Meditação do dia: 10/05/2023
“E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez;” (Ex 18.21)
Homens Tementes a Deus – Estamos meditando na Palavra de Deus, vendo como Deus proveu liderança para uma nação, que ainda estava se formando. Entre as muitas responsabilidades de Moisés, estava de lidar com as questões administrativas e criar uma estrutura de governo para ser implementada, porque assim que eles adentrassem na Terra Prometida, eles se espalhariam por todo o território, de cidade em cidade, vilas e aldeias, campos e fazendas; então necessitariam de alguma estrutura que mantivesse a unidade e a administração, caso contrário, seriam presa fácil para os moradores cananeus que já estavam agrupados e tinham seus governos estabelecidos. Alguns daqueles povos, tinham reis e outros eram federados. Os Filisteus, ocupavam um vasto território e tinham uma estrutura de governo de reis, em cinco principais cidades e recorriam a essa estrutura para atingirem finalidades que lhes interessavam. “E, vendo aquilo os cinco príncipes dos filisteus, voltaram para Ecrom no mesmo dia. Estas, pois, são as hemorróidas de ouro que enviaram os filisteus ao Senhor em expiação da culpa: Por Asdode uma, por Gaza outra, por Ascalom outra, por Gate outra, por Ecrom outra” (1 Sm 6.16,17). Inicialmente, Jetro visava com o seu conselho apoiar Moisés nas questões de distribuir a administração para uma rede de lideres que atendessem prontamente o povo em suas demandas e não sobrecarregassem a Moisés, para que ele pudesse se dedicar as questões de fato mais importantes e ter disponibilidade para estar na presença de Deus e receber as orientações, leis e estatutos que precisava. Jetro citou quatro características básicas que deveriam ser observadas na vida das pessoas a serem escolhidas para servirem. A primeira qualidade, era em termos de habilidades, homens capazes. A segunda característica sugerida seria de homens tementes a Deus; que é o tema de nossa meditação de hoje. Isso tem indicação de espiritualidade. Uma peculiaridade do povo de Israel, era que pertenciam a Deus, tinham uma aliança com Deus de serem adoradores do Deus único e que não se fazia representar por figuras ou imagens e não admitia a existência de outros deuses. Era para ser uma nação teocrática e monoteísta. Deus no centro de tudo e servir unicamente a ele. Eles estavam a poucos dias de sua libertação do Egito, onde viveram por mais de quatrocentos anos, se formaram numa numerosa massa humana, dentro de uma cultura politeísta e onde até o rei era tido e adorado como Deus. O monoteísmo dos hebreus era mantido intimamente como uma identidade própria que os unia em fé e adoração, mas com fortes resistências e muitos deles assimilaram os costumes locais e não tinham ainda uma convicção plena sobre servir um Deus único. Para liderar e conduzir essas pessoas a terem uma vida espiritual saudável e forte, com o culto a Deus no centro de suas vidas pessoais, familiares e nacional, os líderes deveriam ser pessoas já comprometidas com Deus. Espiritualidade íntima e amadurecida, para buscar soluções e respostas em acordo com a fé. É muito triste quando vemos pessoas cristãs ou até igrejas e denominações buscando e aplicando soluções mundanas, extra-bíblicas e algumas práticas até condenadas pelas Sagradas Escrituras. Eles separam a vida religiosa da vida prática e o culto e a fé, se tornam elementos domingueiros e de uso nos templos, dissociados completamente do resto da vida. Há uma frase, que gosto muito, que diz: “o pregador da cruz, precisa ser um crucificado.” Deve haver coerência entre a fé e a vida toda. O pregamos e o que vivemos devem apontar numa mesma direção. Líderes que não tem uma espiritualidade sadia, se tornam fontes de dificuldades e problemas para o corpo no qual estão servindo. Jesus, foi provocado pelos discípulos sobre isso e ensinou o modelo adotado no reino. “Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre eles; Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.42-45). Grandeza no Reino de Deus é medido pela capacidade de amar e servir. Grande é quem serve!
Senhor, agradecemos pelo privilégio de servir ao Senhor através de servir as pessoas que fazem parte do Reino; queremos ser bênçãos na vida delas e torna-las amadurecidas e comprometidas com a fé e professar espiritualidade saudável e crescente, para louvor de tua glória, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason