Meditação do dia 11/08/2017
Zc 2.5 – “Pois eu, diz o Senhor, serei para ela um muro de fogo em redor, e para glória estarei no meio dela.”
Diferença de mentalidade – Somos um povo jovem, como nação, é claro, faz pouco tempo que alcançamos a marca de quinhentos anos e isso em termos de povos e culturas é realmente pouco tempo. Os israelitas, que são nossa referencia de fé e raiz de nossa relação espiritual com Deus e sua palavra, já contam com milhares de anos, pois suas raízes podem ser identificadas em Ur dos caldeus, pouco tempo depois do dilúvio. Um povo moldado em sua forma de pensar à milhares de anos, com experiências vastas superarem conflitos, dilemas, catástrofes, guerras e conflitos tribais, diversas tentativas de extermínio, tem realmente fortes bases para resistir e permanecer mesmo diante de ameaças de inimigos bem maiores e mais bem equipados; eles já passaram por isso, diversas vezes. Estou próximo de chegar aos sessenta anos, e nem chega a ser mais um ancião, pois a longevidade nos dias atuais empurra isso bem mais para frente; mas o que quero dizer com isso, é que nesses poucos dias de vida, já vi muitas crises no Brasil, mudanças de regime de governo, constituição e nada ficou pronto e não ficará e nem eu, um simples cidadão e nem os especialistas vêem qualquer cenário bom e permanente pelos próximos anos à frente. Isso praticamente cria no povo uma mentalidade de imediatismo, que os leva a viver e traçar planos apenas para os seus dias e se der, para ajudar os filhos… isso é muito pouco e se comparando com o padrão bíblico, se passa até por heresia. O cristão tem vida eterna, é cidadão de um reino eterno, a Palavra de Deus que norteia sua vida é eterna, infalível, imutável, mas progressista e sempre atual. As promessas divinas sobre as quais construímos, são duradouras, de geração em geração, espiritualmente vislumbramos bens maiores e mais permanentes do que os terrenos. Viver assim com duas mentalidades, uma imediatista, supérflua e instável, e ao mesmo tempo com valores eternos, firmes, imutáveis, acaba por tornar a pessoa um tanto improdutiva nas duas esferas. Não me surpreende que muitas pessoas pregam, e outras creem num tipo de vida em Deus, apenas um pouco melhor do que a vida terrena atual, para essas pessoas, qualquer coisa melhor que isso, já é um avanço, uma conquista e bom demais; chagamos ao ridículo de ver pessoas que imaginam, que simplesmente “entrar no céu” mesmo sem galardão, recompensa, já vale a pena. O povo hebreu contemporâneo de Zacarias, estavam findando um tempo de cativeiro, mas ainda no cativeiro, mas já vislumbravam promessas de um futuro distante, mas real para eles, como descrito no texto de hoje. Jerusalém estava um montão de escombros e ruínas e eles regozijando com palavras proféticas de cidade cheia de vida e segurança, pois para eles cidade sem muros, seria o cúmulo da tranquilidade e com uma porção de glória divina no interior dela. Hoje, Jerusalém ainda não está como descrito nessa profecia, mas eles sabiam e sabem que virá a ser assim, porque quem disse é fiel. Eles não construíam casas, empresas, projetos de vida para uma geração ou duas, mas visavam gerações e gerações à frente. Produziam e produzem riquezas e tesouros para a nação, o povo, a cultura, porque viverão para sempre. Aqui, o adolescente já está revoltado com o governo porque tá mexendo na sua aposentadoria… com sua estabilidade… os pastores e igrejas fazem ministérios para seu tempo, pois quando eles morrerem, terão que enterrar pastor e igreja juntos, afinal… “será que existe vida depois de mim?” se autointerrogam!
Senhor, precisamos de revelação sobre o sentido de palavras como “eterno, para sempre, de geração em geração…” Revela-te a nós, para vermos além dos nossos olhares físicos e materiais e contemplarmos a vida com a tua sabedoria e o teu ponto de vista; Salomão disse que puseste a eternidade no coração do homem… quem bom!
Em nome de Jesus, amém.
Pr Jason