Meditação do dia: 28/09/2020
“E estava ali conosco um jovem hebreu, servo do capitão da guarda, e contamos-lhe os nossos sonhos e ele no-los interpretou, a cada um conforme o seu sonho.” (Gn 41.12)
Servo do Capitão da Guarda – As pessoas não se importam de serem chamadas de servas, o que elas de fato não aceitam é SEREM TRATADAS COMO SERVAS. Pelas searas cristãs espalhadas por esse mundão sem porteira, um contingente considerável de pessoas são chamadas de “servos de Deus,” ou “grande servo/a de Deus” e são paparicados e seus egos massageados, alguns até com exigências absurdas para se apresentarem “no serviço do Senhor;” se quiser acabar com a festa, é só lhes darem um balde, um pano de chão e um rodo, que você verá instantaneamente a atitude de servo brotar suavemente como um vulcão em erupção furiosa. Ensinando sobre a vida verdadeiramente vitoriosa, o Apóstolo São Paulo, escreveu aos Romanos que a condição e servos ou escravos, é uma questão de escolha que se faz. “Vocês não sabem que se tornam escravos daquilo a que escolhem obedecer? Podem ser escravos do pecado, que conduz à morte, ou podem escolher obedecer a Deus, que conduz à vida de justiça” (Rm 6.16 NVT). Para dirimir conflitos de interesse entre o colégio apostólico, Jesus, trabalhou com ensinamentos das bases da questão, e assim seus discípulos poderiam encaminhar suas decisões de conduta e voluntariedade para o serviço do reino. “Não deixem que pessoa alguma os chame de Rabi, pois vocês têm somente um mestre, e todos vocês são irmãos. Não se dirijam a pessoa alguma aqui na terra como Pai, pois somente Deus no céu é seu Pai. Não deixem que pessoa alguma os chame de Mestre, pois vocês têm somente um mestre, o Cristo. O mais importante entre vocês deve ser servo dos outros, pois os que se exaltam serão humilhados, e os que se humilham serão exaltados” (Mt 23.8-12 NVT). Ao acompanharmos a vida de José e suas labutas no antigo Egito, percebemos o quanto a vida é sensível em alguns aspectos e uma decisão que aparentemente tem pouco importância, se torna decisiva e com reflexos na eternidade. Minha atenção voltou-se nesse texto para a expressão que separei como título da meditação. José estava ali como servo do capitão da guarda. Com o tempo de convivência e serviço a esse homem, ele passara a conhecer muito bem a José, sabendo do caráter e confiabilidade à toda prova, mas mesmo assim, manteve-o como um servo comum, não tomou nenhuma providencia em seu favor, mesmo tendo conhecimento de sua história de vida. É aquilo que conhecemos por ter a oportunidade de fazer o bem e não fazer, omitir em nome dos direitos adquiridos ou do que é legal e socialmente aceito. Manter José como servo, não só era legal, como era conveniente e produtivo para ele, pois o gerenciamento de sua prisão ia muito bem e ele ficava com os elogios e os louros da vitória. Antes que o coração da gente fique azedo e nosso humor fique ácido e comecemos a expelir faíscas e fogo estranho, incomodados com tanta injustiça e indiferença, voltemos nossa atenção para aquele que cuida de tudo e de todos. José era paciente e pratica as disciplinas espirituais que lhe permitiam sofrer com resiliência e perseverança até que o Altíssimo operasse em seu favor. Quantas pessoas cruzaram o caminho de José e todos se viam melhores, superiores, livres e mesmo tendo oportunidade de servir, não o consideraram digno ou merecedor. Como conhecemos o futuro deles e de José, sabemos que todos eles seguirão com suas vidinhas e José no devido tempo será alçado a um posto de grandeza que não era para qualquer um. Quando digo qualquer um, estou me referindo literalmente qualquer um, porque nem José ousava pensar no que lhe estava reservado e qualquer outra pessoa que pudesse almejar algo semelhante, certamente não incluiria um servo, muito menos um hebreu e nem se pensa num prisioneiro, agora à serviço do capitão da guarda. Mas José era na verdade servo de Deus e estava ali, por um propósito maior e melhor para todos, e não por crimes de que fora injustamente acusado e nunca julgado. Deus cuidava de José. Deus cuida de mim e de você. O que acontece ao nosso redor só tem importância de fato, se o Senhor atribuir a isso alguma importância ou se nós mesmos por fraquezas e falhas superestimar algumas dessas ocorrências. O coração precisa estar livre para fluir a graça e a bondade de Deus, que primeiro irriga e abençoa a nós mesmos e depois nos habilita a servir aos outros. Nunca encontramos José concentrado nos seus problemas e sofrimentos injustos, de forma que não podia servir e ajudar as pessoas que ele entendia serem amadas pelo seu Deus e que tinha as respostas que elas precisavam.
Pai, nos somos teus filhos e por escolhas nossas, somos servos do Senhor, o Deus Altíssimo, que governa e controla tudo com absoluta perfeição. Acreditamos que estamos aqui para um propósito muito especial e que podemos servir a essas vidas que estão ao nosso redor e que estão sedentas e famintas de amor e aceitação. Acreditamos que Jesus morreu por cada uma delas e o preço já está pago e elas precisam saberem disso e se apossarem da salvação e da bênção de se tornarem teus filhos; serem perdoadas, curadas, libertas, acolhidas e amadas na família do Senhor. Parte disso, está sob nossa responsabilidade como igreja e com a missão de proclamar o Evangelho que o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Consagramos nossos corações para serem canais da graça e amor para chegar a essas pessoas. Agradecemos a ajuda e a inspiração do Espírito Santo, para nos revestir de poder para testemunhar. Oramos em nome de Jesus, amém.
Pr Jason