Meditação do dia: 12/01/2020
“E José disse a seu pai: Eles são meus filhos, que Deus me tem dado aqui. E ele disse: Peço-te, traze-mos aqui, para que os abençoe.” (Gn 48.9)
Filhos Que Deus me Deu – Fiquei pensando sobre como as coisas acontecem e formam unidades que aparentemente não seria fácil de se formar. Quando olhamos para a igreja, como Corpo de Cristo, nos deparamos com isso na sua forma mais plena possível. Pois onde o Evangelho é pregado, discípulos são formados e o místico Corpo de Cristo se forma ali e está intimamente ligado a um grande número de outros núcleos de povo de Deus espalhando mundo à fora. Numa família, que é uma estrutura muito bem estruturada, cada membro é completamente diferente um do outro e quando se amplia os círculos, mais evidente ficam as diferenças. Foi assim que observei essas conversas entre Israel e José, incluindo também os meninos Efraim e Manassés. Os doze filhos que se tornaram os patriarcas da nação, cada um formando uma tribo da nação, nasceram numa família e embora houvesse diferenças enormes de idade, entre eles, por exemplo, quando Benjamim nasceu, Rubem já era homem adulto, juntamente com os mais velhos. Cresceram juntos e tiveram educação e formação pastoril, lidando com gado, ovelhas e essas lidas do campo. Provavelmente Benjamim foi mais poupado, ou recebeu alguma atenção diferenciada por ser órfão de mãe desde o nascimento, e ainda cedo perdeu a companhia de José. Deixando Canaã para trás e vivendo muitos anos no Egito, José se distanciou dessa formação e depois das provas, aos trinta anos compareceu diante do Faraó e desde então passou a ter uma vida palaciana, elitizada e culta, ligado à administração de alto escalão. Seus filhos nasceram privilegiados, com o nível social e a grandeza de recursos disponível ao pai por seu um líder de respeito e o homem de confiança do monarca do Egito. Graças a Deus, que as ideologias políticas vigentes hoje em dia, não estavam em vigor ao que tudo indica, senão iria haver atritos enormes dos hebreus palestinenses filhos dos irmãos de José, contra os dois filhos nobres de José. A “oligarquia opressora” contra os trabalhadores oprimidos ou os primos ricos e os primos pobres. Mas ao vermos como as coisas andaram, tudo indica que José fez um excelente trabalho de discipulado com seus dois filhos, pois não há nenhum registro sequer de segregação de Efraim e Manassés em relação aos outros e nem de uma atitude de sentimento de inferioridade dos demais para com eles. Se tornaram doze tribos e é só isso que encontramos nas Escrituras. José respondeu ao pai dizendo que aqueles eram os seus filhos que Deus lhe dera ali (no Egito). Nasceram no Egito, filho de uma mãe egípcia, netos de um sacerdote dos cultos egípcios, mas prevaleceu a aliança de bênção de Abraão, Isaque e Israel. Nasceram no Egito, mas eram tão hebreus, canaanitas quantos os demais. José estava no Egito por questão de ministério, de estar no centro da vontade de Deus e mesmo tendo que viver certos dilemas da vida da corte, ele manteve a sua identidade e seus filhos se identificaram com a fé do pai e com a aliança com Deus. José não era esponja que absorvia qualquer coisa que se encostava nele. Não era o tipo de pessoa termômetro, que apenas mede e mostra a temperatura ambiente; ele era termostato, que transforma a temperatura ambiente para ficar no padrão determinado por ele. Parece com alguma coisa que Jesus disse: “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou” (Jo 17.14-16). E aí? Termômetro ou Termostato? Cristão chuchu ou Cristão prá Chuchu?
Senhor Jesus, obrigado por nos abrigar no teu corpo, que universal, glorioso e acolhedor. Na cruz todas as diferenças são niveladas e o novo nascimento faz as nossas vidas tomarem destinos e sentidos tão maravilhosos que só mesmo sendo parte disso para saber o quanto é bom. Temos experimentado o valor da unidade, mesmo sendo de povos, nações, tribos e línguas distintos, mas em Cristo, somos um só corpo. Obrigado por isso. Amém.
Pr Jason