Simeão Não Está Aqui

Meditação do dia: 10/04/2020

 Então Jacó, seu pai, disse-lhes: Tendes-me desfilhado; José já não existe e Simeão não está aqui; agora levareis a Benjamim. Todas estas coisas vieram sobre mim.” (Gn 42.36)

Simeão Não Está Aqui – Os trevos da vida! Com atual capacidade da engenharia de construção rodoviária, os trevos vão se tornando cada vez mais coisas do interior e lugares de menos densidade de transito. Os cruzamentos em nível são evitados com grandes círculos, ou rótulas, contornos, conforme cada região, ou um queijão como dizem lá em Minas. Literalmente, são lugares onde se chega e há várias opções de caminhos a seguir. Metaforicamente, são situações da vida onde decisões precisam ser tomadas e há opções, mas nem sempre se sabe com certeza qual a melhor opção. Desde os tempos antigos isso é parte da vida humana. A Bíblia fala de um rei que viria atacar Israel e estava em dúvida por qual caminho e lançava mão de adivinhações para decidir, mas Deus já sabia antes dele é claro. Porque o rei de babilônia parará na encruzilhada, no cimo dos dois caminhos, para fazer adivinhações; aguçará as suas flechas, consultará as imagens, atentará para o fígado. À sua direita estará a adivinhação sobre Jerusalém (Ez 21.21,22a). Aquele Jacó, feliz, pai de doze filhos, herdeiro das promessas, estava passando por momentos difíceis e as provações não estavam sendo fáceis. As promessas de Deus para ele tinha à ver com os filhos e esses filhos estavam escapando de suas mãos, sem que ele pudesse fazer qualquer coisa. Ele estava atordoado, pois à muitos anos perdera José, sem nenhuma informação de seu paradeiro; agora Simeão estava detido no Egito para averiguação e a liberação dele dependia da ida de Benjamim. Perder um filho foi dolorido; a possibilidade de perder um segundo era terrível e poderia piorar mais se um terceiro não voltasse. Jacó conhecia os costumes nada justos do comportamentos dos reis e poderosos daquele tempo, quando a vida de uma pessoa tinha pouco valor para eles. Simeão não está aqui! Confesso, que ainda estou pensando na relação entre José e Simeão, que escrevi na meditação de ontem. É bem possível que naquela situação da venda de José, que seus irmãos conspiraram contra ele e o tiraram do poço, amarraram e venderam como escravo para os mercadores, além dessas ações, eles negaram aos apelos de José, que tentava evitar o negócio e eles, mentiam aos compradores negando a identidade de José, como irmão e devem tê-lo vendido barato pela qualidade em se tratando de um escravo jovem. Simeão deve ter sido quem amarrou José e fez de um modo bruto, estúpido no meio dos seus irmãos e o entregou para ser levado. Estou criando essa ficção com base na escolha que José fez de qual dos irmãos ficaria detido; ele deve ter amarrado as mãos de Simeão imitando o que lhe fora feito no passado, para mexer com a memória e as emoções de Simeão e dos irmãos ao verem diante de seus olhos o mesmo mal que fizeram a tantos anos e sem ninguém de testemunha, agora estar sendo reprisado ali, ao vivo diante deles… eles não tinham como não lembrarem aquela cena de um irmão inocente sendo amarrado sem chances de apelação e sem ninguém interceder por ele. Agora eles presenciaram isso e ao chegarem em casa verem o desespero no olhos e na fala do pai: “Simeão não está aqui, e ainda querem levar Benjamim?!!!” Mesmo a gente sabendo o enredo da história, ainda assim nos afligimos, porque Jacó não sabia o que nós sabemos, sobre José, sobre Simeão e sobre Benjamim. Nós também servimos a Deus, o mesmo Deus de Abraão, Isaque e Jacó e também somos disciplinados, somos trabalhados para que nosso caráter e nossos ministérios sejam mais produtivos. Tal como foi para aquele pai, o silencio de Deus é assustador para nós. Mas quem crê, de fato depende da fé e da bondade de Deus! Não é ser fatalista e dizer: “O que será, será!” É ser confiante, obediente, mesmo quando não há evidencias de que esse é o caminho a seguir. Serão passos de fé! No escuro, mas passos de fé! Confia, confiemos, Deus é bom o tempo todo! Podemos não saber, mas podemos confiar! Podemos não entender, mas podemos confiar! Podemos não saber explicar, mas podemos confiar! Sim, o justo viverá da fé. Mas o justo viverá pela fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma (Hb 10.38,39). Está faltando alguma coisa na sua vida? Falta Simeão? O que Simeão significa para você e para mim?

Pai amado, sei que não és injusto e nem procedes com dolo para provocar sofrimento desnecessário a quem quer que seja. Mas reconhecemos que alguns lições para serem aprendidas, elas precisam atingir pontos até então intocáveis em nossas vidas. Quantas oportunidades os filhos de Jacó tiveram de confessarem seus atos de maldade e nunca quiseram, escolheram o segredo. Agora estão sendo pressionados de tal forma que só há um lugar onde isso vai dar! O que tem em nós que não deve estar ali, para chegarmos a ser a grande nação. O pregador da cruz precisa ser um crucificado! Um reconciliador precisa ser homem de perdão e reconciliação. Pessoa de cura, precisa ser curado, por dentro também. A graça oferecida aos outros é oferecida a nós também. Simeão não está aqui, por que não está? O que podemos aprender? Que as palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração, sejam agradáveis diante de ti, ó Senhor! (Sl 19.14) Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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