Os Antecedentes

Meditação do dia: 18/11/2021

“O qual disse: Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? Pensas matar-me, como mataste o egípcio? Então temeu Moisés, e disse: Certamente este negócio foi descoberto.” (Êx 2.14)

Os Antecedentes – Quando garoto, trabalhei alguns dias em cartório, no que já foi chamado de “Office boy.” Dentre as lembranças das atividades ali, ficou retido na minha memória os muitos formulários de “Bons Antecedentes” que preenchíamos na velha máquina de escrever; então a pessoa assinava e se reconhecia a firma e dava-se o encaminhamento na papelada. Para quase tudo que alguém fosse fazer em órgãos públicos e até empregos, se exigiam atestados os mais variados; entre eles o de bons antecedentes, que atestava que a pessoa não tinha dívidas com a justiça ou pendencias legais que desabonassem a sua conduta. Burocrático mesmo e hoje até parece insano, era o atestado de vida e residência, outro documento muito exigido, onde na delegacia de polícia era preenchido um formulário e o delegado assinava, atestando que a pessoa estava viva e que morava no endereço citado. Essas coisas e jabuticaba só dão no Brasil. Mas virando a página, antecedentes, como a própria palavra já exprime, é tudo aquilo que aconteceu antes. Assim, todos temos antecedentes. Como sabemos que o passado não pode ser alterado, apenas podemos corrigir atos e efeitos daquilo que foi praticado. Na experiencia cristã, somos alcançados pela graça misericordiosa de Deus, através da fé em Jesus Cristo como Redentor perfeito. O efeito da obra redentora de Cristo na cruz é aplicada na vida de todo aquele que põe sua fé em Cristo; assim sendo, os atos cometidos que foram desagradáveis a Deus e agora foram confessados e admitidos, são perdoados e portanto são canceladas as sentenças proferidas. “E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz (Cl 2.13,14). Mais à frente na mesma carta, o apóstolo Paulo recomenda que os cristãos façam do mesmo modo, nos relacionamentos com so demais irmãos. “Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” (Cl 3.13). Precisamos cuidar bem de nossas ações no presente, porque amanhã elas constituirão nosso acervo de antecedentes. As pessoas não costumas serem tão generosas e compreensivas com o passado dos outros, tal qual Deus é. Então, poderá haver cobranças ou lembranças com propósito de desestabilizar a pessoa, ou desautorizar seu ministério no presente. Foi esse o caso com Moisés naquele dia, quando o hebreu que fora interpelado por maltratar e ferir um outro homem. Ele questionou a autoridade e a legalidade de Moisés devido ao seu antecedente intempestivo, quando para defender um patrício seu, ele matou um egípcio. Isso foi para sua ficha, e agora lhe foi lançado em rosto num momento muito inapropriado. É preciso deixar o passado no seu devido lugar, isto é, no passado mesmo; mas para tal, é necessário tratar todas as pendencias e só então prosseguir. Todos os pecados CONFESSADOS são perdoados e é recebido a purificação necessária. “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (I Jo 1.7).

Graças te rendemos, oh! Senhor, por tua grande bondade e misericórdia para conosco em Cristo Jesus. Recebemos com muita alegria o perdão de nossos pecados já confessados e aceitamos a purificação e a plena restauração da comunhão com o Deus criador. Obrigado por prover meios de consertar o nosso passado, onde andamos contrário à tua perfeita vontade e ofendemos a tua santidade. Agora, com a nova vida em Cristo, desejamos te agradar e também contribuir para a edificação de todos no Corpo de Cristo, no nome de quem oramos, amém.

Pr Jason

Os Pensamentos

Meditação do dia: 17/11/2021

“O qual disse: Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? Pensas matar-me, como mataste o egípcio? Então temeu Moisés, e disse: Certamente este negócio foi descoberto.” (Êx 2.14)

Os Pensamentos – Uma das principais características dos pensamentos é que eles são particulares, privados. Meus pensamentos são meus! Seus pensamentos são seus! A teoria da democracia com liberdade de expressão reza que as pessoas tem o livre direito de pensar e expressar seus pensamentos. Na verdade, isso deveria ser como originalmente foi ordenado por Deus na criação. O ser humano é inteligente, competente, criativo e empreendedor, tal qual sua origem, que é o próprio Deus. Liberdade faz parte dos valores de Deus para sua criação e até hoje temos o direito de escolhas e a isso dão-se os mais variados nomes e valores. Na Nova Aliança, onde os benefícios da redenção ficaram franqueados pela fé em Cristo, as multiformes manifestações da graça de Deus se expressam como privilégios, que por si mesmas traz as responsabilidades. Assim, as Escrituras dão um importante destaque ao que a mente e os pensamentos ocupam na experiencia dos cristãos adoradores. Paulo, escrevendo aos romanos, fala sobre a renovação da mente: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.1,2 ARA). A ênfase é disciplinar o corpo e renovar a mente. Pedro, em suas cartas universais também versou sobre o tema dos pensamentos e da mente: “Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1.13). Cingir aqui tem o sentido de prender, manter sob controle, não deixar fugir ou escapar; assim como utilizamos um cinto para ajustar as vestes e manter firme no devido lugar. Pensando no texto da meditação de hoje, Moisés foi confrontado por um hebreu briguento a quem ele tentava ajudar e não permitir que ele ferisse mais o outro homem. Agressivo e com a cabeça quente ele enfrentou a Moises é na linguagem policial dos nossos dias, ele “enquadrou” Moisés direitinho. Ele argumentou se por acaso Moisés estava pensando em matar novamente e ele seria a sua próxima vítima! Permitam-me fazer um exercício de raciocínio e criar a cena: Moisés estava querendo ajudar – sua mente estava voltado para gerar confiança e boa vontade ao frequentar aquele reduto. Aquele homem entendia a ação como uma intromissão indevida e inoportuna de alguém que não tinha nada à ver com aquilo e com aquelas pessoas. Para prevalecer ele criou uma situação na mente de Moisés ao perguntar se de fato, Moisés tinha a intenção violenta de matar novamente, como fizera com o egípcio no dia anterior? Com poucas palavras ele bagunçou a mente e as emoções de Moisés, pois este não estava pensando em violência e muito menos tinha intenção de violentar ninguém; pelo contrário, pretendia ajudar. Nessas circunstancias, a mente humana age muito rápida parametrizando soluções aos milhares por segundos. Agora a cabeça de Moisés tinhas muitas indagações: Como ele sabe? Mais alguém sabe? Quem? Quantos? Como usarão essas informações? Como isso chegará ao Palácio? Como fico eu? Vocês se recordam da cena descrita por Mateus, quando confrontaram Jesus sobre uma mulher flagrada em adultério e queriam o exercício dos rigores da Lei (de Moisés, por acaso). Jesus fez uso de um modo prático de leva-los ao exercício dos pensamentos  na vida prática com aplicação imediata: “E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (Jo 8.7). Todos começaram a pensar e tirar conclusões e entenderam que não estavam aptos a atirarem a primeira pedra. Vejam a importância da reflexão saudável em momentos de decisões importantes; aqui era um caso de vida e morte: Prevaleceu a vida. Depois de ler até aqui, em que você está pensando?

Senhor obrigado por cuidar de nossas vidas e nos permitir participar de grandes decisões que podem abençoar pessoas e famílias e construir o teu reino. Obrigado por nos permitir renovar nossa mente e promover saúde mental e emocional, nos habilitando a servir com qualidade. Agradecemos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Autoridade Espiritual

Meditação do dia: 16/11/2021

“O qual disse: Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? Pensas matar-me, como mataste o egípcio? Então temeu Moisés, e disse: Certamente este negócio foi descoberto.” (Êx 2.14)

Autoridade Espiritual – Quando pensamos em autoridade, entendemos que o princípio de tudo está em Deus. Ele criou todas as coisas e sob seu governo e influencia tudo funciona perfeitamente bem. O pecado e seus efeitos colaterais são os responsáveis por toda a injustiça, quebra de autoridade e confusão nesse mundo. O apóstolo São Paulo, ao escrever aos cristãos de Roma, falou sobre o tema. Olha que de leis e autoridades legais e ilegais os romanos entendiam muito bem. “Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1). O ensinamento começa dizendo toda alma deve estar submissa às autoridades. Isso é um princípio que rege universalmente todas as relações. Deus existe em trindade e há a mais perfeita harmonia entre as três pessoas. Os anjos celestiais se submetem a autoridade de Deus e entre os líderes das miríades; lá existe perfeita ordem e para tudo continuar funcionando assim, o princípio da autoridade precisa ser seguido e é. Mesmo no mundo das trevas, onde o princípio de governo é a imposição e subjugação forçadas pelo medo e terror, ainda assim existem classes e hostes e há comandos e hierarquias. O Senhor Jesus também ensinou sobre a implosão de qualquer reino e governo, se seus membros se dividirem contra si mesmos e deixarem de respeitar as autoridades superiores. “Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá” (Mt 12.25). O interessante de tudo isso é que a maioria dos cristãos tem uma certa compreensão de tudo isso, mas não conseguem fazer a transição do princípio bíblico para suas vidas práticas diárias, na igreja, na família, no trabalho e nas demais esferas da vida. A consequência dessa ação de selecionar as conveniências de quais autoridades e em quais situações irão obedecer são vidas poucas produtivas e muita legalidade e espaço para ações do mal, do engano e falta de autoridade quando precisam. Quando não pode mover-se na esfera da autoridade, emprega-se a força ou o engano para governar ou exercer o papel que lhe é devido. Sempre vemos alguém berrar dizendo: Eu sou… (homem da casa – líder – pastor – policial – prefeito, o presidente …) é sinal de que está tendo que se impor pela força – os demais não estão percebendo sua autoridade e por isso ela precisa reafirmar e relembrar isso constantemente. Não é bom sinal. O hebreu que discutia e fora interpelado por Moisés, sendo um escravo e não tendo qualquer autoridade e nem direito de exigir quaisquer direitos, ainda assim se impôs sobre um príncipe, que detinha plenos poderes, mas achava-se despojado de autoridade moral no seu interior, porque abrira mão de sua condição ao cometer um erro e escondê-lo na areia no dia anterior. No mundo e na dimensão espiritual não valem muito essas métricas do mundo físico/material, como tempo, lugar, distancias etc. Ao ser questionado sobre quem lhe dera autoridade para se impor sobre eles naquela situação, Moisés se viu desprotegido, despreparado e ainda sujeito a ser desmascarado e entendeu que sua condição seria não muito melhor do que a daquelas pessoas. Veja bem, ele era um líder em todos os sentidos; era vocacionado para a liderança e seria o libertador daquele povo escravizado. Contudo ele não poderia fazer a obra de Deus com a força do braço e resolver as diferenças apagando confrontadores. Nós, como igreja do Senhor Jesus recebemos poder e autoridade, para operar em representação ao poder e a autoridade de Deus e seu reino. Esse poder e essa autoridade são delegações; não emanam de nós, não é nossa e não está em nós. “Quem vos ouve a vós, a mim me ouve; e quem vos rejeita a vós, a mim me rejeita; e quem a mim me rejeita, rejeita aquele que me enviou. Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum (Lc 10.16,19) Na sequencia Jesus fala para seus discípulos não focarem na manifestação de poder, mas sim, na identidade deles, como filhos de Deus e com os nomes escritos no livro da vida. Isso significa que aquilo que SOMOS é muito mais importante do que aquilo que podemos FAZER para Deus.

Senhor, obrigado por nos fazer teus filhos, amados, aceitos e acolhidos em amor por Cristo Jesus através do seu sacrifício na cruz. Reconhecemos nossa autoridade como sendo proveniente de ti e que todas as coisas funcionam bem sob os teus princípios. Graças por nos chamar para uma vida de fé e comunhão. Agradecemos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Respondendo Com Pergunta

Meditação do dia: 15/11/2021

“O qual disse: Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? Pensas matar-me, como mataste o egípcio? Então temeu Moisés, e disse: Certamente este negócio foi descoberto.” (Êx 2.14)

Respondendo Com Pergunta – Responder a um questionamento com outras perguntas pode ser um método bem eficiente de proporcionar uma experiencia de ensino e aprendizagem. Perguntas bem formuladas, no momento exato, podem ser altamente produtivas. Elas também podem ser um elemento surpresa para a parte inquiridora. É provável que ela esteja pronta para fazer perguntas e ouvir respostas, mas não esteja pronta para ouvir perguntas e nesse caso, o fator surpresa pode ser benéfico para o inquirido. O Senhor Jesus utilizou este artifício legitimamente em sua didática não só pra ensinar e gravar verdades, como para evitar intromissão indevida no seu campo de atuação. Um desses exemplos: “E lhe disseram: Com que autoridade fazes tu estas coisas? ou quem te deu tal autoridade para fazer estas coisas? Mas Jesus, respondendo, disse-lhes: Também eu vos perguntarei uma coisa, e respondei-me; e então vos direi com que autoridade faço estas coisas: O batismo de João era do céu ou dos homens? respondei-me” (Mc 11.28-30). Aqueles estavam cheios de orgulho e arrogância, se passando por autoridade com direito de interpelação se viram inertes diante de uma verdade que confrontava suas vidas medíocres e hipócritas. Ficaram divididos entre uma confissão piedosa falsa ou a manutenção do status e  boa moral aos olhos dos homens. Espiritualmente eles não estavam prontas para conviver com a verdade. Moisés foi surpreendido pela pergunta ousada e abusada do hebreu que agia de forma injusta e que feria o seu próximo. Ele até poderia saber que legitimamente o príncipe teria direitos e autoridades sobre eles e poderia reivindicar isso em seu favor; mas ele estava consciente de que Moisés havia cometido um delito e aquele ato ilegal, era suficiente para minar a sua autoridade moral, assim ele poderia naquele momento tirar vantagem do sentimento de desmoralização que Moisés sentiria ao ser confrontado e sem poder contradizer, teria que ceder. Estamos aqui diante de uma lição preciosa na experiencia cristã. Alguém chamado, vocacionado, com autoridade e conhecimento, pode jogar tudo pelos ares e ter que abrir mão ao perder a sua autoridade. Uma única brecha na armadura, um vacilo é suficiente para dar legalidade ao pecado e ao adversário de nossas almas. O pecado pode ter aparência frágil, inocente e sem poder de fazer um grande estrago; mas creia-me, ele é devastador. Sem poder utilizar a autoridade espiritual, o cristão é inoperante e o seu testemunho fica comprometido. Não se esconde atrás de uma suposta invisibilidade – ninguém viu o que fiz, ou ouviu o que falei ou qualquer outro argumento. O pecado fere, faz refém e utiliza como escudo qualquer um que lhe permita.

Senhor, obrigado pelo dia de hoje e pelos desafios que temos que enfrentar e resistir. Somos gratos pelas oportunidades de prevalecermos na batalha contra o mal e nessa guerra não podemos fazer concessões e permitir alguma vantagem ao adversário. Pedimos sabedoria e discernimento espiritual, para ficarmos firmes contra as astutas ciladas do mal e confiarmos que o Senhor nosso Deus, nos dará a vitória. Oramos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Por Que Feres A Teu Irmão?

Meditação do dia: 14/11/2021

“E tornou a sair no dia seguinte, e eis que dois homens hebreus contendiam; e disse ao injusto: Por que feres a teu próximo?” (Êx 2.12)

Por Que Feres A Teu Próximo? – Fazer boas perguntas é uma arte. Mesmo profissionais da área da comunicação, como jornalistas e repórteres que ganham o seu pão fazendo entrevistas ou escrevendo sobre temas de interesse ou quem sabe para despertar o interesse do público, nem sempre são bons em fazer perguntas. Por isso alguns se destacam e seus programas e colunas são supervalorizados, porque o público sabe que aquele profissional sabe como extrair conteúdos e sabe como colocar os termos de uma tal forma que as respostas terão que ser objetivas e sinceras. Por outro lado, encontramos gente fazendo perguntas a outras pessoas, mas nas perguntas elas mesmas já responderam ou pressuporam as respostas, deixando o entrevistado na difícil tarefa de apenas dizer: “sim, é isso mesmo!” ou “não.” No caso em que lidamos com aprendizado espiritual na Palavra de Deus, também precisamos fazer boas perguntas para conseguirmos as melhores respostas dos  textos e assim poder fazer as melhores aplicações em nossas vidas, aí sim, estaremos gerando alimentação e aprendizagem de verdade. Nos capítulos finais do livro de Jó, Deus o confronta e lhe faz uma série de perguntas, que o deixou nocauteado. Como conseguir aquelas respostas? Vou deixar um exemplo: “Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás. Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?” (Jó 38.3-5). Sugiro que leia essa entrevista inteira e tente gabaritar essas questões, se é que você é bom mesmo! Nos Salmos 15 e 24 o salmista faz a mesma pergunta e como elas são boas para direcionar a busca pela resposta, não necessariamente uma resposta intelectual e cognitiva, mas empírica e do coração. “SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte? Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo?” (Sl 15.1; 24.3). Na busca por sua identidade ministerial, Moisés saiu para o campo de trabalho que ele entendia ser a sua seara inicial e na tentativa de mediar um conflito de interesses entre dois hebreus que discutiam e pelo visto estavam indo às vias de fato, quando Moisés tentou uma medida de conciliação, pois ele percebeu que de alguma forma um deles estavam sendo injusto e deveras agressivo. O registro trata como ele “feria” o seu próximo. Então veio a pergunta: Por que feres a teu próximo?” Era uma pergunta legítima, direta e caberia uma resposta incisiva, prática e razoável. Agora, em nosso tempo, estamos experimentando modelos de relações sociais, familiares, de trabalho e comunitárias onde ferir é muito mal e onde os feridos são cheios dos direitos de reparos e respostas, mas os dilemas crescem exponencialmente sem controles e medidas de solução. A tendência do momento é procurar a justiça para indenizações e multas em vez de ajuda da saúde e solução de conflitos. A Pergunta de Moisés, não é uma boa pergunta para nós também nos fazermos, para nosso próprio aperfeiçoamento e edificação? Por que feres a teu próximo?” O que está nos levando a essas ações e atitudes? Por que estamos sendo feridos pelo nosso próximo?

Senhor, obrigado por cuidar de nós e não apenas das nossas feridas e dores. Não sabemos todas as respostas e em muitos casos, nem estamos buscando tais respostas ou não queremos encontra-las. Mas precisamos diagnosticar para encontrar as soluções. Precisamos sim, da tua graça poderosa através do Espírito Santo, que é quem mais entende de lidar com o coração e a vida íntima de cada um de nós. nesse dia de hoje, conceda sabedoria a cada de nós, para avaliarmos e tomarmos melhores decisões, em nome de Jesus, amém!

Pr Jason

Lidando Com o Injusto

Meditação do dia: 13/11/2021

“E tornou a sair no dia seguinte, e eis que dois homens hebreus contendiam; e disse ao injusto: Por que feres a teu próximo?” (Êx 2.12)

Lidando Com o Injusto – Uma de nossas idéias nessas meditações diárias é buscar aprendizagem pela observação e análises dos acontecimentos na vida dos personagens da Bíblia. Sabemos de antemão, que elas eram exatamente como nós, isto é, eram pessoas de carne e osso, e algumas até com mais carne do ossos, no sentido espiritual, pois também tomavam decisões erradas, sentiam seus fracassos, se vangloriavam de suas conquistas e sofriam consequências de suas escolhas; nada muito diferente do que experimentamos na atualidade. De certa forma, levamos vantagens sobre eles, por virmos depois deles, já conhecendo os resultados de suas aventuras. A vida diária deles, ao ser descrita para a posteridade, se tornou parte das Escrituras Sagradas e chegaram até nós com o propósito de nos inspirar e ensinar com esperança. “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança” (Rm 15.4). Sendo assim, cada detalhe é oportunidade disponível a nós para crescimento em fé e aperfeiçoamento de nossa conduta visando um culto cada vez mais santo e agradável a Deus, que é a finalidade última de nossa existência. Moisés foi uma pessoa fantástica, elogiada até mesmo por Deus, por suas qualidades adquiridas na escola do deserto, onde Deus treina a maioria dos seus servos. No nosso texto de hoje, ele saiu para outra visita aos seus irmãos hebreus e encontrou uma discussão e procurou intervir para ajudar na solução da crise. Ele fez uma avaliação, ainda que aparente dos f atos e percebeu que um deles estava agindo injustamente, e procurou chama-lo à razão e ao consenso. Esse tipo de experiencia acontece constantemente conosco, pois esses casos de litígio e confrontos estão mais presentes do que gostaríamos. As relações humanas são assim, querem a paz e a harmonia, mas na busca por isso, geram muitos atritos e desgastes e não raro é preciso a intervenção mediadora de alguém de fora. Os pais fazem isso quase todos os dias com os filhos confrontando uns aos outros; os cônjuges entre eles mesmos, ou entre eles e os filhos, ou parentes. Isso aparece nas relações sociais com os vizinhos, nas lidas comerciais, financeiras, de trabalho, lazer e um sem fim de opções à escolha de cada um. Lidar com alguém injusto é desafiador, porque além da situação em vista, ela pode ser também deficiente em outras áreas e manifestar indisposição de receber correção ou conselhos. Ela pode ser alguém em autoridade sobre o mediador e o outro contendedor e isso vai dificultar as coisas. Pode ser alguém de nossas relações muito próximas e merecedoras de nosso respeito. Devemos lembrar em conta também que qualquer um dos envolvidos pode não estar munido de todas as informações certas e isso influencia muito. As grandes perguntas são: Qual a disposição verdadeira desses corações? O que é considerável razoável? Qual o histórico de todas as partes envolvidas? Peçamos sabedoria a Deus para continuarmos no bom caminho da mediação em busca de construir uma paz verdadeira e duradoura.

Obrigado Senhor, por nos escolher para servir entre os nossos irmãos e assim mutuamente ajudarmos uns aos outros na caminhada da vida. Estamos sendo dia a dia aperfeiçoados na verdade e na justiça e o teu caráter sendo formado em nós pela convivencia e comunhão. Pedimos ao Espírito Santo que continue a nos guiar a verdade de Deus, verdade do íntimo, para efetivamente fazermos o bem. Agradecemos essa ajuda, em nome de Jesus. Amém!

Pr Jason

O Perigo das Contendas

Meditação do dia: 12/11/2021

“E tornou a sair no dia seguinte, e eis que dois homens hebreus contendiam; e disse ao injusto: Por que feres a teu próximo?” (Êx 2.12)

O Perigo das Contendas – Cada dia nasce com uma expectativa nossa de coisas boas acontecerem. Alguns de nós gostamos de novidades e ser surpreendidos produzem uma adrenalina que os motivam. Há outros que preferem a velha e boa rotina de sempre, pois para eles, isso trás conforto e segurança, coisas novas são incômodas para esses. Há também os pessimistas que estão sempre esperando por alguma coisa difícil e se ela não vier, aumentam as sus expectativas de que quando vierem, serão ainda maiores. Não podemos esquecer os adaptáveis, que logo se ajeitam e encontram o seu espaço. Moisés saiu no dia seguinte após ter defendido um patrício e nesse ato, cometeu um delito grave. Ao começar o seu dia, presumimos que no mínimo ele esperava um dia de normalidade, onde as coisas já tivessem voltado ao seu curso normal. Mas não foi bem isso que ele encontrou logo de início. Duas pessoas em litígio e em público, e ainda que aparição de um príncipe, eles mantiveram a contenda em alta, o que chamou a atenção de Moisés. No livro de Provérbios, há uma citação curiosa, jocosa, mas cheia de sabedoria, como era de se esperar, ela diz: “O que, passando, se põe em questão alheia, é como aquele que pega um cão pelas orelhas” (Pv 26.17). A Bíblia NVT trás o seguinte: “Meter-se em discussão alheia é como puxar um cachorro pelas orelhas. No nosso português do dia a dia, isso significa se colocar em risco, em perigo desnecessário. Como pacificadores, queremos sempre o bem de todos e trabalhamos por estabelecer a paz entre as pessoas, entendendo isso como uma parte da nossa vocação social e humanitária, como Jesus deixou bem claro. “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9). Moisés encontrou dois homens, que naturalmente deveriam ser aliados, trabalharem juntos por uma causa maior que eles mesmos, mas ao invés disso, se puseram a contender. Contendas possuem a tendência de arrastarem outras pessoas às suas margens para dentro das discussões e não havendo sabedoria e discernimento, as consequências podem ser ruins. “Os lábios do tolo entram na contenda, e a sua boca brada por açoites” (Pv 18.6). Um cristão, adorador de Deus e comprometido com a justiça e a verdade, que são marcas do Reino de Cristo, precisa discernir e orar em espírito antes de se aventurar a mediar uma contenda, ainda que seja entre pessoas conhecidas e muito queridas dela. No calor do momento, provavelmente os ânimos e as emoções entre os contenciosos estão falando mais alto do que a razão e certamente não há nada de espiritual naquele ambiente; portanto, exige-se muita sabedoria e autoridade para baixar a temperatura e então iniciar uma mediação. É evidente que num ambiente de embates, ambos querem o favor de quem esteja de fora, para fortalecer sua posição e assim prevalecer. O pacificar não tem o propósito de levar um deles à vitória, mas solucionar a crise imediata para depois trabalhar a situação como um todo. Vai aqui uma frase jasoniana: “Entre dois cristãos em contenda, nenhum dos dois pode estar certo.” Moisés pegou o cão pelas orelhas e descobriu o que não estava tão bem encoberto como ele pensava.

Senhor, graças te damos por ser um Pai amoroso e quer o melhor para os teus filhos. Podemos aprender com nossos erros e corrigir nossa conduta e evitar causar danos a tua obra e ao testemunho que devemos como teus filhos. Queremos nesse dia pedir sabedoria e discernimento para agirmos como mediadores da paz entre irmãos na fé e nos demais relacionamentos próximos de nós. agradecemos as bênçãos e a proteção que o poder do nome de Jesus pode nos dar. Em nome dele oramos em fé, amém.

Pr Jason

O Dia Seguinte

Meditação do dia: 11/11/2021

“E tornou a sair no dia seguinte, e eis que dois homens hebreus contendiam; e disse ao injusto: Por que feres a teu próximo?” (Êx 2.12)

O Dia Seguinte – Se olharmos para um relógio com ponteiros veremos um fenômeno muito preciso e interessante. Subjetivamente estaremos “vendo o tempo passar!” O ponteiro pequeno que marcas as horas, dizemos que ele é bem lento, devagar mesmo, seus movimentos são quase imperceptíveis; o ponteiro dos minutos é mais apressado e dá uma volta rapidinho; se a pessoa for boa de fôlego, poderá prender a respiração por uma volta completa do marcador. Quando há o ponteiro de segundos, esse sim é violento, no sentido de rapidez; ele não tem preguiça. Claro que ainda existem dispositivos que marcam décimos, centésimos e até milésimos de segundos, como vemos provas esportivas de atletismo, natação, velocismo, automobilismo e outros mais. Essa velocidade máxima, é o que simplesmente chamamos de “tempo presente.” Pensando assim, desde que iniciei escrever esse texto, e desde que iniciou a ler, já se passou “muito tempo” e o presente já virou passado e o futuro está logo ali à frente. Algumas teorias teológicas sobre tempo e eternidade por exemplo, defendem um conceito de que Deus habita a eternidade, “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos” (Is 57.15).  Contudo o “tempo” tal qual o conhecemos, mensurável, passageiro e etc.  ele o criou para o relacionamento e existência dos homens aqui no mundo criado. Veja por exemplo: “E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas. E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra, e para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom” (Gn 1.14-18). (Preste mais atenção nos textos grifados por mim). Deixando isso como uma digressão, voltemos ao tema principal que é experiencia humana de Moisés com sua vocação e primeiras investidas na missão de libertador. O dia seguinte, podemos entende-lo como a manifestação da bondade misericordiosa do Senhor para nossas vidas, pois teremos novamente a oportunidade de novas experiencias. O nascer de um novo dia, nos dá a possibilidade de acertar as coisas que não ficaram feitas ou bem feitas ontem, ou situações que não foram corretas. Um novo dia é uma nova oportunidade. Há também a condição de se ter um novo dia, mas sem a devida reverencia ao sagrado e o compromisso de se fazer correções na vida. Esse parece ser o que ocorreu com Moisés. Ele voltou no dia seguinte, ao mesmo lugar, com boas intenções, mas sem levar em conta a ligação entre o hoje e o ontem. Não funcionou! Não podia ser diferente. Servir e representar a Deus numa tarefa de muita relevância, não abre precedente para agir errado, sem noção do sagrado, sem a devida reverencia o Senhor da missão. Nossa relação com Deus sempre será mais importante do que nosso serviço. Não confundir isso, já é um bom sinal de maturidade de fé.

Obrigado Senhor pelo dia de hoje, pela oportunidade que ele trás para mim e para cada de teus filhos. Somos agradecidos pelo privilégio de te servir e queremos fazer isso como culto e devoção santa e reverente, porque o Senhor merece o nosso melhor. Obrigado pela presença do Espírito Santo que nos auxilia diariamente com inspiração e graça divina. Oramos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Fundamentos de Areia

Meditação do dia: 10/11/2021

“E olhou a um e a outro lado e, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia.” (Êx 2.12)

Fundamentos de Areia – Um dos mais conhecidos ensinamentos de Jesus foi sobre os modos de se construir.  Foi uma comparação bem feita, pois pessoas constroem o tempo todo e alguns constroem pensando apenas no momento imediato; outros pensam em mais que o imediato, poderíamos chamar de médio prazo; outros ainda constroem para longo prazo e uns poucos pensam em termos de eternidade. Para cada tipo de necessidade levada em conta pela pessoa, assim são determinadas as bases e os materiais que darão firmeza, durabilidade e sustentação. “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia” (Mt 7.24,26). Fundamentos sobre a rocha e sobre a areia, significando quem atenta e quem não dá atenção à Palavra de Deus. As duas atitudes demonstram sabedoria e insensatez. Moisés estava se preparando para iniciar o trabalho da sua vida, e ele tinha consciência que era algo grande e importante. Um homem se poria como líder de um povo oprimido e escravizado, para lidera-los em nome de Deus para uma vida de liberdade e reconstrução de suas vidas como indivíduos e famílias, mas além disso se tornariam uma nação e isso exige um esforço muito grande e um comprometimento total para dar certo. Eles sempre foram dirigidos e suas ações eram pré-determinadas pelos senhores e seus feitores; eles mesmos por muitos anos foram aumentando em número, mas não estavam crescendo em desenvolvimento com vistas a serem livres. Ser livre exige responsabilidades e deveres. O modo como Moisés agiu, precipitando-se e cometendo um assassinato, o que era algo errado e naquele momento desnecessário, por isso mesmo teve que cobrir seu feito e escondê-lo e ainda esperar não ser responsabilizado. Isso é loucura! Ninguém pode cometer erros e esconder e não assumir responsabilidades. Ações produzem reações e aquilo que fazemos e como sementes que plantamos e mais tarde iremos colher. Ninguém pode se esconder atrás de cargos e funções, títulos e poderes para se livrar de seus erros e pecados. O Egito era e é até hoje famoso por seus túmulos e sistema de sepultamentos. Um príncipe egípcio, culto e preparado, tenta esconder um cadáver na areia e agir como se nada fosse acontecer! Ele acreditou, como muitos ainda hoje lidam com seus erros e pecados dessa mesma maneira, cobrindo com areia e na certeza de quem ninguém viu, ninguém sabe e ficará por isso mesmo! Não seria possível Moisés edificar um ministério de libertação em nome de Deus sobre fundamentos de areia. Nesse caso em específico, no dia seguinte já fora descoberto e o peso de responsabilidade cobrou seu preço. Uma reflexão para todos nós: Não pode haver cadáveres enterrados nas areias do nosso passado. Eles aparecerão mais cedo ou mais tarde, e até que isso apareça, não é fácil lidar com as consequências interiores, mesmo que mudemos de atitude e façamos só o certo dali para frente e ninguém saiba de onde viemos e nem o que fizemos e deixamos para trás. Nós, sempre saberemos e o Deus a quem servimos, também sabe!

Senhor, obrigado de coração pelo dia de hoje e pelo ensinamento de que tu és Senhor absoluto de tudo e de todos. Conheces todas as coisas e isso inclui as etapas dos teus planos que nos foram dados executarmos etapas e estabelecer nessas fases a tua verdade e a tua justiça. Teu é o reino e o poder para sempre. Tu és santo e todas as tuas ações são justas e santas e refletem o teu amor pelas pessoas. Quem é chamado para uma tarefa é responsável pelas ações que pratica, quando te representa. Assim, estamos pedindo perdão e buscando reconciliação e restauração para as etapas onde falhamos, fracassamos ou não tivemos um bom desempenho, por causa do nosso testemunho. Queremos fundamentar nossa vida de serviço e adoração a ti, sobre a verdade, a justiça e o amor do Senhor. Tememos a ti e o temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Restaura-nos e levanta homens e mulheres comprometidos contigo. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Matou Um Egípcio

Meditação do dia: 09/11/2021

“E olhou a um e a outro lado e, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia.” (Êx 2.12)

Matou Um Egípcio – Pelo título, podemos inferir que temos muitos campos para nos dedicar a essa meditação. Isso pode ser vista de forma geral, como um mero acontecimento, ou uma fatalidade, como também algo provocado e certamente evitável. Podemos ainda levar para o campo das hipóteses e dizer que foi um mal necessário, ou circunstancial. Não houve premeditação e não havia antecedentes que indicasse uma possível tragédia futura. Tudo isso é verdade e tudo ficará aqui, nessa introdução. Não vou entrar em qualquer mérito da questão; não porque me falte argumentos ou alguma capacidade de pesquisar e versar sobre isso. Mas, como humano e pacifico e chamado para ser pacificador, “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9); eu lamento toda e qualquer morte humana, mesmo quando há justificativas boas e legítimas, ainda assim é uma vida que se perde e o valor de uma alma é caríssima e Deus não gostaria que nenhuma alma se perdesse, mas que todas fossem salvas. “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pe 3.9). “Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade (1 Tm 2.3,4). Na minha concepção de vida cristã, isso é prioridade de Deus e escolho esse caminho; mas fiquem à vontade para o seu direito de opinião e pensamento. Quero em breves palavras trabalhar a idéia do chamado, vocação ministerial da pessoa, como algo que ela tem convicção que se trata do que propósito de Deus para ela e em como ela deve trabalhar isso. Porque muitos de nós fomos chamados para tarefas e missões muito relevantes para a redenção de Deus em Cristo Jesus. Não acredito que só pastores e missionários são chamados; mas seguindo o padrão bíblico, onde há uma necessidade, há ali uma demanda a ser suprida; algumas dessas vagas podem ser preenchidas pela maioria das pessoas de fé e desejosas de servir a Deus ao servir ao próximo. Algumas pessoas tem um chamado específico, único, personalizado e para o qual ele foi talhado por Deus desde antes de seu nascimento. Sansão, Jeremias, o Rei Josias, o rei Salomão, João Batista, Paulo etc. Moisés é um caso muito específico e o alvo de nossas meditações nesses dias. Consciente de seu chamado e do que poderia fazer, ele foi sondar o terreno e verificar as possibilidades. Isso pode até fazer parte da fase de preparo e treinamento, mas é preciso atentar-se para o tempo e o modo do agir de Deus. O melhor lugar para se trabalhar na obra de Deus é ao lado dele, onde ele já está trabalhando. É muito importante saber o que ele espera da execução da missão, porque quase sempre não é apenas o final que importa; por os meios, o passo a passo e as etapas serão importantes, e não apenas o resultado final. Ali, não seria apenas pegar pessoas do Egito e transportar para Canaã. Eles precisariam passar por etapas de consolidação, unidade, conhecer a Deus de verdade, se comprometer com uma fé pura e autentica; precisariam se tornar uma nação e agir como tal; isso não se faz em questão de horas. Entrar num ônibus ou avião e desembarcar em outro lugar não transforma ninguém em missionário, ou obreiro produtivo, se ele não era isso e não foi trabalhado para isso. No caso de Moisés, em vez de se tornar um missionário, se tornou um assassino! Percebe a diferença? Quais as consequências de um ato errado, na hora errada, do modo errado, praticado por uma boa pessoa, com boas intenções, mas ainda desqualificada ou pronta para o trabalho? Veremos isso na vida de Moisés, nos próximos capítulos.

Senhor Deus, Poderoso Senhor e Salvador de todos nós! Glorificamos o teu santo nome, com nossas vidas, atitudes e ações naquilo que fazemos todos os dias. Queremos manter os nossos corações puros e livres de atitudes de egoísmo e prepotências humanas, e com isso nos desqualificarmos para o trabalho a que fomos chamados para realizar. Poderemos atrasar e até levar pessoas boas a sofrerem mais ainda por causa da nossa imperícia e precipitação. Tem misericórdia e nos ajude, a sermos fiéis e leais ao chamado e vocação vindos de ti, e termos discernimento de tempo e modo de agir em acordo com o Senhor. Ninguém tem mais urgência com a tua obra do que o Senhor mesmo e só o Senhor tem os recursos, as pessoas e os métodos certos para os trabalhos e etapas para cada um de nós. Pedimos sabedoria, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason