Meditação do dia 27/05/2018
“Abraão, porém, repreendeu a Abimeleque por causa de um poço de água, que os servos de Abimeleque haviam tomado à força.” (Gn 21.25)
O ofício profético – “Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei.” (I Pe 2.17). Embora como brasileiros e republicanos, gostamos muito da idéia de rei, desde claro, que ele não seja de verdade e explore a gente com aquele conceito de que o rei pode tudo. Temos o rei do futebol, da música popular, e entre todos até o rei da cocada preta, que é aquela figura que “está se achando” e quer ser mais do que todo mundo. Historicamente admiramos aquela pompa, o cerimonial e o respeito que lhe são atribuídos, e talvez muito disso baseado no que vemos na monarquia britânica moderna. Mas nem todo rei é assim tão poderoso ou tinha tanto domínio; no que vemos nas páginas da Bíblia, alguns denominados reis, nada mais eram do que um líder tribal, ou de uma cidade-estado, sem muita força e poder até mesmo para evitar ataques e saques de outros reis mais belicosos. Abraão vivia na terra de Canaã e havia diversos reis por ali e alguns interagiam com ele e eles o tinham em grande estima e respeito, de forma que vinham tratar pessoalmente com ele e fazer acordos e tratados de assuntos de interesses comuns. Todos, tinha conhecimento de que Abraão praticava uma fé diferente de todos eles e dos povos ao seu redor. Ele servia e adorava um Deus único, e que não tinha uma representação física, como estátua ou forma. Abraão lhe atribuía o conceito de Deus Altíssimo, o Todo-Poderoso, o Criador e o Possuidor dos céus e da terra. A aliança entre essa divindade e esse patriarca, de certa forma era reconhecida e respeitada e assim eles o tinham como um sacerdote ou profeta desse Deus poderoso. Alguma disso, é o que chamamos de ministério, ou serviço à Deus, sendo suas testemunhas no meio de um mundo perdido e em trevas. A autoridade espiritual é uma realidade, conferida por Deus legitimamente à igreja como Corpo de Cristo, que atua como uma embaixada do Reino de Deus aqui na terra. Os ministros de Deus, são autoridades espirituais, autoridade delegada é bom que se diga; isto é, este tipo de autoridade vem de outro poder maior e acima, ela não emana de nós mesmos ou da igreja em sim. Cristo é o Cabeça de um corpo místico, mas real e militante na terra, até que ele venha buscar essa igreja. “Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus, acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; e sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” (Ef 1.20-23). Observe os grifos que fiz… Assim a igreja tem um papel ou ministério profético, que pode colocar em condições de confrontar outras autoridades e pessoas que estão em confronto com Deus e à sua vontade. “Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta” (Jr 1.5). As ações e intervenções divinas na história dos povos e nações está diretamente ligada ao interesse no cumprimento do plano eterno de redenção. A igreja deve servir e quanto necessário exercer o ofício de profeta e concitar as autoridades e os povos a mudaram seus rumos, para o bem deles e evitarem um juízo. A história e a vida espiritual mostram que Deus se revela mais tolerante com pessoas do que com povos e nações, como instituições. Isso está associado ao fato de pessoas, como indivíduos, podem prestar contas de seus atos, agora, aqui em vida ou na eternidade, eles não escaparão impunes. Instituições e coletividades como povos e nações, só tem uma existência, a terrena e assim não há juízo vindouro para eles, tudo acontece nesta existência. Assim, muitas nações e reinos foram varridos do mapa e nunca mais se levantarão por juízo divino. Isso confere com as verdades da redenção, como: “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pe 3.9).
Pai, renova em tua igreja nos dias de hoje a visão profética de autoridade para confrontar o pecado dos povos e nações, assim como fazem com as pessoas individualmente, convidando-as a se converterem a Cristo e serem perdoadas e salvas. Levanta homens e pessoas corajosas no poder do teu Espírito Santo, para ser ministros do reino em tempo oportuno. Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason