Quando Boas Intenções Não Bastam

Meditação do dia: 31/03/2020

 “Também lhes disse Rúben: Não derrameis sangue; lançai-o nesta cova, que está no deserto, e não lanceis mãos nele; isto disse para livrá-lo das mãos deles e para torná-lo a seu pai.” (Gn 37.22)

Quando Boas Intenções Não Bastam – “De boas intenções o inferno está cheio!” É o que diz um provérbio popular brasileiro; significando que nem sempre ter uma boa intenção é suficiente para consumar algo de importância. Até as piores ações já praticadas nesse mundo tiveram justificativas apresentadas como que sendo com boas intenções, mas algo deu errado. Rúben, desde o início desse episódio, era radicalmente contra qualquer ato de violência contra a vida e a pessoa de José, praticada pelos irmãos. Ele conseguiu vetar a idéia de sentença de morte imediata, assim que José chegasse a eles, e vendo as más intenções dos irmãos, agiu com certa sensatez para atrair a desconfiança dos oito irmãos e muito menos para si mesmo. Sendo o mais velho, e provavelmente no comando ali, propôs no eu coração trabalhar para devolver José são e salvo para o pai. Quando lidamos com situações em que há a participação de mais pessoas, não se pode prever categoricamente os próximos passos dos acontecimentos, pois pessoas podem ser imprevisíveis e normalmente o são; quando se trata de situações emergenciais e de alta complexidade, as possibilidades de reações inesperadas, podem ser ainda piores. Nessa aqui, havia o contexto de ser uma conspiração assassina, com manifestação de ódio, inveja, ciúmes e com oportunidades de ficarem impunes de qualquer ato. Uma frase atribuída a Beltrand Russel, o filósofo, diz: O problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certezas. Rúben parece que tinha dúvidas sobre sua autoridade sobre seus irmãos e se conseguiria livrar a vida de José, levando em conta, que alguma medida de disciplina ou correção poderia sim, ser aplicada no irmão sonhador, mas no coração dele, aquilo seria apenas “fachada” para os irmãos se acalmarem e ele ter o controle da situação. Já os irmãos estavam cheios de certeza da maldade que queriam praticar e já até tinha as evidencias para apresentarem ao pai sobre o que “poderia ter acontecido com José.” Isso que aconteceu com Rúben, prenuncia fatos da vida e atitudes espirituais. O mal está por perto, se aproximando e está nas nossas mãos trabalhar por evitar que ele se materialize. Contemporizar nem sempre é eficaz! Apresentar uma solução meia boca para não desagradar a massa e não perder o status, pode culminar em levar os maus a pensarem que aceitamos participar, só não seremos tão ativos, mas estão liberados para agirem. Ao olhar a fala de Rúben, vejo energia e firmeza ao mesmo tempo que não exercia a liderança de fato. Ele diz a eles: Não derrameis sangue – lançai-o nesta cova – não lanceis mãos nele. Parece um tipo de concordo, mas nem tanto; podem fazer, mas não exagerem!!! Quando se trata de lidar com o mal, com o pecado, com o engano, não se deve adotar meias verdades, deixar margem de dúvidas. Rúben estava ali, representando o bem, a igreja, o cristão, digamos assim. Eles eram nove pessoas, oito estavam determinadas fazerem o mal e apenas um determinado a evita-lo. Os defensores da verdade, do bem, da fé, nunca seremos a maioria. Somos o sal da terra, quanto de sal se usa numa panela de arroz? Quanto de sal para um quilo de carne? A proporção é sempre pequena. Isso me lembra a recomendação de Paulo à Timóteo: E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições (2 Tm 3.12). Quem deseja fazer o que é certo, será perseguido, zombado e intimidado. A solução é treinar-nos a tomar posição sozinhos. Treinar nossos filhos, as crianças a tomarem posição sozinhos ao lado da fé, da verdade e da justiça. Elas sofrem uma grande pressão na sociedade delas, na classe, na escola; todos ali, querem que eles façam “igual a todos;”  nossos filhos precisam saber e de preferencia pelos pais e familiares, porque adotamos tal posição, porque nossa fé exige tal atitude. Bem explicado, eles compreendem e acolhem, porque o bem recompensa cada ação praticada. Mandar fazer, sem uma justificativa que faça sentido na cabecinha deles não ajuda. A força dos argumentos do mundo são fortes. Por isso a Palavra de Deus deve ser implantada desde pequenos. Considero muito interessante a expressão usada por Deus aos pais quanto ao ensino da Palavra aos filhos em Dt 6.7 E as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te.” Você sabe o peso de uma INTIMAÇÃO? Precisamos fazer os treinamentos em todo o tempo, para quando a ocasião exigir, eles estejam preparados e tomem a decisão certa. Ficar do lado da maioria é muito mais cômodo e não exige responsabilidade individual. Isso não condiz com a fé cristã.

Pai, obrigado porque a tua Palavra responsabiliza cada um por seus atos, mas não inocenta e nem isenta quem se esconde atrás da multidão. Cada um dará conta de si mesmo diante do grande trono branco. Todos os dias os teus filhos em toda a face da terra precisam escolher entre o bem e o mal, entre o certo e o errado; todos os dias o Diabo, o mundo e a carne querem tornar razoáveis fazer o mal disfarçado de bem. Pedimos coragem e ousadia para não cedermos às comodidades do pecado. Fomos chamados para fazer a diferença e para isso é preciso ser valente, ser corajoso e depender do poder do Espírito Santo. Renova-nos a cada dia, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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