uma ação ou intervenção divina. Aqui, os magos disseram a Faraó que aquilo que foi feito por Moisés e Arão, não era mágica e nem truque que seres humanos podem realizar; a conclusão deles então foi que aquilo era uma ação de Deus manifestando o seu poder – simplificando: “tinha o dedo de Deus” naquilo. Encontramos e utilizamos em nossa vida de devocional e nas orações muitas expressões que aludem a isso. É muito comum falarmos sobre os olhos do Senhor estarem atentos aos seus filhos – falamos sobre a mão poderosa de Deus – contemplar a face de Deus – o braço do Senhor – os pés do Senhor – os ouvidos do Senhor… Isaías num mesmo texto citou dois termos desses: “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir” (Is 59.1). percebemos que ainda bem cedo, os magos que auxiliavam o rei do Egito, para desacreditarem a Moisés e Arão, perceberam que eles não estavam agindo por conta própria, blefando ou usando de artifícios ocultos para enganar o Faraó. Eles falavam em nome de um Deus que o rei não reconhecia e nem reverenciava, mas essa entidade estava agindo em favor do povo hebreu. Um aspecto no qual desejo canalizar a nossa atenção hoje é sobre a importância da credibilidade dos servos de Deus quando estão agindo em nome dele, como seus agentes. Eles se apresentaram a Faraó dizendo que o Deus dos hebreus havia lhes aparecido e ordenado que falassem ao rei que libertassem os israelitas para que o servissem no deserto. Moisés e Arão não se apresentaram em nome deles mesmos, como líderes do povo querendo liberdade; eles o fizeram em nome de Deus. Essa autoridade delegada, não foi reconhecida pelo rei que se colocou contra e disposto a desmascarar os dois, provando que eles não tinham suporte algum sobrenatural, de Deus algum e ainda que tivessem, ele e os seus deuses suplantariam qualquer ação dessa divindade. Na cabeça de Faraó, um deus de escravos não poderia ser tão grande coisa assim. Era só desmascarar seus representantes e tudo voltaria ao normal. Veja a importância do testemunho da nossa fé e a obediência que devemos ao que nos é revelado pelo Senhor. Já vimos gente se passando por mensageiros de Deus sem terem sido de fato enviados por Ele. “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas, que entre vós profetizam; fazem-vos desvanecer; falam da visão do seu coração, não da boca do Senhor. Porque, quem esteve no conselho do Senhor, e viu, e ouviu a sua palavra? Quem esteve atento à sua palavra, e ouviu? Não mandei esses profetas, contudo eles foram correndo; não lhes falei, contudo eles profetizaram. Mas, se estivessem estado no meu conselho, então teriam feito o meu povo ouvir as minhas palavras, e o teriam feito voltar do seu mau caminho, e da maldade das suas ações” (Jr 23.16,18,21,22). É nossa responsabilidade sermos autênticos e fiéis, ao receber, interpretar e entregar a mensagem de Deus. Podemos ser sinceros, mas estarmos errados – Deus não, jamais ele erra ou deixa de honrar a SUA PALAVRA!
Senhor, somos teus filhos e teus servos, agradecemos o privilégio de sermos participantes da tua grande obra de abençoar todas as famílias e todas as nações da terra, através do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Reconhecemos a importância da nossa fidelidade e responsabilidade ao falar em teu nome, chamando as pessoas a se reconciliarem contigo e viverem em tua presença. Todo grande privilégio vem acompanhado de grandes responsabilidades. Buscamos graça e sabedoria para agirmos em fé, no poder e na autoridade que concedes aos teus filhos. Oramos em nome de Jesus, amém.
Pr Jason