Fizeram Como Ordenado

Meditação do dia: 19/11/2022

“E todos os filhos de Israel o fizeram; como o Senhor ordenara a Moisés e a Arão, assim fizeram.” (Ex 12.50)

Fizeram Como Ordenado “Gostei de ver! É assim que se faz! Estão de parabéns e continuem assim!” Sem querer correr o risco de ser herético ao acrescentar algo às Escrituras, mas essas palavras iniciais, bem que poderiam ser atribuídas no texto bíblico em menção honrosa aos israelitas. Para nós, que estudamos as Escrituras com propósitos de aprender, edificar e crescermos na comunhão com Deus, é muito gratificante ver quando as pessoas fazem as coisas exatamente como lhes fora ordenado por Deus, quer diretamente, ou por meio de mensageiros e servos, que lhe representem. Era uma cerimonia solene, importante, cheia de significados e não observância de alguma parte ou instrução, poderia acarretar até mesmo a morte de alguma pessoa; mas deu tudo certo, porque todos, em todos os níveis de conhecimento, experiencias, capacidades ou a falta delas, se esforçaram e agiram com determinação e obediência. A motivação foi grande, tanto de celebrar, como de obedecer as instruções e ver o agir do Senhor, ainda no meio da noite, fazendo com que todos os lares israelitas estivessem seguros, em paz e comunhão com Deus, mas também entre as famílias, reunidas para uma refeição especial, a primeira de muitas de sua história, que seria perpetuadas para sempre. Historicamente era uma data super especial; espiritualmente era o grande dia da libertação do povo, com a consequente jornada sendo iniciada ainda de noite, com escuro, sem perda de tempo. Estamos falando de fazer a obra de Deus; qualquer que seja ela, no entendimento de cada um dos filhos de Deus, é necessário fazer plenamente e com toda obediência aos detalhes que podem não ser claros para a mente e a vontade humana, mas podem ser límpidos e cristalinos para a fé, no coração de cada um. A nossa confiança no caráter de Deus, não deixa dúvidas de que Ele merece nossa cooperação. Deus se basta a si mesmo; mas ainda assim, escolhe contar conosco em parcerias muito importantes para a consecução de sua vontade. O privilégio é nosso! Isso deve ser acolhido com alegria e reverencia, porque é graça imerecida e agradar a Deus é muito bom! “Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração” (Sl 40.8).

Senhor Jesus, embora essas palavras do Salmo digam respeito profeticamente ao Senhor, elas também fazem a alegria dos nossos corações, quando conseguimos agradar ao Pai em tudo, porque Ele merece, é digno e podemos trabalhar para lhe ser agradável. Graças te rendemos e bendizemos o teu nome, por tua obra perfeita e completa lá na cruz e através da graça do Pai e da ação poderosa do Espírito Santo, os pecadores se convertem a ti e o Evangelho cumpre o seu papel. Te agradecemos, te coração, amém.

Pr Jason

Naturais e Estrangeiros

Meditação do dia: 18/11/2022

“Uma mesma lei haja para o natural e para o estrangeiro que peregrinar entre vós.” (Ex 12.49)

Naturais e Estrangeiros – Determinados textos da Bíblia nos remete de imediato a outros e à verdades que passam quase que desapercebidos em nossas rotinas de leitura e estudos, mas quando paramos para apreciar as pequenas porções, nos deparamos com essas partes deveras interessantes e edificantes. Nada na Bíblia e por acaso ou acidente de percurso. Quase sempre olhamos para as coisas com um olhar micro, reducionista, mais focado no agora, no perto e que nos diz respeito ou temos interesse no momento. Deus, é claro não tem esse problema, e contempla tudo por todos os ângulos simultaneamente, de modo que nada lhe escapa ou deixa de ser cuidado. Deus ama todas as pessoas, porque todas elas foram criadas por ele e são sustentadas por sua graça e poder; ele tem propósitos para com cada uma individualmente, seu foco de amor é personalizado, e ninguém está fora do seu campo de visão e ação. Somos nós, humanos, que setorizamos as coisas e tentamos enquadrar até mesmo a Deus em nossas caixinhas ou quadrados. Colocamos rótulos e marcas em quem entendemos pertencer a Deus e esses são privilegiados; temos os que são próximos de Deus e da verdade, eles “podem” ser abençoados, mas não tanto quanto… tem os que dizemos que Deus tolera e os que ele suporta e aqueles que à nosso ver, estão totalmente fora do esquema. Isso não tem muito de verdade, é mais uma visão distorcida da verdade e de como Deus lida com povos e nações. Deus ama e quer o bem de todos e o pecado é um mal generalizado que não faz bem a ninguém e a nenhum povo, tribo ou nação. “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.26-28). Cristo é um fator nivelador, que recebe a todos os homens na condição de pecadores perdidos e se apresenta como substituto para suas condenações e oferece a sua justiça, para que todos possam ser aceitos diante de Deus Pai, em igualdade de condições. Aos Colossenses, Paulo repete essas citações, e enriquece o nosso conhecimento. “Onde não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo, e em todos” (Cl 3.11). Ao celebrar a Páscoa lá no velho Egito e posteriormente, as pessoas fora do círculo hebraico, foram contemplados, porque o amor e a graça salvadora está disponível a todos e em qualquer tempo e lugar. Deus não leva em conta o passado e aceita o arrependimento e a conversão de todos em todo lugar. “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (At 17.30,31). Todos podem celebrar a festa do Senhor!!

Obrigado, Pai amado, por nos aceitar em Cristo, que ao se oferecer lá na cruz removeu as barreiras que nos separava de ti pelos nossos pecados e também nos separava uns dos outros; agora podemos amar e ser amados, porque a graça do Senhor nos acolheu e podemos recomeçar com uma nova vida, totalmente transformada. Amém!!

Pr Jason

Lidando Com Exceções

Meditação do dia: 16/11/2022

“Porém se algum estrangeiro se hospedar contigo e quiser celebrar a páscoa ao Senhor, seja-lhe circuncidado todo o homem, e então chegará a celebrá-la, e será como o natural da terra; mas nenhum incircunciso comerá dela.” (Ex 12.48)

Lidando com as exceções – Toda regra tem suas exceções, afirma a sabedoria popular, na verdade é o dilema dos paradoxos da filosofia; querendo dizer que tudo que ocorre, não ocorre sempre. Quando lidamos com verdades espirituais cujas origens vem de palavras divinas e nesse caso, sendo ele, eterno, imutável e conhecedor de todas as coisas, incluindo todas as possibilidades, ainda assim encontramos a sua permissão para ajudar os homens em suas ambiguidades, limitações e fraquezas. Assim, o benefício é favorável ao ser humano. Aqui estamos tratando da celebração da Páscoa e era a primeira vez que essa celebração ocorria e suas prescrições estavam sendo ditas agora e já antecipando os casos de exceções que poderiam ocorrer já nessa vez ou nas próximas vezes. Entre os israelitas que estavam se aprontando para partir em direção à Canaã, e já haviam recebido as instruções da celebração da páscoa, bem que poderia acontecer de algum estrangeiro, que sendo amigo da família, estava também com intenção de viajar junto com eles, e também queria estar sob a proteção oferecida por Deus às famílias israelitas através da aspersão do sangue do cordeiro pascoal, aplicado nos umbrais das portas. Sendo essa pessoa estrangeira, ela desejava participar e poderia, desde que assumisse a responsabilidade de cumprir as determinações dadas por Deus; no caso, teriam que se circuncidar, alcançando assim um status semelhante ao dos hebreus naturais. A circuncisão era um pacto celebrado entre Deus e Abraão e seus descendentes por todas as gerações. Essa pessoa estaria então assimilando a aliança de Deus com seu povo. Simbolicamente, a circuncisão para os hebreus, era uma afirmação de fé e obediência à Palavra e ao pacto dele com esse povo. Fisicamente, uma pequena cirurgia marcava o cumprimento do ritual, mas a validade mesmo estava na atitude de fé, que só pode ser visto e medito pela atitude dos corações. “Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus (Rm 2.28,29). Escrevendo aos filipenses, o apóstolo Paulo foi ainda mais incisivo sobre o mesmo tema: “Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne.” (Fp 3.3). Ninguém então estão desconvidado ou impedido de celebrar sua fé diante de Deus. Estando ela interessada em participar, ela é acolhida e estimulada a servir a Deus igualmente a todos os demais, mas deve submeter-se à verdade de Deus. Não se pode servir a Deus nos próprios termos, cada um fazer a sua regra e desconsiderar a sabedoria e a revelação do Senhor. Sempre foi assim e sempre será assim.

Obrigado Pai, por nos convidar a participar da tua mesa e das tuas provisões abençoadoras. Nossas vidas são redimidas com base no sacrifício que o Senhor Jesus fez lá na cruz. Somos nós, os pecadores que estávamos perdidos e fomos encontrados por ti e assim, podemos nos submeter às tuas regras, leis e estatutos, porque o Senhor é justo em tudo que faz e igualmente santo. Oramos agradecidos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Toda a Congregação

Meditação do dia: 16/11/2022

“Toda a congregação de Israel o fará.” (Ex 12.47)

Toda a Congregação – Uma festa cheia de simbologismo e importância para a fé daquelas pessoas, ainda que no momento não tivessem todo o entendimento do que significava cada um daqueles muitos detalhes. A fé era o elemento mais importante. Fé na Palavra de Deus enviada a eles sobre a razão de porque deveriam fazer aquela celebração naqueles moldes. O passar dos tempos, a repetição anual e as explicações que sempre teriam que dar aos filhos quando lhes ensinavam a fazer a celebração, iam sedimentando a verdade nos seus corações. Nossa crença e nossa prática está fundamentada sobre fatos muito sólidos, como a fidelidade de Deus, sua imutabilidade e  seu amor sem medidas. Intelectualmente não sabemos tudo, não entendemos tudo e com toda certeza, estamos longe de chegar na plenitude desse conhecimento. Contudo, nossa fé nos dá as bases para sabermos o suficiente para nossa devoção sincera, à medida que crescemos na intimidade com Deus, vamos alcançando mais luz e novas verdades vão se descortinando para nós. Não sabemos tudo, mas sabemos o suficiente para nos guardar o coração e nos permitir andar com Deus e servi-lo de coração e alma. Mas hoje, destaco o fato  de que essa celebração da páscoa, era algo compulsório, ou seja, era obrigatório para todos os hebreus, toda a congregação do Senhor teria que celebrar, na mesma data, com os mesmos ingredientes e seguir as mesmas instruções. A cabeça das pessoas no século vinte e um, aqui no ocidente, está formatada para não acolher e não abraçar nada que lhe seja imposto como uma obrigação. Somos a civilização que busca a independência e a sua própria direção, mesmo que isso tenha nos levado para abismos cada vez maiores e nos distanciado cada vez mais do ponto de partida, de onde nunca o homem deveria ter saído. Mesmo na igreja do Senhor Jesus, onde a obediência é companheira fiel da fé, a observância do ritual da Ceia do Senhor, não exerce uma solenidade e uma devoção tão fiel aos preceitos passados por Cristo. A idéia da contextualização acaba trazendo consigo desvios do mandamento original, para prejuízo da fé e da prática de algo tão sagrado. Mesmo a quantidade de pessoas, membros de uma igreja local que comparecem nos cultos quando é celebrada a ceia, não representa a totalidade da congregação do Senhor, como fora ordenado para Moisés e os israelitas no início do Êxodo. Nossa fé, porém nos leva a alimentar a esperança de ver dias melhores e mais comprometimentos com as causas da fé.

Senhor, agradecemos o privilégio de sermos a congregação do Senhor, vivendo a história do povo de Deus, como igreja militante. Reconhecemos a obra realizada por Cristo lá na cruz e os benefícios que isso trás para nós. comparecemos diante do Senhor com alegria em nossos corações para celebrar a Ceia do Senhor, onde recebemos o pão e o cálice como memoriais daquilo que Jesus fez, ao dar sua vida por nós. reafirmamos a nossa participação na Nova Aliança, aguardando a volta do Senhor Jesus, para então celebrarmos novamente com o Senhor na direção dos trabalhos, na casa do Pai. Louvado Seja o Senhor, Todo-Poderoso. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Não Quebrar Osso

Meditação do dia: 15/11/2022

“Numa casa se comerá; não levarás daquela carne fora da casa, nem dela quebrareis osso.” (Ex 12.46)

Não Quebrar Osso – Nessa meditação que empreendemos, acabamos por fazer uma trilogia dentro do mesmo versículo. Isso não é devido a criatividade e largueza de recursos do escritor, mas a bondade de Deus em nos ensinar através dos detalhes, e o desejo de ver o progresso dos irmãos em aspectos simbólicos que aqueles antigos hebreus experimentaram e que para nós, na Nova Aliança, tem um peso muito grande e uma reverencia santa pela significação na Ceia do Senhor. Fazemos sempre uma boa ligação entre a Páscoa judaica e a Ceia do Senhor, entendendo que em Cristo se cumpriram todos os simbolismos que apontavam para o redentor e a redenção. Quando Jesus Cristo foi crucificado e morto, em seguida as autoridades liberaram os corpos para serem removidas das cruzes e os soldados quebraram as pernas dos outros dois crucificados, mas em relação a Jesus, eles não fizeram isso e a explicação do evangelista, é que não foi um ato de piedade ou conveniência, mas cumprimento das Escrituras; que maravilha!! “Foram, pois, os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que como ele fora crucificado; mas, vindo a Jesus, e vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas. Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro; e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o creiais. Porque isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado (Jo 19.32-36). Amo essa passagem das Escrituras, sobre Jesus não ter ossos quebrados, porque certifica a veracidade das revelações divinas e a preciosidade das nossas sagradas Escrituras. Quando celebramos a Ceia do Senhor, o ensino apostólico é que aquele pão representa o Corpo de Cristo, do qual todos participamos de um único pão, porque há um único corpo com muitos membros e diversas funções. “Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito” (1 Co 12.12,13). É por isso que há uma grande necessidade de discernir o Corpo do qual fazemos parte, evitando assim incorrermos em problemas em vez de sermos abençoados. “Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor” (1 Co 11.29). Não quebrar osso algum, nos fala de evitarmos fraturas na comunhão através de promover ou aceitar divergências ruins, rachas e segregações dentro do Corpo de Cristo. O cordeiro da páscoa não pode ter ossos quebrados, e isso só pode ser feito ou evitado por quem celebra e participa. É nossa responsabilidade observar atentamente todas as recomendações.

Senhor nosso Deus e Pai, agradecemos o sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo, que se entregou por nossos pecados e ressuscitou para nossa salvação. Aceitamos e recebemos como a solução divina para o maior problema humano e estamos cientes que o sacrifício foi perfeito, completo, bastante e suficiente para quitar a dívida e promover a redenção de todo aquele que crer. Eu creio, nós cremos e abraçamos essa fé. Apresentamos aqui a nossa gratidão e o nosso louvor pelo que fizeste por nós. oramos em nome de Jesus, amém!!!

Pr Jason

Não Leve Para Fora de Casa

Meditação do dia: 14/11/2022

“Numa casa se comerá; não levarás daquela carne fora da casa, nem dela quebrareis osso.” (Ex 12.46)

Não Leve Para Fora de Casa – Estamos seguindo na meditação sobre a celebração da páscoa, entre os hebreus lá no Egito ainda, antes de partirem para a Terra Prometida. Estamos focando nos aspectos simples, mas significativos da prática daquela fé. Ontem vimos que ele deveria ser celebrada numa casa de família e o que isso significava e como isso pode ser aplicado a nós, como igreja nos dias atuais. Há uma diferença considerável na celebração de algo numa casa, em família e a mesma coisa sendo realizada num templo para uma comunidade maior num âmbito coletivo. Hoje, destacamos o fato de que nada daqueles ingredientes da páscoa poderia ser levado para fora de casa. Por que Deus, daria uma ordem que não tem a menor importância de for feita assim ou de outro modo? Se Deus diz que determinado detalhe é importante e deve ser observado, é bom prestarmos atenção, ainda que não tenhamos ainda alcançado entendimento daquilo, devemos primar pela obediência. A páscoa, deveria ser celebrada em família, na casa da família, onde apenas eles ou algum servo adquirido e circuncidado, poderia ter a permissão de participar. Levar algo para fora era vedado. Podemos pensar, talvez num paralelo social que acontece na cultura brasileira, onde as pessoas vão a uma festa ou celebração, onde há bastante comida e ao final, querem levar alguma coisa para alguém da família, que não veio e gosta muito daquilo. Há situações em que isso é levado à extremos, à ponto de causar mal estar social. Aquela celebração, estava prevista, e nos últimos quatro dias, desde o dia dez, o cordeiro já havia sido separado e estava guardado em casa, sendo cuidado e alimentado pela família. Todos da família estavam sendo preparados para aquele dia e para aquela celebração. Qual seria então a razão de levar algo para fora de casa? Seria para compartilhar com alguém, que não veio, e não se aprontou a tempo? De qualquer forma isso estava fora de questão. A celebração deveria ter um caráter intimista, reservado, exclusivamente para aquela família. A prescrição dizia que caso uma família fosse muito pequena para consumir um cordeiro numa única refeição, ela deveria convidar outra família e celebrarem juntos, mas dentro de casa, onde a comunhão estava representada pela união das duas famílias e ainda assim, ao terminar, não se poderia levar “as sobras” para um reaproveitamento. Considero muito significativo, entender que a celebração da páscoa deve ser feita de uma única vez, dentro de casa, em família e ali, se inicia e se finaliza a refeição que marca a substituição do primogênito pelo cordeiro imolado e também se abre a passagem para uma nova vida, começando uma jornada em direção às promessas de Deus, que eram conhecidas e apreciadas, mas estavam longe do alcance e agora se concretizavam. A apropriação dos benefícios do sacrifício da nossa páscoa, agora a Ceia do Senhor, ainda é para a família, em intimidade e simplicidade; não levamos para fora nada daquilo que Cristo fez por nós e é para nós. A mensagem que temos para compartilhar convida as pessoas a se tornarem parte da família e então celebrar também. Deve haver uma identificação muito profunda entre o participante e aquele cordeiro substitutivo, ainda que na simplicidade da família de cada um.

Senhor, obrigado por vir até nós em humanidade e identificar-se com a nossa condição, para efetuar um sacrifício real e verdadeiro, que nos permite aproximar dos planos e propósitos eternos do Pai, para toda a família. Reconhecemos que precisamos de ajuda para entender e assimilar as verdades espirituais com o coração e não só com o entendimento racional. Obrigado, Senhor Jesus, por ser o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo e assim, nos alcançou para Deus. Em teu nome oramos, amém.

Pr Jason

Numa Casa

Meditação do dia: 13/11/2022

“Numa casa se comerá; não levarás daquela carne fora da casa, nem dela quebrareis osso.” (Ex 12.46)

Numa Casa – As aplicações das lições e ensinamentos simbolizados pela celebração da páscoa, como originalmente foi instituída por Deus, são muito ricas e significativas para o povo de Deus, a igreja e os muitos aspectos da obra da redenção efetuada por Cristo em sua vida, sofrimento, morte, ressurreição e glorificação. Precisamos de mais simplicidade de coração do que refino intelectual para apropriarmos das bênçãos do aprendizado. Sabemos que o conhecimento espiritual verdadeiro, vem de Deus e só pode ser acessado pelo elemento humano, através da revelação divina no espírito humano. Verdades espirituais só são assimiladas à nível de espírito e sendo assim, só mesmo sendo uma pessoa espiritual, se chega a esse conhecimento. “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido” (1 Co 2.10,14,15). Espero que tirem bom proveito dessas verdades que estão nas Escrituras e o próprio Espírito Santo pode trabalha-las na vida de cada um que se dedica com fé e piedade no coração, para agradar a Deus e crescer em sua jornada com Deus. Um aspecto muito simples da celebração da páscoa que abordaremos hoje, é o fato dela ter que ser comida em casa, na casa da família. A simplicidade de uma casa é contrastante em relação a um templo, santuário ou qualquer edifício oficial de culto. Nestes, as celebrações são massivas, coletivas, uniformizadas e metódicas. No lar, cada uma casa de família é distinta da outra, ainda mesmo que sejam conjuntos habitacionais, feitos com uma mesma planta para todas as unidades. Quando se entra na casa, ali aparece os traços da personalidade, do caráter, da criatividade, zelo e piedade de cada um, ou a falta desses elementos. Ainda que haja uma liturgia ensinada para todos, mas em casa, isso toma a forma dos traços de cada um. A fé de cada pessoa, de cada família é distinta na mesma celebração, com os mesmos elementos. Deus instituiu para que cada um pudesse participar como celebração, absorvendo os significados e recebendo as bênçãos de ser parte do povo de Deus. Nos templos, os sacerdotes oferecem uma liturgia profissional, rituais pasteurizados, que podem ser lindos e representativos, mas com o passar do tempo, são meros rituais decorados e até recebidos com negligencia e o elemento fé já não está mais presente. Como é a prática da fé na sua casa, com sua família, no particular, sem a presença e a influencia dos sacerdotes oficiais? Deus ainda é o centro? A Palavra ainda é poderoso e determinante? Todos os membros da família participam e comungam com alegria e expressam o desejo de fazer isso de geração em geração? A Ceia do Senhor, veio para a igreja, substituindo a páscoa judaica, mas não pode perder a sua essência!

Senhor, que a tua graça nos capacite a dizer como Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor!” ou como Paulo pregou ao carcereiro da cidade de Filipos: “Creia no Senhor Jesus e será salvo, tu e a tua casa!” Permita, que tenhamos uma nova revelação da riqueza da tua graça, oferecida em Cristo Jesus no seu sacrifício lá na cruz. Queremos celebrar nossa fé, em casa, dentro de casa, em família, todos na bênção do Senhor. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

A Páscoa do Senhor

Meditação do dia: 12/11/2022

“Disse mais o Senhor a Moisés e a Arão: Esta é a ordenança da páscoa: nenhum filho do estrangeiro comerá dela. Porém todo o servo comprado por dinheiro, depois que o houveres circuncidado, então comerá dela. O estrangeiro e o assalariado não comerão dela.” (Ex 12.43-45)

A Páscoa do Senhor – O apóstolo Paulo chamou a Cristo de “nossa páscoa” e ele estava se referindo a necessidade de tomada de posição ao lado da verdade e da sinceridade, afastando do pecado a vida que já pertence a Deus. “Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co 5.7). Estou concentrando a minha atenção no assunto que se refere a fazer as coisas de Deus da maneira que ele instruiu. A tendência humana é progredir e desenvolver novidades, novas tecnologias e facilitar os processos e otimizar o trabalho. Ninguém é contra o progresso, afinal foi o próprio Criador que nos fez com capacidades e criatividade, justamente para crescer e se multiplicar e encher a terra. É Ele quem dá sabedoria ao sábio e entendimento ao entendido… “E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz (Dn 2.21,22). Porém, há procedimentos, rituais, atos de fé e culto, que são princípios eternos e simbolizam ou representam aspectos dos eternos propósitos divinos para a redenção e o serviço a Ele. Nesses casos, não há inovação permitida ou alteração do original dito por Deus e as adaptações para comodidade e conveniência humana. Assim foi que Deus disse a Moisés que instruísse os israelitas sobre o sacrifício da páscoa. Era uma festa, uma celebração, sim, mas cercada de mistérios da fé. A Páscoa representava bem mais do que a imaginação humana seria capaz de entender naquela época. Sabemos que a revelação de Deus à humanidade, ela foi progressiva, porque à medida que se aproximava o advento do Messias, maiores eram os esclarecimentos dados e os pormenores que  tornava o entendimento algo compreensivo mas sem se descaracterizar. Lembramos que aprendemos que o mundo passa, as coisas do mundo não são eternas, porque elas seguem os padrões e valores dos homens e suas culturas, que se alteram geração após geração, devido a suas próprias imperfeições. No meio de tudo isso está a perenidade da graça e da verdade de Deus. Muitas coisas, podemos dizer, que “o ouro é de Deus, mas a forma é humana.” Uma barra de ouro, pode ser mais larga ou estreita, alta ou baixa, comprida ou curta, quadrada o cilíndrica… esses formatos não alteram a característica do elemento ouro. Assim, a verdade de Deus pode ser representada de diversas formas, em diversas culturas, mas a essência não pode ser alterada. No texto de hoje observamos: 1. Filho de estrangeiro; 2. Estrangeiro; 3. Assalariado – não poderiam participar da celebração da Páscoa. Porém, um servo, COMPRADO, circuncidado, poderia participar. A significação dessas condições sociais não é discriminação, xenofobia ou outras esquisitices dos nossos dias. Trazendo isso, para dentro do contexto de agora somos como igreja, o povo de Deus e somos as testemunhas de Deus, como esses ensinos são aplicados? O que é contextualização e o que é modernismo humanístico? O que difere inclusão de exclusão?  O que é espiritual e o que é religioso? O que é bíblico e o que é gospel?

Senhor, buscamos por discernimento e sabedoria para sermos fiéis e constantes no temor do Senhor e não fazermos nada por nós mesmos e assim desvirtuarmos a verdade revelada nas Escrituras. Te amamos e somos o teu povo, comprometidos com o testemunho da verdade e do amor sacrificial do Senhor Jesus, para a redenção humana, como dizem as Sagradas Escrituras. Oramos por essa sabedoria e esse discernimento, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

A Noite do Senhor

Meditação do dia: 11/11/2022

“Esta noite se guardará ao Senhor, porque nela os tirou da terra do Egito; esta é a noite do Senhor, que devem guardar todos os filhos de Israel nas suas gerações.” (Ex 12.42)

A Noite do Senhor – Todos nós temos um dia ou uma data marcante e até mesmo uma coleção delas: dia do aniversário; dia Formatura; dia do casamento; nascimento dos filhos/netos; Primeiro emprego etc. eu incluo ainda o dia da minha conversão, esse dia foi marcante para mim, pois foi ali que a vida começou de verdade. Para nós, pastores, o dia da ordenação também é muito significativo; enfim, viva as datas boas de serem comemoradas! A história do povo de Deus, ou a nação de Israel está estreitamente relacionada com a comunhão com Deus e o cumprimento de suas promessas. Desde que o Senhor chamou a Abraão para uma vida diferente, em lugar distante de suas raízes, até o dia em que oficialmente seus descendentes saíram do Egito, sob a liderança de Moisés e Arão, a história contada tem em Deus as partes principais. Pensando exclusivamente naquela noite, dia catorze de Abibe, o primeiro mês do calendário israelita, foi de fato muito marcante. Os preparativos iniciaram no dia dez quando separaram um cordeiro ou cabrito para ser imolado na tarde do décimo quarto dia, quando o sangue seria passado nos umbrais das portas de cada casa, de cada família, para serem protegidos do destruidor que passaria à meia noite. Fora um dia de muita expectativa e atividades, onde todos deveriam e estavam dentro de casa após o anoitecer. A primeira páscoa ninguém esquece! De fato o ritual de comer uma refeição em família, com pães sem fermento, acompanhado de ervas amargas, todos vestidos e calçados, prontos para viajar = e quem iria viajar de noite? Tudo mudou como profetizado por Moisés e acatado por todos, pois exatamente  como fora lhes dito, à meia noite uma força destruidora passou por todo o Egito e simultaneamente morreu o filho mais velho de cada família do Egito inteiro, onde o sangue do cordeiro não havia sido aplicado. Faraó também foi surpreendido, porque ele não acreditava que tamanha calamidade poderia acontecer, mas aconteceu e agora ele agiu muito rápido. Enviou mensageiros à Moisés e ordenou que saíssem imediatamente, com todas as pessoas, todos os animais e quaisquer posses que porventura tivessem. Essa se tornou a noite do Senhor, a noite em que ele operou poderosamente em favor dos seus filhos e contra os seus opositores. Numa noite nasceu uma nação! Todos os anos ao celebrar a Páscoa, não tinham como não relembrarem o livramento e a libertação. Isso seria lembrado por todas as gerações, e com certeza os modernos ou atuais israelitas fazem isso anualmente, geração após geração. Afinal, essa noite é a noite do Senhor!

Senhor, graças te damos por cada uma das muitas promessas contidas em tua Palavra, nós as reconhecemos e louvamos por cada uma delas. Hoje, a salvação e a graça do Senhor estão disponíveis a todos, universalmente devido ao sacrifício de Jesus Cristo lá na cruz do Calvário. Nunca esqueceremos isso, até porque todas as vezes que celebramos a Ceia do Senhor, relembramos em memória a sua morte e ressurreição, com a promessa de voltar para nos levar para estar na eternidade com o Pai. Louvado seja o Senhor, nosso redentor forte. Amém.

Pr Jason

Quatrocentos e Trinta Anos

Meditação do dia: 10/11/2022

“O tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. E aconteceu que, passados os quatrocentos e trinta anos, naquele mesmo dia, todos os exércitos do Senhor saíram da terra do Egito.” (Ex 12.40,41)

Quatrocentos e Trinta Anos – Algo muito curioso é que ao estudarmos a história, quanto mais distante for o tempo em apreço, maior é a variação permitida ou a aproximação de datas tem permissão não ser exatamente precisa; claro que estamos falando de informalidade. Esse tempo de estadia dos israelitas no Egito fora previsto por Deus à Abraão, quando ainda não existia nenhum descendente. “Então disse a Abrão: Saibas, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos” (G 15.13). Ao receber a promessa de um descendente, Abraão teve um sono turbulento e aterrador; foi um sonho profético e recebeu essa revelação profética sobre o futuro dos seus descendentes. O tempo previsto seria de quatrocentos anos. Sempre que preciso tratar desse tema, eu levo o meu pensamento para a tentativa que Moisés fez para libertar os israelitas e deu errado, precisando se exilar em Midiã por quarenta anos. Juntando as peças, naquela época estava fazendo trezentos e noventa anos de cativeiro e ao tentar antecipar, na verdade Moisés adiou por mais quarenta anos. Quarenta anos para quem está escravizado, apanhando, trabalhando forçado e sob forte opressão, se torna muito tempo. Para efeito de comparação, o Brasil desde a sua descoberta por Cabral, celebramos em abril desse ano, quinhentos e vinte e dois anos. Em se falando de nação, somos muito jovens ainda, ao nos compararmos com nações europeias, africanas e orientais. Podemos aprender aqui sobre a fidelidade de Deus em prometer e cumprir sua Palavra. Ele deu a sua Palavra a Abraão que eles seriam conduzidos de volta à Canaã, e no devido tempo, lá estavam eles com o pé na estrada. Nossa jornada hoje pode ser um tanto quanto diferente daquela, mas o Deus é o mesmo e as promessas feitas aos israelitas, se cumpriram para eles pudessem se tornam um povo de alianças com Deus e assim abençoarem todas as nações da terra. Cada povo tem o seu quinhão de responsabilidade com a contribuição para os povos e a própria civilização humana. Deus distribuiu dons e habilidades para as pessoas, mas também deu dons redentivos para as nações e assim elas podem cumprir o seu propósito. Nunca deixe de orar pela alegria brasileira, a celebração festiva, a hospitalidade e a espontaneidade de nosso povo. Assim como Deus deseja abençoar outras nações através dessas características, também o Diabo deseja corromper essas características e transformá-las em instrumentos do pecado, através de músicas profanas e de conteúdo imoral e levianos; fazer do carnaval a marca da alegria brasileira; incentivar o turismo e a exploração sexual; trocar a criatividade pelo “jeitinho brasileiro,” fazendo grassar a corrupção em todos os níveis. Os dons foram dados a nós como povo e nação, mas o pecado quer tirar proveito e estragar tudo. A igreja é responsável por orar e batalhar pela verdade e justiça. Quando Deus falou ao rei Salomão na inauguração do Templo de Jerusalém, ele atribuiu ao povo dele, a responsabilidade de fazer a bênção chegar a toda a nação. “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14).

Senhor, obrigado por nos chamar para servir ao Senhor nessa época da nossa história; como nação, reconhecemos o nosso papel e também a generosidade do Senhor para sermos sal e luz, bênção de verdade para todos os povos. Obrigado pela nossa alegria, nossa criatividade, nossa espontaneidade e festividade e a nossa capacidade de hospitalidade, sem igual, porque é uma bênção de Deus para nós como nação. Acrescente mais conhecimento ao teu povo, para se verem como a bênção para essa época da história. Oramos agradecidos, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason