Zafenate-Panéia

Meditação do dia: 21/11/2020

E Faraó chamou a José de Zafenate-Panéia, e deu-lhe por mulher a Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om; e saiu José por toda a terra do Egito.(Gn 41.45)

Zafenate-Panéia – José ganhou um título, que entre as muitas possibilidades de tradução, todas são boas ou positivas. Alguns defendem que significa “Deus fala e Ele vive” – faz sentido, porque José disse a Faraó que Deus estava lhe falando sobre o futuro próximo e como contornar esses tempos difíceis. Assim, para Faraó, fazia bem admitir que José representava muito bem esse Deus que fala e revela segredos. Outros tradutores e intérpretes, defendem que seja algo como “Abundancia de vida” – o que também cairia bem para José, que se mostrou gracioso e trouxe muita esperança para o coração do rei, que estava muito perturbado, tanto pelo sonho quando pela impossibilidade de conhecer o seu significado, até José aparecer diante dele. Mas a versão mais corrente entre os leitores bíblicos foi o traduzido por Jerônimo, que é “Salvador do mundo.” Guardando-se as devidas proporções, e o entusiasmo do Faraó com José, isso era verdade, no sentido de que abria-se uma porta para salvar muitas vidas de serem destruídas pela fome e escassez de alimentos como fora mostrado no sonho ao Faraó. Sendo assim, José estava salvando todo mundo. Como cristãos da Nova Aliança, celebrada por Deus através de Jesus, uma aliança completa, abrangente e garantida pelo sangue de Jesus; temos uma concepção mais abrangente e espiritualizada da expressão “Salvação” que tem para a igreja um peso muito grande de importância e define sua missão de existência. Entendemos que a igreja existe para providenciar o anuncio de uma mensagem de boas novas capaz de promover a reconciliação da criatura com o Criador. Para isso envidamos todos os esforços no que é a nossa grande missão. Permita-me inserir aqui, um material sobre a missão da igreja, que pesquisei para treinamento de discípulos. Através dos dois últimos séculos os cristãos, especialmente os evangélicos, tem desenvolvido uma visão dividida do mundo. Esse processo foi acontecendo em tempos, regiões e denominações diferentes, mas podemos dizer que, atualmente, esse pensamento dicotômico domina a maior parte do Cristianismo.Essa dicotomia se desenvolveu da seguinte forma: a. Uma parte da Igreja era da opinião de que a salvação era por conta de Deus, portanto, a responsabilidade da Igreja era cuidar das necessidades básicas do homem como alimento, vestuário, abrigo, saúde e, até educação. b. Outra parte da Igreja reagiu com um forte “Não!” Sua opinião era a de que somente a alma do homem e a vida eterna tinham valor, portanto, o objetivo desse grupo se concentrava na salvação do homem. Eles se diziam preocupados com os assuntos “espirituais” – enquanto os do grupo anterior se preocupavam apenas com os assuntos “materiais.” Aqueles que achavam que a função principal da Igreja era somente a salvação dos homens tornaram-se conhecidos como EVANGÉLICOS e começaram a se referirem aos membros do outro grupo como LIBERAIS. Os “evangélicos” estavam preocupados com assuntos eternos e espirituais. Os “liberais” estavam mais preocupados com assuntos mundanos do dia a dia. Os “evangélicos” pregavam a mensagem espiritual da salvação e se concentravam nos assuntos sagrados. Já os “liberais,” na opinião dos “evangélicos” pregavam o evangelho social e estavam mais preocupados com os assuntos seculares. Essa cosmovisão aumentou com a ênfase crescentes na volta imediata de Jesus e o conceito de que tudo que era secular iria para o inferno. Uma visão dividida do mundo invadiu a Igreja, e transformou a “Salvação de almas” na principal mensagem do evangelho que pregamos hoje. Os cristãos, em sua maioria, tornaram-se mais preocupados com os assuntos “espirituais” da fé: Salvação, oração, batalha espiritual, curas e céu. Começamos a crer que só tínhamos tempo suficiente para conseguir salvar as almas e mais nada. A tragédia nessa divisão, é que ambos os lados estavam certos e ambos os lados estavam errados. Os “evangélicos estavam certos com relação ao que o Evangelho era, mas errados nos que eles pensavam que o Evangelho não era. O Evangelho que Jesus ensinava, fundamentado nos ensinamentos completos de Deus a Israel, por intermédio de Moisés e dos profetas, era uma mensagem que lidava com pecado e salvação, céu e inferno, oração e batalha espiritual. O ministério de José lá no antigo Egito, eram passos necessários e importantes para a formação do povo de Israel, que está diretamente ligado à vinda do Messias, que é tudo o que acreditamos e praticamos como Igreja e povo de Deus.

Senhor, obrigado por nos ensinar que nenhuma coisa está dissociada da verdade central da obra da redenção em Cristo Jesus. Não há vida secular e espiritual distintas, pois o Senhor é Deus de tempo integral e somos teus filhos e mensageiros do Evangelho da graça também de tempo integral. Se tudo que fazemos deve ser feito para ti e com alegria e excelência como culto, então tudo é sagrado e santo. Obrigado Espírito Santo por guiar os nossos corações a essas verdades. Por nos inspirar e nos revestir de poder de Deus para fazermos aquilo que não podemos por nós mesmos. Oramos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

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