Meditação do dia: 13/03/2022
“Ele, porém, disse: Ah, meu Senhor! Envia pela mão daquele a quem tu hás de enviar.” (Êx 4.13)
Senhor, Envia Outro! – Parece que desde o Éden, quando Adão culpou a Eva por ter apanhado do fruto e comido e compartilhado com ele; depois a própria Eva, culpando a serpente que lhe enganara e me parece que a cobra já tinha entrado mato à dentro e se fora. Desde então, a humanidade melhorou muito a mania de culpar os outros ou transferir as responsabilidades, fugindo e procurando alguém para assumir o seu lugar. Aqui estava Moisés desfrutando do privilégio de conversar face a face com o seu Deus, o Criador de todos as coisas e aquele que se revelara aos seus antepassados, dando-lhes promessas grandes e firmes, que agora estavam sendo reivindicadas pelos hebreus em oração e clamor a Deus, diante do quadro de sofrimento extremo imposto a eles naquele cativeiro no Egito. Mesmo na presença real do Todo-Poderoso, diante de informações e garantias tão boas e firmes, Moisés ainda estava reticente quanto a dedicar-se naquele serviço. Parece que os pensamentos fluíam muito rapidamente, e ele podia ver todas as possibilidades à sua frente. Isso o assustava e ele estava fazendo de tudo para conseguir não se comprometer. Existem muitos paralelos a essa condição nos registros bíblicos, tanto no Velho Testamento quando no Novo. Paulo um dos maiores nomes entre os grandes homens no registro sagrado, fez uma observação e pediu aos cristãos que também observassem entre eles, aquilo que parecia ser uma norma na vocação divina para os homens: “Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele” (1 Co 1.26-29). Deus sabe o quando o ser humano é vaidoso e orgulhoso de si mesmo e de seus feitos, supervalorizando o seu e subvalorizando os feitos dos outros. O homem reivindica direitos e privilégios alcançados por merecimentos que nem sempre são legítimos. Sendo assim, ele antecipa tudo isso com o princípio de que ninguém venha a se gloriar diante dele por trabalhos que não fez e poder que não tem. Mesmo sabendo que é Deus que capacita, que opera e que sem a sua manifestação nada acontece, ainda assim, dizemos “meu trabalho, meu ministério, meus resultados…” Vamos aos extremos com muita rapidez, partindo da visão de incapacidade de realizar o ministério, para assumir que se fez um grande trabalho, com muito esforço, muita dedicação. A verdade é incapazes todos somos! Impotentes diante do tamanho e grandeza das responsabilidades todos sentimos! Mas ninguém nunca convenceu a Deus de que a escolha dele estava errada e que ele realmente não preenchia as condições. Como dissemos no começo dessa experiencia, é Deus quem sustenta a chama e não a sarça e sendo assim, qualquer arbusto basta, qualquer um serve.
Senhor, graças te damos no dia de hoje, por tua bondade e misericórdia já estar sendo manifestada e renovada para conosco. Reconhecemos a tua infinita capacidade de realizar os teus propósitos até mesmo sem a nossa participação. Mas é um privilégio sermos co-participantes dessa vocação celestial. Aquele que pode todas as coisas, escolhe contar com a nossa modesta ajuda, para através disso manifestar entre os homens a grandeza e o poder bondoso de Deus. Somos agradecidos pelo chamado de sermos criativos e eficientes, graças ao teu poder se manifestando através de nós. em nome de Jesus, amém.
Pr Jason