Meditação do dia: 05/04/2022
“Então Zípora tomou uma pedra aguda, e circuncidou o prepúcio de seu filho, e lançou-o a seus pés, e disse: Certamente me és um esposo sanguinário.” (Êx 4.25)
A fé e a Família –Homens e mulheres tem visões diferentes da vida. A constituição de cada um aponta para isso, e não há nada de errado nisso. São seres complementares, onde um completa, apoia e sustenta o outro para uma verdadeira parceria de sucesso. É, contudo necessário afinidade e para isso o tempo de convivência é muito importante. Quando se trata de casal, família, então se constrói uma verdadeira fortaleza, difícil de ser dominada, ou se torna um amontoado de pedras, que pouco ajuda em termos de proteção. Olhamos para o Jardim do Éden e percebemos que uma ordem de muita importância não foi seguida, o que causou a mudança de rumo de toda a humanidade. Não se trata de atribuir culpa a esse ou aquele, mas só haviam duas pessoas e ambas estavam instruídas quanto ao que fazer ou não fazer. Ainda que em tom de jocosidade, se queira atribui a responsabilidade em Eva, ou em Adão porque não observou as amizades e os relacionamentos que a mulher estava cultivando, o resultado daria no mesmo, porque ambos eram responsáveis. Se duas pessoas estiverem num barco, remando longe da margem e surgir um perigo e começarem a discutir e discordar sobre que direção remar, ou um desistir de remar e naufragarem, de quem é a responsabilidade? Mortos não tem culpa e nem responsabilidades, são apenas mortos. “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16,17). Morreram mesmo! Abraão e Sara tinha dificuldades para terem filhos, tentaram fabricar resultados, mas alcançaram a promessa. Isaque e Rebeca tinham opiniões diferentes sobre os filhos e cada um preferia o outro filho e se viveram praticamente privados dos dois filhos grande parte de suas vidas. Jacó e suas amadas Lia e Raquel tiveram seus dramas familiares também. Um excelente exemplo veio de José e Maria, que encararam o mistério da concepção e encarnação de Cristo e a despeito dos costumes e cultura dos seus dias, José foi obediente a revelação divina e fez um bom trabalho. Aqui estamos vendo Moisés e Zípora tendo que acertar as pontas devido a ideia que ela tinha sobre a circuncisão dos filhos. Normalmente aspectos culturais de outros povos, não tem muito peso em terras estranhas, e quando a família é formada por diferentes culturas, isso acaba aparecendo. Para Moisés era uma questão de fé e compromisso eterno do seu povo. Para Zípora, aquilo parecia apenas um costume sangrento, que não fazia tanto sentido. Aqui, podemos aprender a importância dos valores da fé. Deus não dá ordens absurdas ou impossíveis de serem praticadas e muito menos requer coisas sem sentido como atos de adoração e obediência. Podemos não entender à princípio, mas precisamos acreditar na veracidade das intenções de Deus, assim a nossa fé não corre risco de solapar. Desconfiar do caráter de Deus é um risco muito grande que nenhum adorador pode desejar correr. Por isso somos desafiados a andar e viver pela fé.
Senhor, nos te adoramos como o Deus Todo-Poderoso, santo e justo em todos os teus caminhos. Agradecemos o amor demonstrado por nós e lá na cruz, em Jesus fizestes o mais importante para nos ter em comunhão e legitimamente em tua família. Pedimos por sabedoria e discernimento espiritual para compreendermos os mistérios da fé e servir de todo o coração sem reservas, em todo tempo. Obrigado, em nome de Jesus, amém.
Pr Jason