Meditação do dia: 02/04/2022
“E aconteceu no caminho, numa estalagem, que o Senhor o encontrou, e o quis matar.” (Êx 4.24)
O Que Acontece No Caminho – Ao meditar na experiencia de uma pessoa, aprendemos com ela e com os caminhos de Deus, levando em conta que o Senhor trata com cada um nós de forma personalizada; Ele é criativo o suficiente para repetir os mesmos argumentos e métodos. Todavia, estejamos certos de que os princípios espirituais que são eternos, funcionam em todo tempo e em toda cultura e situação, permanecem imutáveis em suas operações. Depois daquele diálogo prolongado no deserto de Horebe, com muitas instruções, informações e a final concordância de obediência da parte de Moisés, ele partiu para Midiã para os aprontos finais em devolver o pastoreio das ovelhas de Jetro, comunicar à família e receber a bênção do sogro, ele finalmente partiu, agora sim, já em direção ao Egito, para iniciar a “Operação Libertação.” Uma coisa muito importante que vejo aqui nesse texto e que combina muito bem com a experiencia bíblica e da vida cristã ao longo da história do povo de Deus e da própria igreja de Cristo – é que sair para fazer aquilo que Deus ordenou, ou para cumprir a missão recebida, isso é parte da missão, não é a missão. Moisés à caminho do Egito para libertar os hebreus, não estava libertando ninguém, estava apenas à caminho. Os perigos do caminho são momentos de provas e os primeiros obstáculos para servir de aquecimento para tudo aquilo que virá no decorrer da jornada. No dia em que saí de casa para seguir para o seminário e iniciar o treinamento, o carro em que estávamos, acidentou no trecho mais perigoso e só não caímos no maior precipício da Serra do Formoso, entre Minaçu e Formoso (GO), porque os anjos agiram muito rápidos. No dia seguinte, já na BR 153 (Belém-Brasília), o mesmo carro, deu problema na parte elétrica e teve um princípio de incêndio, que não se confirmou porque recebemos ajuda de motoristas que passavam e nos socorreram. Nunca descartei que o alvo daquelas dificuldades seria eu. Mas aqui estou, quarenta e um anos depois, firme e forte servindo na causa do Senhor. Nosso texto base da meditação de hoje faz parte de um contexto complexo e que tem mexido com as idéias de muita gente ao longo dos tempos. Moisés, à caminho de realizar uma grande obra na construção da nação que Deus prometera aos patriarcas, formou sua própria família numa cultura diferente da sua e casou com alguém que não estava familiarizado com os termos da aliança entre Deus e o seu povo; por isso não permitira a circuncisão do segundo filho, provavelmente porque viu o sofrimento quando circuncidaram o primogênito. Para os hebreus, a circuncisão era um ato de fé e compromisso eterno entre os filhos da promessa; Moisés não poderia estar servindo a Deus sem estar comprometido com seus termos e isso precipitou essa crise quando estavam à caminho. O Pregador da cruz precisa ser um crucificado! Como proclamar um salvador e uma salvação, que sem isso seja uma verdade na vida do arauto? “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado” (1 Co 9.27). Jesus era terminantemente contrário a um estilo de vida onde a crença e a prática não fossem coerentes. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós” (Mt 23.15). Estamos na Nova Aliança, mas Deus ainda é o mesmo e assim será para sempre e sempre!
Pai, obrigado por nos chamar para o serviço, mas principalmente para ser parte da família de Deus, através da obra redentora realizada por Cristo Jesus, lá na cruz. Somos gratos pela salvação pela fé em Cristo e pela vocação ministerial, mas nada pode estar acima da comunhão espiritual contigo. Agradecidos somos, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason