Meditação do dia: 16/11/2022
“Porém se algum estrangeiro se hospedar contigo e quiser celebrar a páscoa ao Senhor, seja-lhe circuncidado todo o homem, e então chegará a celebrá-la, e será como o natural da terra; mas nenhum incircunciso comerá dela.” (Ex 12.48)
Lidando com as exceções – Toda regra tem suas exceções, afirma a sabedoria popular, na verdade é o dilema dos paradoxos da filosofia; querendo dizer que tudo que ocorre, não ocorre sempre. Quando lidamos com verdades espirituais cujas origens vem de palavras divinas e nesse caso, sendo ele, eterno, imutável e conhecedor de todas as coisas, incluindo todas as possibilidades, ainda assim encontramos a sua permissão para ajudar os homens em suas ambiguidades, limitações e fraquezas. Assim, o benefício é favorável ao ser humano. Aqui estamos tratando da celebração da Páscoa e era a primeira vez que essa celebração ocorria e suas prescrições estavam sendo ditas agora e já antecipando os casos de exceções que poderiam ocorrer já nessa vez ou nas próximas vezes. Entre os israelitas que estavam se aprontando para partir em direção à Canaã, e já haviam recebido as instruções da celebração da páscoa, bem que poderia acontecer de algum estrangeiro, que sendo amigo da família, estava também com intenção de viajar junto com eles, e também queria estar sob a proteção oferecida por Deus às famílias israelitas através da aspersão do sangue do cordeiro pascoal, aplicado nos umbrais das portas. Sendo essa pessoa estrangeira, ela desejava participar e poderia, desde que assumisse a responsabilidade de cumprir as determinações dadas por Deus; no caso, teriam que se circuncidar, alcançando assim um status semelhante ao dos hebreus naturais. A circuncisão era um pacto celebrado entre Deus e Abraão e seus descendentes por todas as gerações. Essa pessoa estaria então assimilando a aliança de Deus com seu povo. Simbolicamente, a circuncisão para os hebreus, era uma afirmação de fé e obediência à Palavra e ao pacto dele com esse povo. Fisicamente, uma pequena cirurgia marcava o cumprimento do ritual, mas a validade mesmo estava na atitude de fé, que só pode ser visto e medito pela atitude dos corações. “Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus” (Rm 2.28,29). Escrevendo aos filipenses, o apóstolo Paulo foi ainda mais incisivo sobre o mesmo tema: “Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.” (Fp 3.3). Ninguém então estão desconvidado ou impedido de celebrar sua fé diante de Deus. Estando ela interessada em participar, ela é acolhida e estimulada a servir a Deus igualmente a todos os demais, mas deve submeter-se à verdade de Deus. Não se pode servir a Deus nos próprios termos, cada um fazer a sua regra e desconsiderar a sabedoria e a revelação do Senhor. Sempre foi assim e sempre será assim.
Obrigado Pai, por nos convidar a participar da tua mesa e das tuas provisões abençoadoras. Nossas vidas são redimidas com base no sacrifício que o Senhor Jesus fez lá na cruz. Somos nós, os pecadores que estávamos perdidos e fomos encontrados por ti e assim, podemos nos submeter às tuas regras, leis e estatutos, porque o Senhor é justo em tudo que faz e igualmente santo. Oramos agradecidos em nome de Jesus, amém.
Pr Jason