Meditação do dia: 11/01/2020
“E Israel viu os filhos de José, e disse: Quem são estes?” (Gn 48.8)
Israel e os Filhos de José – Todos nós gostamos da história de Israel, como um patriarca da fé e aquele tipo de homem afetivo, familiar e que em tantos aspectos nos identificamos com ele, nas mais diversas fases de sua vida. Foi um jovem rico, filho de um pai piedoso, amado pela mãe e que até aos dezessete anos pode desfrutar da companhia do avô Abraão, um quase mito em termos de fé e adoração ao Deus verdadeiro. Quando adulto, trapaceou com a mãe para obter a bênção paternal e firmar-se como o herdeiro da Aliança com Deus e essa atitude precipitada lhe custou o exilio para Harã, a terra de sua mãe, onde viveu com o tio; um homem inescrupuloso, capaz de fazer trapaças e dar prejuízos para se dar bem. Ali, Jacó cresceu e se tornou um homem forte, o progenitor de uma linhagem de muitos filhos, que se tornaria uma nação em breve. De volta a sua terra natal com grandes riquezas, mas também foi um tempo de muitas provações e experiências doloridas. Ainda no caminho, perdeu a esposa Raquel, bem no nascimento do seu décimo segundo filho. Viu os filhos fazerem coisas complicadas e violentas. Mais tarde perdeu José, numa aventura de vingança dos irmãos, que temia a ascensão do irmão mais jovem. Essa passagem de sua vida, com o silencio de Deus para com ele no tocante ao paradeiro de José, compõe um quadro de crescimento espiritual e um tipo de treinamento que ambos não estariam prontos para suportar se fosse de outro modo. O amor paterno, jamais permitiria a Israel saber onde estava o filho e não o obrigasse a resgatá-lo. Assim como ele crescera longe dos pais na sua vida de fé e devoção a Deus; agora era a vez de José, passando por veredas apertadas no Egito, mas com um caráter muito bem consolidado pelo temor a Deus, fez com que ele conseguisse a aprovação dos homens e de Deus, mesmo na adversidade e sem as proteções que uma família pudesse oferecer. José foi forjado de jovem mimado, a um estadista de respeito e capaz de comandar um império inteiro, numa época de crise e fome em toda aquela terra. O reencontro de pai e filho foi não só emocionante, mas providencial para a sobrevivência da nação ainda em forma embrionária. José foi o suporte que a nação precisava para nascer e se fortalecer. José tinha dezessete anos de idade quando se ausentou de casa, a serviço do pai e nunca mais voltou. Agora, no Egito, eles puderam viver outros dezessete anos, que foi o tempo de vida de Israel, após chegar na terra dos faraós. Hoje, numa visita com status de despedida, ali estão novamente três gerações, frente a frente, para que a bênção fosse canalizada de uma para a outra e assim fluísse abrindo caminho para construir uma eternidade. Quem são estes? Foi a pergunta de um ancião, cujos anos pesavam sobre seus olhos e a impossibilidade de ver claramente os netos, não limitava a visão do coração e da fé. Quem de alguma forma não alimentara mais esperanças de ver o filho, agora estava grato por estar sob seus cuidados e ainda poder abraçar e abençoar os netos. Os desejos do coração do justo, realmente são contemplados por Deus. Que Israel viva para sempre, para glória de Deus e assim as promessas também nos alcance a nós e aos nossos filhos também.
Pai, obrigado por saber que a nossa fé está firmada em Ti e em promessas de um Deus que não falha e não deixa de cumprir sua vontade, que santa, boa, agradável e perfeita para todos os seus filhos. Pedimos sabedoria para viver a cada dia o que tens reservado para nós. queremos ser cheios do Espírito Santo para termos condições de fazermos um bom trabalho e trazer glória para o teu santo nome. A nossa história está bem fundamentada naquilo que o Senhor construiu na vida de pessoas tão especiais como Abraão, Isaque e Israel. Deles, descendem os profetas e santos de Deus e deles vem a igreja, o Corpo de Cristo, que proclama a obra da redenção. Somos um e trabalhamos por um Reino, um Senhor, uma fé, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason