Meditação do dia: 09/01/2020
“Mas a tua geração, que gerarás depois deles, será tua; segundo o nome de seus irmãos serão chamados na sua herança.” (Gn 48.6)
Abrir Mão – A vida dá e tira coisas de todos nós. Quando crianças, sonhamos com muitas coisas e até planejamos como serão; mas a realidade nem sempre carimba as nossas escolhas e os nossos sonhos. Mas em grande parte, nem sentimos falta daquilo, porque nos envolvemos no processo de crescimento e as responsabilidades aparecem, grudam na gente e não descolam mais. As primeiras coisas que encontramos nos cativam e adotamos aquilo como sendo “o que quero ser quando crescer!” Há também muitos de nós que mesmo não sendo por este caminho, alcançam muito mais do que sonhavam e se realizam muito além das expectativas e possibilidades de quando era apenas uma criança cheia de sonhos. Pessoalmente, entendo que cheguei muito além das chances sonhos de criança e me sinto realizado com a graça de Deus de poder contribuir com o Reino e me realizar como pessoa. É assim, que estou olhando para o texto, em que Israel se apossa dos dois filhos de José e os adota como sendo seus, contados como se fosse irmãos de José e não como filhos. É ai que José entra novamente com a sua generosidade, pois o pai apenas lhe dá uma opção de que os próximos filhos que ele tiver, então serão dele, os filhos de José. Sabendo disso ou não, tanto Israel quanto o próprio José, se prenderam numa situação probabilidades e parece que ficou tudo como estava, pois José não teve outros filhos. Ter filhos eram não apenas um sonho para eles naqueles tempos, mas uma forma de firmar um legado e passar adiante uma bênção de Deus e uma marca de que foram favorecidos pelos céus. Ficar sem filhos era uma situação triste para um homem. Geneticamente José teve e criou dois filhos, mas espiritualmente ele abriu mão para o pai e para a nação. Entendo também que isso tudo foi contado nas genealogias como sendo doze tribos de Israel, mas entre elas, duas eram filhos de José. Digamos, que Deus compensou o esforço dos dois, tanto Israel quanto José viveram as promessas e abriram mãos de preciosidades pessoais para um bem maior, que era uma nação, herdeira de todas as promessas. No nosso dia a dia, abrimos mão de coisas em função de nossos filhos e netos (quem já os tem); abrimos mão de conforto e tranquilidade em atenção a um futuro melhor para eles e os pastores e ministros abrem mão de suas vidas pessoais e familiares em resposta ao chamado e a vocação interior. Famílias se sacrificam para uma missão em prol do reino de Deus e assim, todos podemos experimentar a consagração de algo do qual gostamos muito e até nos é gratificante, para que algo maior e mais proveitoso venha a acontecer. Isso tudo está contemplado por Deus em favor dos seus filhos e servos: “E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna” (Mc 10.29-30).
Pai, nos consagramos ao Ti e ao Reino dos Céus, que cremos ser um Reino de Paz, amor e justiça, pois quem está sentado no trono é Cristo, o Senhor. Obrigado por nos chamar para fazer parte e construir algo muito maior do que nós mesmos. Assim, quando abrimos mão de algo, estamos na verdade, semeando para a eternidade e nossa fé não nos confundirá jamais. Em tuas mãos nos colocamos e aos bens e talentos que nos dá para sermos úteis e assim abençoarmos outras vidas, como o fomos pelo ministério de alguém enviado por ti. Oramos com gratidão, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason