Meditação do dia 22/02/2017
Is 64.16 “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.”
A condição humana – Ouvi certa vez um orador que falava sobre o valor de uma pessoa. Ele citou entre os métodos de avaliação, a comparação. Então ele fez uso de uma ilustração pessoal, para exemplificar melhor. Ele encontrara numa revista, um teste que avaliava “Q.I.” – Fez e teste e pelo gabarito ele era muito inteligente e ele se sentiu um gênio. Dias depois ele encontrou o mesmo teste no jornal que recebia em casa e pediu que sua esposa o fizesse, e ela se saiu melhor que ele; que ficou com uma pontada de frustração, pois não era mais tão inteligente como pensara. Na tarde daquele mesmo dia, quando o filho mais novo chegou em casa, ele apresentou-lhe o teste e o jovem fez e era ainda melhor que os dois; Ele diz que ficou tão frustrado, porque há poucos dias ele se achava um gênio e agora comprovadamente era o menos inteligente da casa. A questão era, a comparação; dependendo de com quem nos comparamos, podemos subir muito o nosso valor ou nos rebaixarmos, sem que nenhuma delas sejam de fato a verdade. O que Isaías apresenta aqui, é o resultado de uma visão do que o homem é em sua finitude limitada e incapacidade de manter-se puro, limpo e santo, sem uma graça especial que precisa vir de fora dele. Comparativamente, colocando-se lado a lado, Deus e o homem, a diferença é gritante, humilhante. Deus é santo por natureza, perfeito, completo sem nenhum traço de carência ou necessidade. Deus se basta a si mesmo. Ele não é e nem fica mais completo, mais perfeito, mais feliz ou mais realizado, com isso ou aquilo, com nossa amizade, culto ou devoção. Deus é Deus, e pronto! Todo e qualquer traço de bondade, utilidade que se encontre no homem, foi lhe dado por Deus. Até a própria vida e fôlego. “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tg 1.17). Acho incrível uma expressão encontrada nos evangelhos: “João respondeu, e disse: O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu” (Jo 3.27). Precisamos nos ver desse ponto de vista para que possamos valorizar a obra da salvação que Cristo realizou e não permitir que a soberba e a arrogância domine nossas vidas, nos gloriando em grandes coisas como se tivéssemos em nós mesmos uma fonte de vida espiritual e boas virtudes. Mas também precisamos nos ver do ponto de vista de Deus, que nos vê em Cristo, como criaturas redimidas, lavadas e purificadas, e nele aperfeiçoados, aceitos e acolhidos na família, legitimamente herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo. Posicionalmente, estamos em Cristo, em posição de vitória e autoridade sobre o pecado e todas as forças do mal. Deus nos vê assim, eleitos e justificados pela fé na obra de Cristo. Precisamos nos ver assim, para dependermos inteiramente da graça de Deus e vivermos em vitória e andar de modo digno da vocação com a qual fomos chamados. Desse modo, somos vasos de barro, contendo um tesouro muito valioso, mas só o conteúdo é valioso, o vaso continua de barro. “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós” (2 Co 4.7). Amém!?
Senhor, obrigado por nos aceitar em tua família e completar tudo aquilo que falta em nós, para podermos nos apresentar santos e justos diante de ti, por tua graça e misericórdia. Reconhecemos o que somos por nós mesmos, e agradecemos pelo nos tornamos em Cristo Jesus. O teu amor faz toda a diferença em nos e para nós. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason